Lobo Ibérico

camrov8

Cumulonimbus
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14 Set 2008
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Quase 2000 animais dizimados por lobos

De janeiro de 2015 a janeiro de 2016, o lobo matou quase 2000 cabeças de gado no Minho.

O Instituto de Conservação da Natureza vistoriou nesse período 1272 ataques reportados por criadores nos Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Paredes de Coura, Cerveira, Caminha, Viana, Melgaço, Monção, Valença, Ponte de Lima, Terras de Bouro, Vieira do Minho, Cabeceiras e Vila Verde, e confirmou, para efeitos de indemnização, prejuízos em 1831 animais (ovinos, caprinos, bovinos, equinos e caninos).

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=5086315

Essa reportagem é bem ao estilo do jn, admira-me não usarem o termo exterminados ou pior e o termo lobo mau também não abona nada para quem escreveu, que com a quantidade de erros que aparecem constantemente dão má imagem ao jornal, agora se for uma pessoa com uma caçadeira é desporto
 
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Pek

Cumulonimbus
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24 Nov 2005
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Nuevas fotografías de hace unos días confirman la presencia del lobo en Cataluña:

Detectan-lobos-Ripolles-Cerdanya-reintroduccion_905621205_102269737_667x375.jpg


img_jelcacho_20160407-110003_imagenes_lv_propias_jelcacho_a_llop1-kcLI-U40952158717gGG-992x558@LaVanguardia-Web.jpg


lobo-1460038531717.jpg


En 2015 ya hubo 9 observaciones de lobo en la zona. Una captura de una de ellas de un lobo sobre la nieve:

1460028749331.jpg


En 2014 también, tanto en invierno:

Lobo-de-la-subespecie-Canis-lu_54403795386_51351706917_600_226.jpg


Como en verano:

fotospropies20140809140034.jpg


Lobo-fotografiado-en-el-Puigma_54412947945_51351706917_600_226.jpg


Se trata de lobos procedentes de las poblaciones fuente francoitalianas que se encuentran desde hace unos años por las zonas marcadas en rojo. Al lado la proyección para el año 2020 (en marrón lobo francoitaliano, rayado lobo ibérico). Es un poco optimista para mi gusto, pero ya veremos. En todo caso es una interesante noticia la llegada de nuevas líneas genéticas lobunas a la Península Ibérica:

lobo_catalunya.jpg


Más información (Está en catalán, si tenéis cualquier duda os lo puedo traducir):
http://www.ccma.cat/324/noves-fotog...pirineu/noticia/2724749/#.VwZHn9ye4JA.twitter

Un saludo
 

Pek

Cumulonimbus
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24 Nov 2005
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Esta escena fue filmada en Asturias en el marco del espectacular documental Cantábrico, que se estrenará el próximo 31 de marzo. Si entráis en el enlace de El País podréis acceder a un trailer de esa escena de cacería sobre la nieve

¡Qué ganas de verlo!
 
M

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Bom dia!

Ataque de lobo esta noite na minha aldeia, localização:

images

O ataque foi muito perto do centro da aldeia, não sei precisar quantas ovelhas foram mortas.
 
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M

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Pelos visto a situação é mesmo grave, várias aldeias de Chaves estão a braços com ataques, matam tudo o que apanham, até burros.

Registos em:

Mairos,
Paradela de Monforte,
São Vicente da Raia,
Travanças.
 
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Esta dimensão de ataques surpreende-me porque apesar de tudo existem presas em quantidade, especialmente corço

Há muitos anos que não se ouvia falar de lobos, em tempos que já lá vão há "estórias" arrepiantes que ainda hoje os mais antigos contam lá na minha aldeia, conta-se de um homem da aldeia salvo de uma alcateia de lobos no sitio de Rodas entre Dadim e Paradela de Monforte que ao se ver perseguido cantou alto com todas as forças para que na aldeia o ouvissem que estava a ser perseguidos por lobos, terá sido salvo.

