Floresta nativa Portuguesa

MSantos

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3 Out 2007
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Aveiras de Cima
Esqueci-me da zona de Barrancos mas aí pode ser criado uma Parque Natural Internacional pois do outro lado está a serra de Aracena que também é área protegida.

Também poderia ter incluído a serra de Freita.

A zona da Serra da Freita, Arada e Montemuro devia ter uma atenção especial, já que é a única zona do País, a Sul do Douro, em que existe uma população de lobos viável. Devido ao facto de não existirem presas naturais em abundância, ocorrem, nesta região, frequentes ataques a rebanhos, uma reintrodução de corços ou veados podia minimizar este problema.
 
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J.S.

Cumulus
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26 Nov 2005
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Sorry, in English.

I wonder what programme this is...While ideologically you could say what you consider native you cannot do so on a scientific level without having double standards, without excluding some species just because some persons deem them nonnative or native etc.

All trees that grow in Portugal now and procreate are native. It is very simple. What ecologists do is simply saying that human dispersal somehow does not count, excluding a mammal from being a "valid" disperser of seeds and animals. The only reason is an ideological one: they do not like what happens. But that is an opinion.

When we look at what science can and cannot do, we can look here at the Uni of Berkely:

http://undsci.berkeley.edu/article/0_0_0/whatisscience_12

So science cannot prove which morals are right or wrong, it has no values.
Science cannot determine how we should apply knowledge coming out of it
Science cannot make aesthetical judgments (this is prettier, looks better or what ever)
Science cannot prove or draw conclusion on the supernatural

Ecology, which has filtered down to society as if it is a science in THIS case fails on three out of four. It does not draw on the supernatural.

But the first three are a failure.

Ecologists in peer reviewed work DO make value and moral judgment on a constant basis. They DO claim Native is better than nonnative, which they cannot prove for the reason given above.

The DO make aesthetic judgements as one of the many arguments in peerreviewed work is that homgenisation of biotopes around the world is bad.

And they very much do tell others that we should exterminate this, "all nonnatives guilty until proven innocent".

Invasions, natives etc is all very much alike what humans tend to do in culture when foreigners enter our country. In the past, some scientists (eugenetica) also told us which were the better humans and which the worse and guess what: the natives were the better, those who resembled us or belonged to us were more in their place than newcomers.

Scientists and ecologists should us neutral wording, should not tell us what we should do, waht we should like and the most questionable thing to my mind is the call for killing life on the basis of its genes and where they belong according to some people.

A scientist should copllect data, be unbiased. That is the place of science. The place of politics is where people decide. So fact sbelong to science, opinions to ideology and politics. These are hard lines drawn between them and in most scientific fields they are. Ecology has obscured that line very much in a way climate deniers tend to do: blurring the lines between facts and opinions and interchanging them to get the world to THEIR view.

So to the point: eucalyptus, douglas fir and all other species currently existing on their own are as native as anything else. Some dispersed themselves over the ground, others via the wind. some others via birds or ocean currents and some by mammals like sheep and humans.

To let a biologist *funnily enough) make this line very clear here is a video by professor Richard Milne. Note that he is making a very good case on climate and climate change and shows us who deniers work. You probably will note that his argument, like I state above, very much count for nativists too....

The first 20 minutes deal with bad science and what it looks like...



FInal point: you might say you like Portuguese platsn and animals more and want them to survive. As ecologists can only determine what is "native" and what not by the geological record and not behaviour, appearance or anything I wonder what makes "being Portuguese" so different if it is only something that is not tangible.
 

frederico

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9 Jan 2009
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Uma possível rede de floresta pública portuguesa no Sul de Portugal. Aceitam-se mais sugestões.

