Fauna e Flora de Portugal

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Mjhb

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15 Abr 2009
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Boas.

No âmbito de uma trabalho para Geografia, procuro informação detalhada( nome comum, nome científico, distribuição, mapa com distribuição, características e como cuidar), o mais possível sobre as espécies autóctones portuguesas, tanto de fauna como de flora.

Desde já, obrigado.:)
 
Olá Pedro

Posso enviar-te alguns links, mas tens que ter muito cuidado com o seguinte: o nosso país, está pessimamente estudado a nível de fauna ou flora; talvez com uma outra excepção isolada podemos ter alguns resultados, mas esse é resumidamente, o nível de conhecimentos que se tem em Portugal sobre esta matéria.
 
Olá Pedro

Posso enviar-te alguns links, mas tens que ter muito cuidado com o seguinte:

o nosso país, está pessimamente estudado a nível de fauna ou flora; talvez com uma outra excepção isolada podemos ter alguns resultados, mas esse é resumidamente, o nível de conhecimentos que se tem em Portugal sobre esta matéria.

Qualquer coisa é melhor que nada...;)
 
Obrigado...

Encontrei uma página, esta, tem muitos mapas de distribuição, mas tem uma enorme defeito: tem lá espécies que considera portuguesas e de autoctones não têm nada, tipo o eucalipto. Que raiva que tenho ao raio da árvore...:angry:

Pois, com essas páginas é preciso ter cuidado...


Agora o efeito bioclimático na vegetação ( só em Portugal continental) :

Tabela 3.18. Classificação bioclimática de Pina Manique e Albuquerque (Portugal continental) (1954). Símbolo Zona notas Parâmetros climáticos Série transversa (E-W) no norte do país – nível basal A X MA Litoral. Pinheiro-bravo e Quercus robur. Porto. Q2>100 MA Mediterrâneo - atlântica Pinheiro-bravo e Quercus robur. Vilar de Barrô. Q2>100 MA X AM Quercus faginea ssp. faginea. Régua. 600≤P<900 AM Atlante-Mediterrânea Quercus faginea ssp. faginea. Folgosa. 600≤P<900 AM X SM Sobreiro e Quercus faginea ssp. faginea. Pinhão. 600≤P<900 SM Submediterrânea Sobreiro em pleno. Malvedos. 600≤P<900 SM X M X IM Zona de transição. Pluviosidade anual e estival um pouco superior ao observado na zona seguinte (M X IM). Sobreiro, amendoeira e azinheira. Vesúvio. Q2<50 M X IM Clima semi-árido, segundo Emberger. Amendoeira, azinheira. Barca d’Alva. Q2<50 Série transversa (E-W) no norte do país – nível submontano (450 m ) SA X MA Mediterrâneo - atlântica Castanheiro, Quercus, pyrenaica, Quercus robur, pinheiro-bravo. Ribeira de Pena. P>1000 SAXMAXAM Castanheiro, Quercus pyrenaica, Quercus robur, Quercus faginea ssp. broteroi, pinheiro-bravo. Vila Real. P>1000 SA X AM A tlante-Mediterrânea Castanheiro, Quercus pyrenaica, Quercus faginea ssp. broteroi. Sabrosa. P>1000 SAXAMXSM Castanheiro, Quercus pyrenaica, Quercus faginea ssp. broteroi, sobreiro. Alijó. P>1000 SA X SM Submediterrânea Castanheiro, Quercus pyrenaica, sobreiro. Vila Flor. Q2<100 AS X I X SM Castanheiro, Quercus pyrenaica, sobreiro, azinheira. Freixo de Espada à Cinta. Q 2 < 100 Série montana no norte do País BA Boreo-atlântica Juniperus communis. A partir de 1900 m de altitude, na S. Estrela. k>7,0 AO X BA Juniperus communis e bétula. A partir de 1700 m de altitude, na S. Estrela. k>7,0 AO Oro-atlântica Juniperus communis, Pinus sylvestris, bétula, teixo. A partir de 1300 m de altitude, na S. da Estrela. k>7,0 SA X OA Bétula, teixo, Quercus pyrenaica, Quercus robur. A partir de 1000 m de altitude, na S. Estrela. k<7,0 SA Subatlântica Na S. Estrela: bétula, teixo, sobreiro, Quercus pyrenaica. Noutras serras: Quercus pyrenaica. A partir de 700m de altitude. k<7,0 A X SA Zona mais atlântica das representadas em Portugal continental. Castanheiro, bétula, Quercus pyrenaica, Quercus robur. Vertentes cismontanas dos relevos do norte (da Peneda á Estrela). P>1500; Pe>100 I X SA Zona de transição para climas continentais. Carvalho negral e azinheira. Miranda. P<900 I Ibérica Plena continentalidade ( não representa em Portugal continental). Série transversa (E-W) no centro e sul do país MA X AM Elevado grau de oceaneidade. Quercus robur, Q. faginea ssp. broteroi. Cabo Carvoeiro Q2>200 AM Atlante-Mediterrânea Clima húmido, segundo Emberger. Quercus faginea ssp. broteroi. Lisboa. P<550 AM X SM Clima sub-húmido. Quercus faginea ssp. broteroi, sobreiro. Santarém. P < 5 5 0 SM Submediterrânea Sobreiro. Alvega. P<550 SM X IM Azinheira e sobreiro. Ferreira do Alentejo. P<500 IM Ibero- Mediterrânea MediterrânIca semi-árida de tendência continental. Azinheira. Beja. Q2<50 Série do Vale do Guadiana (S-N) M Eumediterrânea Amendoeira e alfarrobeira. Vila Real de Santo António. Pe<10 M X IM Azinheira, alfarrobeira, amendoeira. Alcoutim. Q2<50 IM Ibero- Mediterrânea Azinheira. Moura. Q2<50 Série da Costa Vicentina e Serra de Monchique ÅM Termo-atlante- Mediterrânea Condições climáticas quase insulares ÅM X SM Ambiente subtropical de feição macaronésica, com influências submediterrânicas. Sobreiro, Myrica faia, Quercus canariensis. Zona costeira entre Melides e perto do Cabo de São Vicente; Serra de Monchique, abaixo de 400m. Q2<100 SM X SÅ Myrica faia, Quercus canariensis, castanheiro. Serra de Monchique, 400-600 m. P>1000 SÅ Termo-subatlântica Ambiente serrano com influências atlânticas. Myrica faia, castanheiro. Serra de Monchique, acima dos 600 m. P>1000