Outras notícias há da presença deste predador:

Lobo mata ovelha e ataca mulher

Apesar de ainda ter os seus caminhos em terra batida, o bairro do Rajado é um bairro da cidade de Chaves. Mas a sua proximidade do centro urbano não impede que os lobos ali ataquem os animais. Ou mesmo as pessoas. Foi o que aconteceu no passado sábado.

O dia já clareava, embora ainda não fossem as seis. A família de António Rodrigues tinha madrugado e preparava-se para partir de fim de semana, rumo à aldeia. Subitamente, no quintal da casa, uma das suas filhas gritou: "Anda ali uma raposa!".

"Mas não era nada uma raposa", contou depois o senhor António, que, do cimo dos seus 74 anos, bem sabe distinguir o que é raposa e o que é lobo. "Era um lobo e já não era menor, pois tinha muita prática de vida", garante, ele que, no seu tempo, chegou a ver sete juntos, lá no termo, nas proximidades das leiras que tem em Paradela de Monforte.

Tinha a fera acabado com a vida de uma mansa cordeira que pernoitava fora, embora apenas protegida por uma cerca de arame, já que o cão da casa só se enfurece e ladra na presença de gatos. Às primeiras dentadas desmembrou o lobo logo uma das patas dianteiras da ovelha. E estava a comê-la quando foi interrompida pelo grito de alarme e susto da filha do senhor António.

Enquanto, resoluto, foi o da casa deitar mão a um sacho com que, de uma assentada, acabaria com o bicho intruso, a sua mulher, Lurinda da Encarnação, foi diante e abriu a cancela da cerca, que, fechada como estava, sempre atrapalharia a incursão rápida que o marido lhe anunciara.

Mas, antes mesmo de se sentir acossado pelo sacho que lhe viria destinado, avançou o lobo em direcção à cancela aberta. Apesar dos seus 72 anos já feitos, quis a dona Lurinda, com apenas o seu delgado e frágil corpo, impedir-lhe a fuga. Ou não fugiu ela a tempo de evitar a investida que viria a sofrer.

"Deu-lhe uma dentada assim na barriga, salvo seja, e fez-lhe dois golpes com os dentes. Valeu-lhe a grossura da roupa, senão era pior", relata o senhor António.

Mas a investida do lobo causou, também, danos colaterais, neste caso na mesma vítima. "Conforme se atirou a ela, meteu-lhe uma pata na parte, salvo seja, e fez-lhe uma grande pisadura. E, coitada, ao cair ainda fez um golpe no papo".

Já não foi necessária a sachola. O urgente, agora, era acudir à mulher. Até porque o lobo deu meia volta, pulou a cerca e desapareceu.

Recompostos todos – e depois de se certificarem que os ferimentos da dona Lurinda não eram muito graves – lembrou-se a família então de ir conferir os danos sofridos pela cordeira. Mas esta já jazia. A pata direita, desmembrada, estava a metro e meio de distância e boa parte do pescoço e do peito mais distantes ainda, já em provável processo de digestão. "Sangrou-a como a um cristão", descreve o senhor António, referindo-se, não sem pena e afecto, à sua cordeira, que, em termos meramente mercantis, avaliou em 13 contos.

A cordeira do senhor António era única da espécie lá em casa. Aliás, a última de quatro que ali chegaram a conviver. A primeira foi para a comunhão do neto. Com outras duas, à uma, festejaram António e Lurinda as suas Bodas de Ouro. Engordavam esta para a próxima festa que marcassem, o que em nada diminuía o afecto da família pelo animal. Ou, se não era afecto o sentimento revelado, seria o de pena por antes deles se ter nela banqueteado o maldito lobo.

O que é certo é que, perante a cordeira morta e destroçada na lameira da sua casa, o senhor António não parava de praguejar contra os lobos e "esses de agora" que os protegem e até os soltam por esses montes, "para andarem por aí nestes trabalhos". "Dizem que é proibido matá-los? Pois se o apanhasse arreava-lhe uma sacholada que o matava na hora. E fosse à frente de quem fosse..."