1) Ribeira de Seixe: floresta ripícola e carvalhal de Quercus marianica nas margens
2) Ribeira do Torgal: floresta ripícola, a melhor que conheço em Portugal!
3) Vidigueira-Portel: montado de sobreiro e azinheira com estrato arbustivo bem conservado perto do Guadiana
4) Serra da Ossa: montado em risco, doença do sobreiro e expansão do eucaliptal
5) Serra do Monfurado: bosquetes de Quercus faginea e Quercus pyrenaica, bosquetes de freixo, sobreiral e azinhal, expandir Quercus faginea e remover Quercus suber
6) Castelo de Vide-Marvão-Portagem: galerias ripícolas, castinçais, carvalhal de Querucus pyrenaica, recuperar Quercus robur e remover Quercus suber
7) Rocha da Pena: recuperar carvalhal de Quercus faginea e azinhal
8) Ribeira de Odeleite a sul de Cachopo: recuperar bosquetes de azinheira e sobreiro, vegetação ripícola, bosquetes de Quercus marianica.
9) Monchique: reintroduzir Quercus canariensis, recuperar bosquetes de Quercus marianica
10) Ribeira do Vascão: recuperar galerias ripícolas e azinhais das encostas
 

frederico

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9 Jan 2009
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Estive este fim-de-semana na serra de Gata. Lamentavelmente a maior parte da vertente sul ardeu este mês de Agosto. Esta serra tem algo extraordinário que não ocorre em Portugal nas serras vizinhas da Malcata e da Estrela. Conserva carvalhais de Quercus pyrenaica e na vertente Norte há manchas extraordinárias com árvores de grandes dimensões. Não conhecia nada assim a Sul do Douro, mas quem quiser ver como eram as florestas de parte da serra Estrela, serra da Malcata, serra da Marofa e planalto das terras de Riba-Côa deve ir à serra de Gata. Os pinhais da vertente Sul arderam praticamente todos, curiosamente o incêndio parou quando chegou ao carvalhal. Ainda assim ardeu uma parte da floresta nativa, mas nota-se perfeitamente que o carvalho é mais resistente ao fogo e que travou a progressão do incêndio. Por que motivo em Portugal e Espanha continuam a insistir nas reflorestações com pinheiro?
 

Paulo H

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2 Jan 2008
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Castelo Branco 386m(489/366m)
Estive este fim-de-semana na serra de Gata. Lamentavelmente a maior parte da vertente sul ardeu este mês de Agosto. Esta serra tem algo extraordinário que não ocorre em Portugal nas serras vizinhas da Malcata e da Estrela. Conserva carvalhais de Quercus pyrenaica e na vertente Norte há manchas extraordinárias com árvores de grandes dimensões. Não conhecia nada assim a Sul do Douro, mas quem quiser ver como eram as florestas de parte da serra Estrela, serra da Malcata, serra da Marofa e planalto das terras de Riba-Côa deve ir à serra de Gata. Os pinhais da vertente Sul arderam praticamente todos, curiosamente o incêndio parou quando chegou ao carvalhal. Ainda assim ardeu uma parte da floresta nativa, mas nota-se perfeitamente que o carvalho é mais resistente ao fogo e que travou a progressão do incêndio. Por que motivo em Portugal e Espanha continuam a insistir nas reflorestações com pinheiro?

Pior do que reflorestações com pinheiro, são as de eucalipto. E no entretanto a população de acácias (mimosas e outras) continua a alastrar.

É uma pena ter ardido uma área considerável de carvalho na Serra de Gata. Os bombeiros de Castelo Branco foram bem recebidos pela população local, tendo contribuído em muito para a sua extinção. Mas ao mesmo tempo ardia bem na floresta junto ao Sarzedo (Covilhã).

O carvalho Quercus pyrenaica faz parte da floresta original, das nossas beiras. Ainda assim é possível encontra-lo plena cidade de Castelo Branco, formando círculos, assim como no restante planalto até ao sopé da Serra da Gardunha e Idanha-a-Nova. Não são exemplares com mais de 20 anos, pois os incêndios volta e meia ocorrem.

Também na cova da beira, nomeadamente entre Fundão e Covilhã, é possível encontrar círculos desta espécie de carvalho.
 

frederico

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9 Jan 2009
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Já vi esses carvalhos em torno de Castelo Branco. A espécie volta e meia aparece na estrada para Alcains e Alpedrinha. Mais a sul o carvalho-negral está timidamente a reaparecer em Nisa, Flor-de-Rosa, Monforte e na serra de São Mamede.