Tabela 3.17. Série litoral da classificação bioclimática de Pina Manique e Albuquerque (1954). Símbolo Zona notas Proporção da supremacia A/M Parâmetros climáticos Série litoral (N-S) A Atlântica Atlântica genuína ( não representada em Portugal continental). 100/0 A X MA Atlântica galaico-portuguesa Mesotermia estival; chuvas repartidas por todo o ano; mínimos de aridez. Mediterrânica húmida no sist. de Emberger. Quercus robur e pinheiro-bravo. Caminha. 70/30 Pe > 70 MA Mediterrâneo-atlântica Atlântica de tendência mediterrânica. Quercus robur e pinheiro-bravo. Montemor-o-velho. 60/40 50<Pe<70 MA X AM Zona de equilíbrio. Quercus robur, Quercus faginea ssp. broteroi e pinheiro-bravo. Marinha Grande. 50/50 40<Pe<50 AM Atlante-Mediterrânea Mediterrânica de têndencia atlântica. Quercus faginea ssp. broteroi. Lisboa. 40/60 30<Pe<40 AM X SM Mediterrânica atenuada. Quercus faginea ssp. broteroi e sobreiro. Setúbal. 30/70 SM Submediterrânea Sobreiro e zambujeiro. Alcácer do sal. 20/80 SM X M Amendoeira e sobreiro. Bravura. 10/90 10<Pe<30 M Eumediterrânea Mediterrânica genuína. Inverno suave; estio seco, longo, macrotérmico. Faro. Amendoeira e alfarrobeira. 0/100 Pe<10

Aqui fica uma resenha das formações vegetais principais ou até associações culturais ( atenção: a alfarrobeira e a amendoeira não são nativas).
 
Pois, com essas páginas é preciso ter cuidado...


