EDP elimina comentário de cliente no Facebook
A eliminação de um comentário feito por uma cliente da EDP na página do Facebook da empresa de electricidade está a gerar uma onda de críticas nas redes sociais e blogosesfera. Resumindo o caso, Joana Couve Vieira escreveu um comentário na página de Facebook da EDP em que se manifestava contra o plano nacional de barragens na página da EDP.
Em resposta, a empresa de electricidade escreveu, na caixa de comentários ao post: «Olá Joana. De acordo com o Código de Conduta da nossa página, que estabelece as normas de utilização da mesma e que deve ser respeitado por todos, somos obrigados a eliminar o seu post. Agradecemos a sua compreensão e convidamo-lo [sic] a participar na nossa comunidade com as suas críticas construtivas. Sugerimos que consulte o nosso Código de Conduta aqui:
http://www.facebook.com/grupo.edp?sk=app_228506590493791».
A empresa já garantiu ao Público online que a eliminação do comentário não foi um acto de censura, mas sim o cumprimento do código de conduta da EDP, que «é igual ao código de conduta do Facebook».
Fonte:
DESTAK
Onda de mensagens contra a EDP no Facebook
«Eu não pedi um Plano Nacional de Barragens». Esta expressão foi escrita pela utilizadora Joana Couve Vieira na página do Facebook da EDP. Nem meia hora depois, a empresa usou o lápis azul, censurando o comentário: «De acordo com o Código de Conduta da nossa página (...) somos obrigados a eliminar o seu post». Rapidamente uma onda de solidariedade se fez sentir, com outros utilizadores a teclarem a mesma expressão. Até já há imagens e logótipos sobre o assunto.
«Psst psst, mas eu não pedi um Plano Nacional de Barragens!»; «edp aderiu à censura no Facebook!»; «Eu não pedi um plano nacional de barragens. Já agora, o dinheiro gasto em publicidade , já que não existe concorrência em Portugal, podia servir para reduzir os preços, os Portugueses agradecem» são alguns dos exemplos de mensagens deixadas pelos cibernautas. As ironias multiplicam-se: «A CENSURA da EDP, é uma cena que a mim não me assiste»; «Seria brutal se a EDP criasse um passatempo com esta mensagem: Eu não pedi um Plano Nacional de Barragens»; «É aqui o sítio para protestar contra o PN Barragens?»; «Não só não pedi como sou contra o Plano Nacional de Barragens, pode ser que a troika acabe com a brincadeira!»; «unlike EDP»; «Alguém pediu um Plano Nacional de Barragens? Not me...»; «Eu pedi foi um Plano Nacional de Inteligencia!!».
As imagens também: há quem tenha criado um logótipo semelhante ao da EDP, mas com um quadro e lá dentro um X, em sinal de reprovação, ou quem tenha elaborado um outro, de fundo verde, onde se pode ler que «esta pessoa não pediu um Plano Nacional de barragens».
Há também quem saia em defesa da EDP... aparentemente: «O sistema nacional de barragens é justo. É justo porque gera emprego (mais de três para senhoras da limpeza, mais três para técnicos, mais quarenta e cinco para administradores com salários justamente milionários), e justo também porque os ecossistemas que destrói para construir as barragens de gastos enormes, justamente semi-patrocinadas pelo estado, destroem criaturinhas que, primeiro, não gastam electricidade, e segundo, não pagam impostos. Por ensinar a arruaceiros e a estas espécies uma lição, Um grande bem haja, EDP!».
Entretanto, a empresa limitou-se a «lamentar o ocorrido» na sua página daquela rede social e apelou «à compreensão de todos para o cumprimento dos princípios de utilização presentes do nosso Código de Conduta». Certo é que as mensagens depreciativas dos utilizadores não param de inundar o mural da EDP no Facebook.
Recorde-se que este fim-de-semana a TVI fez as contas a uma factura da luz da EDP e concluiu que metade dela não diz respeito a energia consumida e sim a subsídios às empresas produtoras de electricidade.
Fonte:
TVI24