Na serra da Gardunha o carvalho-roble foi certamente comum pois está a voltar mesmo na vertente Sul. Também é comum entre o Fundão e a Covilhã.

Se houvesse como defendo uma rede pública de floresta nativa como há na Finlândia ou nos EUA poderíamos voltar a ter bosques destas espécies, que de outra forma dificilmente voltarão.
 

frederico

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9 Jan 2009
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Os livros sobre a distribuição das árvores em Portugal deveriam ser todos reescritos.

Nas escolas ensinam que o carvalho é do Norte. Nem dizem aos alunos quais são as espécies de carvalho. Ora o carvalho não é só do Norte, é de todo o país, pois no Algarve ocorrem 3 ou mesmo 4 espécies de carvalho.

Diz-se que o castanheiro é do Norte ou Norte e Centro. O que também é falso. Há castanheiros nas serras de São Mamede, Monchique e Cerca, e houve castanheiros até décadas recentes na serra do Caldeirão.

Aprende-se em universidades que o carvalho-roble ocorre apenas no Litoral Norte. FALSO. Há carvalho-roble em abundância nos distritos de Vila Real, Viseu e Coimbra, na Cova da Beira, nas serras da Cordilheira Central (Estrela, Açor e Lousã), na serra da Gardunha, perto da barragem do Cabril... a espécie está também descrita na serra de São Mamede, na parte norte do distrito de Leira e na serra de Sinta. Há uma sub-espécie de roble, quase extinta, que ocorre perto de cursos de água ou em altitude no Algarve, Alentejo, Andaluzia ou Estremadura espanhola.

Diz-se que o Quercus canariensis ocorre na serra de Monchique. É falso. O que ocorre é o Quercus marianica, que por acaso não se encontra apenas em Monchique, mas também na serra do Caldeirão, no litoral alentejano e na serra de Espinhaço Cão. O Quercus canariensis já se extinguiu em Portugal.

O estado geral da Botânica em Portugal é uma vergonha. Não se fazem praticamente estudos, os alunos do ensino obrigatório não aprendem nada, e nas universidades aprende-se com frequência informação errada.
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Castelo Branco 386m(489/366m)
Já vi esses carvalhos em torno de Castelo Branco. A espécie volta e meia aparece na estrada para Alcains e Alpedrinha. Mais a sul o carvalho-negral está timidamente a reaparecer em Nisa, Flor-de-Rosa, Monforte e na serra de São Mamede.

Na serra da Gardunha o carvalho-roble foi certamente comum pois está a voltar mesmo na vertente Sul. Também é comum entre o Fundão e a Covilhã.

Se houvesse como defendo uma rede pública de floresta nativa como há na Finlândia ou nos EUA poderíamos voltar a ter bosques destas espécies, que de outra forma dificilmente voltarão.

Em Castelo Branco (cidade) o carvalho Quercus pyrenaica pode ser observado numa pequena elevação com picoto a que chamamos "Barrocal" entre a colina do castelo e o monte são martinho.

Eu defendo uma solução equilibrada entre ter uma floresta nativa e uma floresta de folhosas, que permita reduzir o stress da fauna local (ataques de javalis às hortas), que permita ter algum rendimento para a população (madeira, cogumelos, bolota, castanha, avelã,..) e que resista melhor aos incêndios.

Uma floresta sem folhosas, esgota as terras, pois não contribui em matéria orgânica (eucalipto) e por consequência enfraquece / desequilibra o ecossistema local. Ainda assim, o pinheiro contribui com a formação de caruma (agulhas de pinheiro), sem esgotar os solos devido ao crescimento mais lento, sendo que permite intercalar com medronheiros.
 
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frederico

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Em Inglaterra ou no Norte de Itália utilizam praticamente apenas folhosas nos jardins públicos ou nos passeios.

Pergunto-me. Por que motivo não há castanheiros ou nogueiras em abundância nas nossas cidades? Décadas atrás ainda se utilizavam os plátanos... mas agora só se vêem exóticas. Por que motivo não utilizamos carvalhos nos passeios? Aqui no Porto os carvalhos que existem dentro da cidade nasceram espontaneamente...

A nogueira é uma árvore pouco explorada em Portugal.. até no Algarve se dá, com rega no barrocal e litoral, sem rega na serra de Monchique. Não se fazem grande plantações de castanheiros, árvore dizimada com incêndios e pragas, que foi comum do Minho ao Algarve. A castanha é mais saudável que a batata e deveria voltar a ser acompanhamento em substituição da batata e do arroz branco.
 
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frederico

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Em Castelo Branco (cidade) o carvalho Quercus pyrenaica pode ser observado numa pequena elevação com picoto a que chamamos "Barrocal" entre a colina do castelo e o monte são martinho.

Eu defendo uma solução equilibrada entre ter uma floresta nativa e uma floresta de folhosas, que permita reduzir o stress da fauna local (ataques de javalis às horas), que permita ter algum rendimento para a população (madeira, cogumelos, bolota, castanha, avelã,..) e que resista melhor aos incêndios.

Uma floresta sem folhosas, esgota as terras, pois não contribui em matéria orgânica (eucalipto) e por consequência enfraquece / desequilibra o ecossistema local. Ainda assim, o pinheiro contribui com a formação de caruma (agulhas de pinheiro), sem esgotar os solos devido ao crescimento mais lento, sendo que permite intercalar com medronheiros.

É este o modelo que a Quercus defende.

No longo prazo daria mais dinheiro à nossa economia. Com as madeiras da nogueira, cerejeira, carvalho, freixo ou castanheiro produz-se mobiliário de elevada qualidade. A nível local poderia nascer uma indústria que criaria mais emprego, e emprego mais especializado e melhor remunerado que o pinhal e o eucaliptal. Com uma vantagem extra: a concorrência é pouca, muitas destas espécies dão apenas no Sul da Europa e têm em Portugal condições excelente, produzindo madeiras ou frutos com qualidades únicas. Se neste momento todo o eucaliptal, todo o eucaliptal e todos os matos fossem floresta de folhosas parte do despovoamento do interior teria solução rápida...
 
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Castelo Branco 386m(489/366m)
Em Inglaterra ou no Norte de Itália utilizam praticamente apenas folhosas nos jardins públicos ou nos passeios.

Pergunto-me. Por que motivo não há castanheiros ou nogueiras em abundância nas nossas cidades? Décadas atrás ainda se utilizavam os plátanos... mas agora só se vêem exóticas. Por que motivo não utilizamos carvalhos nos passeios? Aqui no Porto os carvalhos que existem dentro da cidade nasceram espontaneamente...

A nogueira é uma árvore pouco explorada em Portugal.. até no Algarve se dá, com rega no barrocal e litoral, sem rega na serra de Monchique. Não se fazem grande plantações de castanheiros, árvore dizimada com incêndios e pragas, que foi comum do Minho ao Algarve. A castanha é mais saudável que a batata e deveria voltar a ser acompanhamento em substituição da batata e do arroz branco.

Concordo plenamente!

Posso falar de Castelo Branco.. Nos locais mais antigos, eram plantadas as seguintes árvores:
- Laranjeiras bravas
- Castanheiros da Índia
- Tílias
- Loureiros (parque)
- Pinheiro pseudo-tsuga (rotundas)
- Pseudo-platanos

De pequeno interrogava-me porque é que havia laranjeiras "bravas" com sabor amargo. Hoje penso que deve ser por precaução, para que a população não consuma, ou para não prejudicar o comercio de frutas.