O senhor António não sabia que, a comprovar-se que a sua cordeira tinha mesmo sido atacada por um lobo, há serviços estatais que o indemnizam por todos prejuízos sofridos.

http://www.diariodetrasosmontes.com/content/lobo-mata-ovelha-e-ataca-mulher
 

MSantos

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3 Out 2007
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Há muitos anos que não se ouvia falar de lobos, em tempos que já lá vão há "estórias" arrepiantes que ainda hoje os mais antigos contam lá na minha aldeia, conta-se de um homem da aldeia salvo de uma alcateia de lobos no sitio de Rodas entre Dadim e Paradela de Monforte que ao se ver perseguido cantou alto com todas as forças para que na aldeia o ouvissem que estava a ser perseguidos por lobos, terá sido salvo.

Outras notícias há da presença deste predador:

Lobo mata ovelha e ataca mulher

Apesar de ainda ter os seus caminhos em terra batida, o bairro do Rajado é um bairro da cidade de Chaves. Mas a sua proximidade do centro urbano não impede que os lobos ali ataquem os animais. Ou mesmo as pessoas. Foi o que aconteceu no passado sábado.

O dia já clareava, embora ainda não fossem as seis. A família de António Rodrigues tinha madrugado e preparava-se para partir de fim de semana, rumo à aldeia. Subitamente, no quintal da casa, uma das suas filhas gritou: "Anda ali uma raposa!".

"Mas não era nada uma raposa", contou depois o senhor António, que, do cimo dos seus 74 anos, bem sabe distinguir o que é raposa e o que é lobo. "Era um lobo e já não era menor, pois tinha muita prática de vida", garante, ele que, no seu tempo, chegou a ver sete juntos, lá no termo, nas proximidades das leiras que tem em Paradela de Monforte.

Tinha a fera acabado com a vida de uma mansa cordeira que pernoitava fora, embora apenas protegida por uma cerca de arame, já que o cão da casa só se enfurece e ladra na presença de gatos. Às primeiras dentadas desmembrou o lobo logo uma das patas dianteiras da ovelha. E estava a comê-la quando foi interrompida pelo grito de alarme e susto da filha do senhor António.

Enquanto, resoluto, foi o da casa deitar mão a um sacho com que, de uma assentada, acabaria com o bicho intruso, a sua mulher, Lurinda da Encarnação, foi diante e abriu a cancela da cerca, que, fechada como estava, sempre atrapalharia a incursão rápida que o marido lhe anunciara.

Mas, antes mesmo de se sentir acossado pelo sacho que lhe viria destinado, avançou o lobo em direcção à cancela aberta. Apesar dos seus 72 anos já feitos, quis a dona Lurinda, com apenas o seu delgado e frágil corpo, impedir-lhe a fuga. Ou não fugiu ela a tempo de evitar a investida que viria a sofrer.

"Deu-lhe uma dentada assim na barriga, salvo seja, e fez-lhe dois golpes com os dentes. Valeu-lhe a grossura da roupa, senão era pior", relata o senhor António.

Mas a investida do lobo causou, também, danos colaterais, neste caso na mesma vítima. "Conforme se atirou a ela, meteu-lhe uma pata na parte, salvo seja, e fez-lhe uma grande pisadura. E, coitada, ao cair ainda fez um golpe no papo".

Já não foi necessária a sachola. O urgente, agora, era acudir à mulher. Até porque o lobo deu meia volta, pulou a cerca e desapareceu.

Recompostos todos – e depois de se certificarem que os ferimentos da dona Lurinda não eram muito graves – lembrou-se a família então de ir conferir os danos sofridos pela cordeira. Mas esta já jazia. A pata direita, desmembrada, estava a metro e meio de distância e boa parte do pescoço e do peito mais distantes ainda, já em provável processo de digestão. "Sangrou-a como a um cristão", descreve o senhor António, referindo-se, não sem pena e afecto, à sua cordeira, que, em termos meramente mercantis, avaliou em 13 contos.

A cordeira do senhor António era única da espécie lá em casa. Aliás, a última de quatro que ali chegaram a conviver. A primeira foi para a comunhão do neto. Com outras duas, à uma, festejaram António e Lurinda as suas Bodas de Ouro. Engordavam esta para a próxima festa que marcassem, o que em nada diminuía o afecto da família pelo animal. Ou, se não era afecto o sentimento revelado, seria o de pena por antes deles se ter nela banqueteado o maldito lobo.

O que é certo é que, perante a cordeira morta e destroçada na lameira da sua casa, o senhor António não parava de praguejar contra os lobos e "esses de agora" que os protegem e até os soltam por esses montes, "para andarem por aí nestes trabalhos". "Dizem que é proibido matá-los? Pois se o apanhasse arreava-lhe uma sacholada que o matava na hora. E fosse à frente de quem fosse..."

O senhor António não sabia que, a comprovar-se que a sua cordeira tinha mesmo sido atacada por um lobo, há serviços estatais que o indemnizam por todos prejuízos sofridos.

http://www.diariodetrasosmontes.com/content/lobo-mata-ovelha-e-ataca-mulher

"fera", "maldito lobo", "soltam por esses montes"... Quanta ignorância, texto ridículo, a maldita "estória" do lobo mau ainda grassa por aí... :facepalm: Há conta disso uma espécie fantástica esteve e ainda está à beira da extinção.

Para que conste, nunca foram introduzidos lobos em Portugal!!! É um mito que existe em todas as "terras lobeiras" do País, mas que é isso mesmo um mito!

A maioria são mesmo "estórias".. Como os "lobos nigerianos" que um senhor me garantiu terem largado em Montesinho...:wacko:

É preciso fomentar a educação ambiental destas gentes, e como é óbvio as pessoas têm que ser indemnizadas das suas perdas com rapidez.
Mas atenção, andam aí muitos cães assilvestrados a fazerem-se passar por lobos...
 
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6 Mai 2017
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Portugal
Há muitos anos que não se ouvia falar de lobos, em tempos que já lá vão há "estórias" arrepiantes que ainda hoje os mais antigos contam lá na minha aldeia, conta-se de um homem da aldeia salvo de uma alcateia de lobos no sitio de Rodas entre Dadim e Paradela de Monforte que ao se ver perseguido cantou alto com todas as forças para que na aldeia o ouvissem que estava a ser perseguidos por lobos, terá sido salvo.

Outras notícias há da presença deste predador:

Lobo mata ovelha e ataca mulher

Apesar de ainda ter os seus caminhos em terra batida, o bairro do Rajado é um bairro da cidade de Chaves. Mas a sua proximidade do centro urbano não impede que os lobos ali ataquem os animais. Ou mesmo as pessoas. Foi o que aconteceu no passado sábado.

O dia já clareava, embora ainda não fossem as seis. A família de António Rodrigues tinha madrugado e preparava-se para partir de fim de semana, rumo à aldeia. Subitamente, no quintal da casa, uma das suas filhas gritou: "Anda ali uma raposa!".

"Mas não era nada uma raposa", contou depois o senhor António, que, do cimo dos seus 74 anos, bem sabe distinguir o que é raposa e o que é lobo. "Era um lobo e já não era menor, pois tinha muita prática de vida", garante, ele que, no seu tempo, chegou a ver sete juntos, lá no termo, nas proximidades das leiras que tem em Paradela de Monforte.

Tinha a fera acabado com a vida de uma mansa cordeira que pernoitava fora, embora apenas protegida por uma cerca de arame, já que o cão da casa só se enfurece e ladra na presença de gatos. Às primeiras dentadas desmembrou o lobo logo uma das patas dianteiras da ovelha. E estava a comê-la quando foi interrompida pelo grito de alarme e susto da filha do senhor António.

Enquanto, resoluto, foi o da casa deitar mão a um sacho com que, de uma assentada, acabaria com o bicho intruso, a sua mulher, Lurinda da Encarnação, foi diante e abriu a cancela da cerca, que, fechada como estava, sempre atrapalharia a incursão rápida que o marido lhe anunciara.

Mas, antes mesmo de se sentir acossado pelo sacho que lhe viria destinado, avançou o lobo em direcção à cancela aberta. Apesar dos seus 72 anos já feitos, quis a dona Lurinda, com apenas o seu delgado e frágil corpo, impedir-lhe a fuga. Ou não fugiu ela a tempo de evitar a investida que viria a sofrer.

"Deu-lhe uma dentada assim na barriga, salvo seja, e fez-lhe dois golpes com os dentes. Valeu-lhe a grossura da roupa, senão era pior", relata o senhor António.

Mas a investida do lobo causou, também, danos colaterais, neste caso na mesma vítima. "Conforme se atirou a ela, meteu-lhe uma pata na parte, salvo seja, e fez-lhe uma grande pisadura. E, coitada, ao cair ainda fez um golpe no papo".

Já não foi necessária a sachola. O urgente, agora, era acudir à mulher. Até porque o lobo deu meia volta, pulou a cerca e desapareceu.

Recompostos todos – e depois de se certificarem que os ferimentos da dona Lurinda não eram muito graves – lembrou-se a família então de ir conferir os danos sofridos pela cordeira. Mas esta já jazia. A pata direita, desmembrada, estava a metro e meio de distância e boa parte do pescoço e do peito mais distantes ainda, já em provável processo de digestão. "Sangrou-a como a um cristão", descreve o senhor António, referindo-se, não sem pena e afecto, à sua cordeira, que, em termos meramente mercantis, avaliou em 13 contos.

A cordeira do senhor António era única da espécie lá em casa. Aliás, a última de quatro que ali chegaram a conviver. A primeira foi para a comunhão do neto. Com outras duas, à uma, festejaram António e Lurinda as suas Bodas de Ouro. Engordavam esta para a próxima festa que marcassem, o que em nada diminuía o afecto da família pelo animal. Ou, se não era afecto o sentimento revelado, seria o de pena por antes deles se ter nela banqueteado o maldito lobo.

O que é certo é que, perante a cordeira morta e destroçada na lameira da sua casa, o senhor António não parava de praguejar contra os lobos e "esses de agora" que os protegem e até os soltam por esses montes, "para andarem por aí nestes trabalhos". "Dizem que é proibido matá-los? Pois se o apanhasse arreava-lhe uma sacholada que o matava na hora. E fosse à frente de quem fosse..."

O senhor António não sabia que, a comprovar-se que a sua cordeira tinha mesmo sido atacada por um lobo, há serviços estatais que o indemnizam por todos prejuízos sofridos.

http://www.diariodetrasosmontes.com/content/lobo-mata-ovelha-e-ataca-mulher

A cordeira passou a noite na rua? É que só cheguei agora do trabalho, (aleluia) e o que fui fazer foi colocar os animais que os meus pais têm aqui no quintal todos para os currais. É a regra absoluta, antes de anoitecer animais de quinta são presos.
Por mim, assunto encerrado.
É uma pena o que aconteceu, mas se alguém deixasse um hambúrguer delicioso na mesa "esquecido" sabem o que acontece? pois XD
 
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Thomar

Cumulonimbus
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19 Dez 2007
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Cabanas - Palmela (75m)
Projeto para estudar e diminuir os prejuízos dos lobo-ibéricos em zonas rurais vai terminar

Projeto apoiou o uso de vedações elétricas e a utilização de cães de gado nos concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel, Almeida, Guarda e Sabugal que resultou na redução de animais atacados por lobos.

O projeto “Life Med-Wolf – Boas Práticas para a Conservação do Lobo em Regiões Mediterrânicas”, destinado a diminuir o conflito entre as atividades humanas e a presença do lobo em zonas rurais dos distritos da Guarda e Castelo Branco, está a chegar ao fim.

Iniciada em setembro de 2012, a iniciativa coordenada em Portugal pelo Grupo Lobo, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa – decorreu em simultâneo na província italiana de Grosseto – termina no final deste ano.

