Lince-Ibérico (Lynx pardinus)

belem

Cumulonimbus
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Estudian un programa para la reintroducción del lince ibérico en España y Portugal


Huelva, 4 feb (EFE).- Representantes del Gobierno portugués y de las comunidades autónomas de Andalucía, Castilla-La Mancha, Castilla y León, Extremadura y Madrid se han reunido hoy para analizar el contenido de un programa de reintroducción del lince ibérico en España y Portugal.

La reunión del Grupo de Trabajo de reintroducciones del Lince ibérico, según ha informado hoy en un comunicado el Ministerio de Medio Ambiente, Medio Rural y Marino, ha sido organizada por la Dirección General de Medio Natural y Política Forestal de este ministerio, en el marco de la Estrategia de Conservación del Lince ibérico en España.

Dicho Programa, que será elaborado a lo largo de 2011 y presentado a la Conferencia Sectorial de Medio Ambiente para su posterior aprobación, consiste en un Documento Marco general de trabajo para las distintas administraciones, en el que se establecen criterios, parámetros y condiciones, para la realización de proyectos de reintroducción de esta especie.

En el contexto de esta reunión, la Junta de Andalucía ha expuesto los resultados preliminares de sus sueltas experimentales, cuyos resultados servirán para conocer cuáles son las metodologías de introducción más adecuadas y contribuir a la elaboración del Programa de reintroducción del lince ibérico.

Asimismo, la Dirección General de Medio Natural y Política Forestal ha presentado una iniciativa para la creación de consejos asesores para cada una de las Estrategias de conservación de especies amenazadas, en los que participarán expertos y organizaciones sectoriales involucradas en el estudio y conservación de las especies. EFE


http://www.efeverde.com/esl/contenidos/ ... y-portugal

Então e opiniões?
Quais os melhores lugares em Portugal para fazer uma reintrodução?

Malcata, Moura-Barrancos, Serras algarvias, etc..?
Quais os locais a vosso ver, que seriam os melhores tendo em conta, vários aspectos ambientais e humanos?
No campo ambiental, tenho alguma preocupação com a qualidade do habitat assim como com a área disponível para possíveis dispersões futuras ou conexões com outras populações.
No lado humano, o impacto que as reservas de caça podem ter nesta decisão (ainda que hajam alguns bons caçadores, nem todos o são...), e também a questão da mentalidade das pessoas.
Eu preciso de recolher algumas informações extra, pois ainda não estou decidido.
Mas até o aspecto climático, vai ter peso na minha opinião...
 

Seattle92

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Sem perceber minimamente do assunto, fico com a impressão que as serras algarvias talvez sejam a zona onde haja mais sossego.

Moura/Barrancos não terá demasiada agricultura ou pelo menos demasiadas cercas e muros a separar os terrenos?
 

frederico

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Falem mais das vossas escolhas, isso assim não é nada...:D

- Baixa densidade populacional.

- Relevo muito acidentado, tornando a zona menos apetecível para os caçadores, que preferem outras zonas com relevo mais favorável -reservas de caça dos concelhos de Castro Marim ou Alcoutim.

- Boas áreas de matagal que alternam com clareiras.

- Vales que podem servir como corredor ecológico: Vascão, Odeleite, Foupana, Beliche e afluentes.

- Presença de alimento.
 

Seattle92

Nimbostratus
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A minha opinião vai na mesma direcção da do frederico.

Além da serras algarvias terem uma ocupação humana bastante baixa, são ...serras :lol:

Não há a pressão da agricultura e das zonas de caça que existe na área de Moura/Barrancos. Mesmo vendo pelo google earth dá para perceber que grande parte da zona de Moura está ocupada pela agricultura com todas as fronteiras que isso significa (muros, vedações, ...). A zona de Barrancos já tem bastante menos, mas por outro lado tem uma presença bastante relevante de herdades e coutadas de caça. Aquelas montarias contínuas aos veados e javalis não devem criar um ambiente muito favorável a uma espécie tão delicada.

Em relação à Malcata, parece que o Algarve terá um habitat mais "mediterrânico", mais perto do ideal da espécie. Não sei é como está a densidade de coelhos neste momento.

Possivelmente tanto o Algarve, como Barrancos, como a Malcata são boas opções. Mas para começar talvez os libertasse perto da área onde estão neste momento, entre Silves e Monchique.

Mas se calhar o mais importante para a escolha é perceber qual das áreas apresenta uma maior densidade de coelhos.
 

frederico

Furacão
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9 Jan 2009
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Nem todas as áreas da serra algarvia me aparecem indicadas, por exemplo, não me parece que o concelho de Alcoutim, de uma forma geral, tenha muitas condições, devido às reservas de caça: afinal, trata-se de uma zona com áreas de peneplanície, um relevo mais propício ao caçadores.

Já as áreas centrais da serra do Caldeirão têm um relevo bem mais acidentado, o que afasta os caçadores, estão mais despovoadas, têm vastas zonas de vegetação densa que alternam com clareiras e vales que poderão servir com corredor ecológico. Penso que no futuro ficaremos com duas povoações separadas pela auto-estrada do Sul, isto se houver reintrodução no Algarve. Uma das povoações ficará na serra de Monchique, a outra na serra do Caldeirão. A ribeira de Odelouca poderá funcionar como corredor entre as duas povoações.

Penso é como será feita a deslocação de animais do Caldeirão e de Monchique para Espanha, teria de haver um corredor ecológico pelo Baixo Alentejo, algo difícil de conseguir devido às vedações das herdades e às reservas de caça.
 

Seattle92

Nimbostratus
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22 Set 2010
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Penso que no futuro ficaremos com duas povoações separadas pela auto-estrada do Sul, isto se houver reintrodução no Algarve.

Essa separação pode nem ocorrer.

Se reparares bem a quantidade de viadutos que a A2 tem quando está a entrar no Algarve. Aqueles 15/20 km em que se está a passar pelas serras tem à vontade uns 15 viadutos. É quase um por km e alguns deles com uma ou duas centenas de metros de cumprimentos.

Pelo menos esse troço dessa autoestrada não parece criar uma barreira intransponível para a fauna (ao contrário de muitos outras).
 

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Essa separação pode nem ocorrer.

Se reparares bem a quantidade de viadutos que a A2 tem quando está a entrar no Algarve. Aqueles 15/20 km em que se está a passar pelas serras tem à vontade uns 15 viadutos. É quase um por km e alguns deles com uma ou duas centenas de metros de cumprimentos.

Pelo menos esse troço dessa autoestrada não parece criar uma barreira intransponível para a fauna (ao contrário de muitos outras).


Ainda em Maio de 2010, quando vinha da Serra de Monchique ( aliás fiz esse trajecto 2 vezes) tive o cuidado de verificar a quantidade de viadutos e as suas características.
Dizes bem que haviam muitos, mas mais do que isso, muitos deles apresentavam bons corredores naturais ( com matagal mediterrâneo e sem perturbação humana).
Tendo em conta os registos comportamentais dos linces-ibéricos em dispersão, tenho a certeza que não teriam grandes problemas em atravessar a A2 por esses corredores.
Em 2009, antes de ver isso com os meus próprios olhos e sem quaisquer dados, achava as ligações entre Caldeirão e Monchique algo comprometidas, mas após essas viagens fiquei com muito boa impressão.:)
 

belem

Cumulonimbus
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LPN inicia campanha “Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina a Parque Nacional”
LPN - Liga para a Protecção da Natureza, Direcção Nacional (11-03-10)


O objectivo desta campanha é chamar a atenção do público para a importância da preservação da biodiversidade do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e exigir aos governantes que dotem esta área dos meios necessários para a implementação de medidas de protecção ambiental socialmente aceites.

Esta região, que a LPN considera ser uma das mais importantes de Portugal do ponto de vista da biodiversidade, e dos serviços dos ecossistemas que providencia, possui valores naturais únicos num contexto europeu cuja importância só terá reconhecimento apropriado com o estatuto de Parque Nacional.

Adicionalmente, a LPN defende que a promoção da área a Parque Nacional será efectivamente um factor impulsionador de desenvolvimento sustentável, potenciando oportunidades no plano económico. No sector do turismo rural e de natureza, por exemplo, poderá ajudar a cativar mais visitantes promovendo também os produtos e cultura tradicionais da região.

Esta campanha insere-se num conjunto de iniciativas da LPN no âmbito do Ano Internacional da Biodiversidade, em que será dado grande destaque ao Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV).

A preparação da proposta técnica para a promoção da área a Parque Nacional será acompanhada de uma petição electrónica com o objectivo de levar este assunto a ser debatido no parlamento nacional. Recorde-se que numa petição anterior, efectuada em 2004, e que recolheu mais de 33.000 assinaturas, os subscritores solicitaram ao Ministro do Ambiente que fizesse respeitar o Plano de Ordenamento e impedisse o desenvolvimento de mega-projectos turísticos que ameaçavam (e ainda ameaçam) o Parque Natural.

Num primeiro passo para esta actividade, a LPN pretende contactar o ICNB e as autarquias locais para solicitar a sua colaboração nestas iniciativas. A promoção desta Área Protegida a Parque Nacional adquire especial relevância num momento em que começa (a partir de 18 de Março) a discussão pública do novo Plano de Ordenamento, que apresenta inúmeros atentados à conservação desta região.

Outras acções que irão ser desenvolvidas durante o corrente ano incluem:
a) A exigência ao governo português para que dote as entidades responsáveis (ICNB e autarquias locais) de meios financeiros e humanos para a implementação de medidas socialmente compatíveis com os valores de biodiversidade existentes;
b) A denúncia do risco que o novo Plano de Ordenamento constituirá para a biodiversidade desta área;
c) Uma proposta de Área Marinha Protegida que promova a utilização sustentável dos recursos pesqueiros neste Parque;
d) A denúncia das pressões que promovem um crescimento turístico e urbanístico incompatível com o desenvolvimento sustentável da região;
e) Uma proposta de revisão das medidas agro-ambientais e silvo-ambientais na região, por forma a preservar correctamente os valores naturais e apoiar os agricultores e proprietários que zelam pela preservação desses valores.


http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=16590&bl=1




LPN: Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina – Agricultura Intensiva é inimigo nº 1

A associação conservacionista denuncia a destruição dos valores de Biodiversidade pela agricultura intensiva no Perímetro de Rega do Mira criticando a apatia do Ministério do Ambiente e pedindo a correcção da situação.

O aproveitamento hidroagrícola do Mira abrange cerca de 21% da área terrestre do Parque Natural do SW Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV). Na última década, os valores de biodiversidade do Parque têm sido progressiva e rapidamente destruídos pelas práticas agrícolas intensivas no Perímetro de Rega do Mira (PRM).

Um estudo científico recente confirma que a agricultura intensiva praticada no PRM tem sido responsável pela destruição de habitats e espécies protegidos. As taxas de desaparecimento de lagoas temporárias (nas quais ocorrem vários habitats e espécies protegidas) entre 1991 e 2009 foram muito elevadas no interior do PRM (57,6%), tendo sido em 2010 registada destruição adicional.

Em 2005, o Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) elaborou um relatório sobre os valores de biodiversidade na área do PRM, no âmbito da preparação do Programa Sectorial Agrícola do PRM (PSAM). Este relatório evidencia os valores de conservação, com espécies e habitats únicos no mundo. Os pareceres do ICNB foram ignorados, as suas sugestões de cartografia parcialmente ignoradas, e em 64% da área destinada a agricultura amiga da biodiversidade foi permitida uma agricultura intensiva de regadio.

A proposta de Plano de Ordenamento do PNSACV, em discussão pública, só piora esta situação, assumindo que existe apenas cerca de 1 dezena de lagoas (em vez das 170 referidas no estudo). Além disso, grande parte do PRM vem classificado como Protecção Complementar II (“áreas agrícolas do PRM”) e destina-se à “produção agrícola em regadio”, incluindo estufas para produção intensiva.

A LPN lamenta a insensibilidade ambiental do Ministério da Agricultura e a apatia inaceitável do Ministério do Ambiente. Enviou ao Secretário de Estado do Ambiente um memorando que será enviado à Comissão Europeia, evidenciando a degradação contínua desta área e a destruição progressiva de habitats e espécies protegidos por legislação europeia e internacional.

Como reverter esta situação?
A LPN considera que as medidas mínimas de protecção da biodiversidade na área do PRM devem ser incluir (a) a reclassificação de uma parte substancial do PRM (pelo menos 40%) em categorias de protecção mais elevadas, no ambito da revisão do Plano de Ordenamento do PNSACV; (b) a implementação de um programa agro-ambiental atractivo para os proprietários (revendo a actual ITI), que compense as perdas económicas pelo fim das actividades de agricultura intensiva.

http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=21&cid=30411&bl=1


9860172-lg.jpg



http://photo.net/photodb/photo?photo_id=9860172
 

trevinca

Cirrus
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8 Mar 2009
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As ultimas informacions do lince en Galicia.-

O animal ibérico referido dase por morto nas catro provincias galegas: Ourense, Lugo, Pontevedra e A Coruña. Certamente, o felino sempre foi raro dende os séculos XVIII-XIX nesta terra do noroeste.

A meados do século XX o animal ainda andaba polas fragas e luares apartados de Ourense, Lugo e Pontevedra. Así, nos anos 1950-1970 o naturalista José Curt (que ha traballado para a base mariñeira de Guerra radicada en Marín) coñeceu um taxidermista que había recollido un ejemplar morto, ca finalidade de “embelesarlo” (¿se dí así en portugués?). O animal había morto moi perto da cidade de Pontevedra. Con elo pode-se considerar a especie coma extinta na provincia de Pontevedra. Mais “poder” non sempre é “realidade”. De certo, o ultimo lince (e seguramente de tuda Galicia -penso que “ibérico” polas descripcions precisas que me fixeron os avistadores-) da provincia de Pontevedra foi visto no vrao do ano 2000 nas montañas orientais da provincia.

En Ourense, tambén pensa-se ca especie morreo fai moitos anos. De feito, sempre considerouse que había desaparecido no ano 1924 cando uns paisanos do concello do Canedo mataron a paus un individuo. Mais, no ano 1968, os servicios oficiais da Caza e Pesca da Esapaña dibuxaron un mapa con a distribución do animal por tuda España.
Era, curiosamente, Ourense o territorio mais importante do ¡Norte da Peninsula Ibérica! con varios grupos xa isolados entre sí.
As últimas novas (perfectamente comprobadas foron feitas na Serra do Eixo-Pena Trevinca-Serra Segundera) son do ano 1997. Porén e moi posible co animal ainda sobreviva nas serras orientais de Ourense

En Lugo, Grande del Brío acreditóu a existenza do animal deica 1990, informando sobre ello no ano 1993; curiosamente, no ano 1985 o biólogo norteamericano Clevenger viu un ejemplar nos límites das provincias de Lugo e León.
 

trevinca

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As ultimas informacións do lince en Galicia.-

O animal ibérico referido dase por morto das catro provincias galegas: Ourense, Lugo, Pontevedra e A Coruña. Certamente, o felino sempre foi raro dende o século XIX até agora, nesta terra do noroeste.

A meados do século o animal andaba polas fragas e luares apartados de Ourense, Lugo e Pontevedra. Así, nos anos 1950-1970 o naturalista José Curt (que ha traballado para a base mariñeira de Guerra radicada en Marín) coñeceu un taxidermista que había recollido un ejemplar morto, ca finalidade de “embelesarlo” (¿se dí así en portugués?). O animal había morto moi perto da cidade de Pontevedra. Con elo pode-se considerar a especie coma extinta na provincia de Pontevedra. Mais “poder” non sempre é “realidade”. De certo, o último lince (penso que “ibérico” polas descripcións precisas que fixeronme os protagonistas) da provincia de Pontevedra foi visto no vrao do ano 2000 nas montañas orientais da provincia.

En Ourense, tambén pensa-se ca especie morreo fai moitos anos. De feito, sempre considerouse que había desaparecido no ano 1924 cando uns paisanos do concello do Canedo mataron a paus un individuo. Mais, no ano 1968, os servicios oficiais da Caza e Pesca de España dibuxaron un mapa con a distribución do animal en tuda España.
Era, curiosamente, Ourense o territorio mais importante do Norte con varios grupos xa isolados.
As últimas novas (perfectamente comprobadas na Serra do Eixo-Pena Trevinca-Serra Segundera) son do ano 1997.

En Lugo, Grande del Brío acreditóu a existenza do animal deica 1990, informando sobre elo no ano 1993; tamén, no ano 1985 o biólogo norteamericano Clevenger viu un exemplar nos límites das provincias de Lugo e León.