Hoje em dia, existe um planeamento para os espaços verdes. As avenidas são de certa forma temáticas (exclusivas):
- Árvores de bagas vermelhas
- Cerejeiras de jardim
- Castanheiros da Índia
- Tílias
- Teixos
- Carvalhos
- Espécies semelhantes ao plátano (folhas pequenas).
 

frederico

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No sotavento algarvio havia no passado muitas amoreiras, hoje em dia já desapareceram quase todas! Ao pé da casa dos meus avós havia duas mas quando aquelas duas hortas foram compradas pelos construtores... adeus amoreiras. Eram árvores de grandes dimensões e muito antigas. As amoreiras costumavam ser plantadas perto das casas das hortas, junto à nora ou ao poço, como árvore ornamental. Como as terras do litoral e do barrocal são fundas, as amoreiras algarvias atingiam grandes dimensões. Na minha freguesia já desapareceram todas...
 

frederico

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Uma forma de podermos inferir qual seria a vegetacao nativa de um local vem do estudo da toponimia. Em Portugal existem centenas ou mesmo milhares de locais com toponimos derivados da palavra carvalho: Carvalhos, Carvalhal, Carvalhido, Carvalhas sao alguns exemplos. Poderemos pensar que estes toponimos devem ser apenas frequentes no Norte, mas na regiao Centro sao bem comuns, e ate surgem no Alentejo e no Algarve. O toponimo Cercal deriva do carvalho-cerquinho, e um bosque de carvalhos da especie Quercus faginea. E no litoral alentejano, a norte de Odemira, temos a serra do Cercal...

O freixo, castanheiro, oliveira, figueira, choupo, alamo, amieiro, espinheiro, sobreiro, azinheira, teixo, e muitas outras especies vegetais deram tambem nome a cidades, vilas, aldeias, sitios, quintas, ribeiras, serras, vales...

Exemplos de alguns concelhos em Portugal com nomes derivados de arvores ou arbustos:

- Figueira de Castelo Rodrigo
- Freixo de Espada a Cinta
- Oliveira do Hospital
- Oliveira de Azemeis
- Alandroal
- Azambuja
- Castanheira de Pera
- Murtosa
- Sobral de Monte Agraco

Alguns toponimos ligados a vegetacao nativa:

- Carvalhal, Carvalha, Carvalhido, Carvalhos, Carvalho, Carvalhinho, Carvalhinhos
- Freixial, Freixo, Freixiosa, Freixianda
- Olival, Oliveira
- Murtosa, Murtal, Murtais
- Pinheiro, Pinhal
- Teixo, Teixoso, Teixeira
- Sobral, Sobreiro, Sobreira
- Souto, Castanheira, Castanheiro, Castanheiros
- Alandroal
- Laranjeiras, Laranjeiro, Pomar, Pomares, Limoeiro
- Lodao
- Azinheira, Azinhal, Azinhoso
- Choupal
- Amieira, Amieiro, Amieiros
- Cercal, Cercoso, Cerqueira, Cerquido
- Zambujal
- Espinheiro, Espinheiros
 

frederico

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Em Evora existe um convento chamado Convento do Espinheiro:

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Mas existira ainda algum espinheiro nas imediacoes do convento?

O espinheiro ou pilriteiro e um arbusto muito comum em Inglaterra. Surge por todo o lado, especialmente na formacao de sebes que dividem os terrenos, nas bermas de estradas ou auto-estradas ou em jardins privados. Em Portugal era muito comum no seculo XIX de Norte a Sul e esta descrito como muito comum no Algarve em toda a provincia. Ora quase 200 anos depois apenas consegui encontrar meia duzia de exemplares perto da Foia e em risco elevadissimo de desaparecerem com a provavel extincao regional da especie. Sabe-se que a norte de Evora seria comum decadas atras especialmente na serra do Monfurado. Ha dois anos percorri parte da serra mas nao encontrei um unico pilriteiro. Os unicos locais onde localizei a especie foram a serra do Geres e nos arredores de Abrantes...

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Pouca gente em Portugal conhece actualmente este arbusto que foi muito comum no nosso pais mas tendo em conta as fontes tera sofrido uma regressao brutal e provavelmente a extincao local em inumeros pontos de Portugal nos ultimos 200 anos. Estamos ainda decadas ou mesmo seculos atrasados na proteccao e valorizacao da nossa vegetacao nativa...