O objetivo das várias ações levadas a cabos nestes quatro anos e meio era minimizar os prejuízos das explorações pecuárias e sensibilizar criadores de gado, as populações e os mais jovens para a importância do lobo-ibérico, além de estudar o último dos grandes carnívoros de Portugal. Neste período foram realizados inquéritos ao público, produzidos conteúdos escolares e divulgada informação sobre este predador tão ameaçado e que é uma espécie protegida no nosso país. Contudo, o projeto atuou sobretudo na prevenção de prejuízos, apoiando o uso de vedações elétricas, a utilização de bons cães de proteção e um maneio correto do gado para reduzir o risco de ataques do lobo.

Os criadores de gado foram o público-alvo do projeto, tendo recebido 31 cães da Serra da Estrela, selecionados pelas suas aptidões para guardar o gado e apoiados pelo projeto, em termos veterinários e de alimentação, sem custos para as explorações pecuárias. Estes cães de gado entraram “ao serviço” em 16 explorações, maioritariamente de bovinos e ovinos, uma de caprinos e outra de burros, situadas nos concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel, Almeida, Guarda e Sabugal. Segundo informação do Grupo Lobo, esta medida resultou na redução «de 60 por cento do número de animais afetados por ataques de lobos. São resultados ainda preliminares, pois muitos dos cães ainda não atingiram a maturidade», refere a associação.

Dezanove criadores receberam, também graciosamente, material para a construção de vedações à prova de lobo, tendo sido instaladas 34 vedações (27 em Almeida, 4 em Pinhel, 2 na Guarda e 1 no Sabugal), que protegeram perto de 3.000 animais (2.000 bovinos, 880 ovelhas e 26 avestruzes). «De 0,24 ataques por mês que cada uma destas explorações sofria, em média, passou-se para 0,04 – uma redução de 83,3 por cento. O número de cabeças de gado afetadas foi reduzido em 88,1por cento», adianta o Grupo Lobo.

A vertente científica foi outro dos pilares deste projeto, tendo sido implementado um programa de monitorização das populações lupinas na área de intervenção e realizadas várias reuniões técnicas de intercâmbio transnacional, bem como o IV Congresso Ibérico do Lobo, realizado em Castelo Branco. Também o contacto com os jovens mereceu destaque através de inúmeras atividades, enquanto a população da área do projeto foi alvo de duas sondagens, em 2013 e 2017. «Constatou-se que, apesar da intensificação da presença do lobo, as atitudes face a este predador conseguiram sentir uma ligeira evolução positiva», acrescentam os responsáveis em comunicado. O Ecoturismo centrado na presença tutelar deste predador também esteve na origem de cinco passeios pedestres.

«A coexistência entre o Homem e o lobo na região raiana pode ser mais harmoniosa e proveitosa. Para isso, este projeto teve como missão principal apoiar os interessados locais na resolução dos conflitos com um predador que tem um importante lugar na nossa História, na nossa Cultura e também na preservação de um equilíbrio ecológico fundamental para muitas atividades económicas», conclui o Grupo Lobo, que apresentou na semana passada um balanço do seu trabalho.

População de lobos estável em Portugal

Em novembro de 2016, o projeto “Life Med-Wolf” divulgou os primeiros dados sobre a população de lobos ibéricos em Portugal que revelavam que a população se tem mantido estável nos últimos anos e está distribuída por zonas do Norte e Centro.

A espécie existe na área do Minho, Peneda/Gerês e norte do distrito de Bragança, «em que a população tem uma boa densidade e é estável». Há também lobos na Serra da Arada (Viseu) até à zona de Trancoso (Guarda), com uma população «de baixa densidade, mas estável», enquanto no distrito de Vila Real os animais têm diminuído ao longo da última década. Já na zona da raia, entre os rios Douro e Tejo, existe outra população identificada que é «muito flutuante e dinâmica, sobretudo ao nível de novos indivíduos», adiantou na altura o presidente do Grupo Lobo, Francisco Fonseca.

A associação tem um centro de recuperação do lobo ibérico, perto de Mafra, onde os animais são tratados para serem devolvidos à natureza.

Por: Luis Martins