Agora o efeito bioclimático na vegetação ( só em Portugal continental) :

Tabela 3.18. Classificação bioclimática de Pina Manique e Albuquerque (Portugal continental) (1954). Símbolo Zona notas Parâmetros climáticos Série transversa (E-W) no norte do país – nível basal A X MA Litoral. Pinheiro-bravo e Quercus robur. Porto. Q2>100 MA Mediterrâneo - atlântica Pinheiro-bravo e Quercus robur. Vilar de Barrô. Q2>100 MA X AM Quercus faginea ssp. faginea. Régua. 600≤P<900 AM Atlante-Mediterrânea Quercus faginea ssp. faginea. Folgosa. 600≤P<900 AM X SM Sobreiro e Quercus faginea ssp. faginea. Pinhão. 600≤P<900 SM Submediterrânea Sobreiro em pleno. Malvedos. 600≤P<900 SM X M X IM Zona de transição. Pluviosidade anual e estival um pouco superior ao observado na zona seguinte (M X IM). Sobreiro, amendoeira e azinheira. Vesúvio. Q2<50 M X IM Clima semi-árido, segundo Emberger. Amendoeira, azinheira. Barca d’Alva. Q2<50 Série transversa (E-W) no norte do país – nível submontano (450 m ) SA X MA Mediterrâneo - atlântica Castanheiro, Quercus, pyrenaica, Quercus robur, pinheiro-bravo. Ribeira de Pena. P>1000 SAXMAXAM Castanheiro, Quercus pyrenaica, Quercus robur, Quercus faginea ssp. broteroi, pinheiro-bravo. Vila Real. P>1000 SA X AM A tlante-Mediterrânea Castanheiro, Quercus pyrenaica, Quercus faginea ssp. broteroi. Sabrosa. P>1000 SAXAMXSM Castanheiro, Quercus pyrenaica, Quercus faginea ssp. broteroi, sobreiro. Alijó. P>1000 SA X SM Submediterrânea Castanheiro, Quercus pyrenaica, sobreiro. Vila Flor. Q2<100 AS X I X SM Castanheiro, Quercus pyrenaica, sobreiro, azinheira. Freixo de Espada à Cinta. Q 2 < 100 Série montana no norte do País BA Boreo-atlântica Juniperus communis. A partir de 1900 m de altitude, na S. Estrela. k>7,0 AO X BA Juniperus communis e bétula. A partir de 1700 m de altitude, na S. Estrela. k>7,0 AO Oro-atlântica Juniperus communis, Pinus sylvestris, bétula, teixo. A partir de 1300 m de altitude, na S. da Estrela. k>7,0 SA X OA Bétula, teixo, Quercus pyrenaica, Quercus robur. A partir de 1000 m de altitude, na S. Estrela. k<7,0 SA Subatlântica Na S. Estrela: bétula, teixo, sobreiro, Quercus pyrenaica. Noutras serras: Quercus pyrenaica. A partir de 700m de altitude. k<7,0 A X SA Zona mais atlântica das representadas em Portugal continental. Castanheiro, bétula, Quercus pyrenaica, Quercus robur. Vertentes cismontanas dos relevos do norte (da Peneda á Estrela). P>1500; Pe>100 I X SA Zona de transição para climas continentais. Carvalho negral e azinheira. Miranda. P<900 I Ibérica Plena continentalidade ( não representa em Portugal continental). Série transversa (E-W) no centro e sul do país MA X AM Elevado grau de oceaneidade. Quercus robur, Q. faginea ssp. broteroi. Cabo Carvoeiro Q2>200 AM Atlante-Mediterrânea Clima húmido, segundo Emberger. Quercus faginea ssp. broteroi. Lisboa. P<550 AM X SM Clima sub-húmido. Quercus faginea ssp. broteroi, sobreiro. Santarém. P < 5 5 0 SM Submediterrânea Sobreiro. Alvega. P<550 SM X IM Azinheira e sobreiro. Ferreira do Alentejo. P<500 IM Ibero- Mediterrânea MediterrânIca semi-árida de tendência continental. Azinheira. Beja. Q2<50 Série do Vale do Guadiana (S-N) M Eumediterrânea Amendoeira e alfarrobeira. Vila Real de Santo António. Pe<10 M X IM Azinheira, alfarrobeira, amendoeira. Alcoutim. Q2<50 IM Ibero- Mediterrânea Azinheira. Moura. Q2<50 Série da Costa Vicentina e Serra de Monchique ÅM Termo-atlante- Mediterrânea Condições climáticas quase insulares ÅM X SM Ambiente subtropical de feição macaronésica, com influências submediterrânicas. Sobreiro, Myrica faia, Quercus canariensis. Zona costeira entre Melides e perto do Cabo de São Vicente; Serra de Monchique, abaixo de 400m. Q2<100 SM X SÅ Myrica faia, Quercus canariensis, castanheiro. Serra de Monchique, 400-600 m. P>1000 SÅ Termo-subatlântica Ambiente serrano com influências atlânticas. Myrica faia, castanheiro. Serra de Monchique, acima dos 600 m. P>1000


Tabela 3.17. Série litoral da classificação bioclimática de Pina Manique e Albuquerque (1954). Símbolo Zona notas Proporção da supremacia A/M Parâmetros climáticos Série litoral (N-S) A Atlântica Atlântica genuína ( não representada em Portugal continental). 100/0 A X MA Atlântica galaico-portuguesa Mesotermia estival; chuvas repartidas por todo o ano; mínimos de aridez. Mediterrânica húmida no sist. de Emberger. Quercus robur e pinheiro-bravo. Caminha. 70/30 Pe > 70 MA Mediterrâneo-atlântica Atlântica de tendência mediterrânica. Quercus robur e pinheiro-bravo. Montemor-o-velho. 60/40 50<Pe<70 MA X AM Zona de equilíbrio. Quercus robur, Quercus faginea ssp. broteroi e pinheiro-bravo. Marinha Grande. 50/50 40<Pe<50 AM Atlante-Mediterrânea Mediterrânica de têndencia atlântica. Quercus faginea ssp. broteroi. Lisboa. 40/60 30<Pe<40 AM X SM Mediterrânica atenuada. Quercus faginea ssp. broteroi e sobreiro. Setúbal. 30/70 SM Submediterrânea Sobreiro e zambujeiro. Alcácer do sal. 20/80 SM X M Amendoeira e sobreiro. Bravura. 10/90 10<Pe<30 M Eumediterrânea Mediterrânica genuína. Inverno suave; estio seco, longo, macrotérmico. Faro. Amendoeira e alfarrobeira. 0/100 Pe<10

Aqui fica uma resenha das formações vegetais principais ou até associações culturais ( atenção: a alfarrobeira e a amendoeira não são nativas).

Ok, muito obrigado. ;)

A página é do Jardim Botânico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, tem que ser minimamente fiável...:unsure:
 
Ok, muito obrigado. ;)

A página é do Jardim Botânico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, tem que ser minimamente fiável...:unsure:

Por vezes passam erros...
Os cientistas também dão gralhas. Então a escrever é muito normal! :D
Mas também não sei quem foi que escreveu isso.
O eucalipto, no caso de algumas espécies, cresce praticamente em estado selvagem em Portugal, mas para todos os efeitos, foi introduzido!
 
Obrigado Belém, tem sido muito útil.

Tenho um grande carinho especial por carvalhos, castanheiros e azevinhos, quando vejo algum que possa ajudar a crescer, faço-o, mas já crescidos não sei como cuidar deles...

Ajuda...;)
 
Obrigado Belém, tem sido muito útil.

Tenho um grande carinho especial por carvalhos, castanheiros e azevinhos, quando vejo algum que possa ajudar a crescer, faço-o, mas já crescidos não sei como cuidar deles...

Ajuda...;)

O ideal é recolher bolotas/castanhas/sementes, semeá-las em vasos ou em canteiros e depois quando tiverem um certo tamanho, fazer a transplantação para o sítio definitivo pretendido. Por vezes jardins e parques urbanos, podem ser boas fontes gratuitas de bolotas.
Normalmente as sementes recolhidas, se em quantidades apropriadas ( não em demasia) não dão qualquer prejuízo ambiental e até podem ser uma fonte segura de ajuda às árvores em que pretendemos intervencionar.
Também são um garante de que se forem bem semeadas e tratadas, podem até aumentar a probabilidade de sucesso de germinação para uma boa parte das sementes recolhidas ( em condições naturais a taxa média deverá ser mais baixa) e aí fazer toda a diferença. Para o lado positivo, claro.
Certas zonas florestais devem ser menos abrangidas pela colheita de sementes, pois o número de árvores pode ser menor e haver uma grande porção de fauna que utiliza os frutos das árvores como uma fonte importante de alimentos. Certas espécies necessitam de uma grande quantidade de bolotas, antes de hibernar ( como o urso-pardo).
A colheita deve ser feita de preferência em zonas de grande abundância de sementes e influência humana ( pois aqui menos animais se alimentam delas).
 
Gente, onde posso encontrar um livro com informação credível( oficial e científica de qualidade) sobre a flora do nosso país?:unsure: