David sf
Moderação
Se assim fosse David sf, ainda seria mais difícil a ocorrência de ondas de frio.
Ora conta lá as situações em que cenários como aquele que tu descreveste acontece.
Normalmente uma onda de frio acontece em dias anticiclónicos que permitem que a temperatura mínima baixe muito. No entanto, as máximas acabam até por não ser tão baixas quanto isso.
Já quando neva, as máximas são muito baixas mas as mínimas nem por isso.
Agora se pensares bem, verás qual o fenómeno mais comum.
Mas para teres ideia melhor, pegando nesse período de Janeiro, e imaginando que a definição de onda de frio poderia ser aplicado para as temperaturas máximas. Sabendo que a Tmáx média em Janeiro para Beja é 13,9ºC, então apenas para máximas <8,9ºC é que teríamos uma onda de frio, certo?
Para o período de 6 a 13 de Janeiro de 2009 temos:
Beja com 4 dias em que Tmáx < 8,9ºC (normal 13,9ºC)
Lisboa, 4 dias em que Tmáx < 9,5ºC (normal 14,5ºC)
Porto, 2 dias em que Tmáx < 8,5ºC (normal 13,5ºC)
Faro, em Janeiro a Tmáx foi sempre superior a 10ºC.
A situação que eu referi nunca deve ter acontecido e provavelmente nunca acontecerá, a não ser nalguma idade do gelo, mas serve para demonstrar que a aplicação cega de critérios estabelecidos pode tornar-se ridícula. Quando eu falei das máximas e das médias, queria dizer que se poderiam juntar aos critérios, na forma de reunião (ou mínima ou média ou máxima) e não de intersecção (e mínima e máxima e média). Outro exemplo, não seria mais merecedor da definição de onda de frio quatro dias com mínimas de 10 negativos do que seis dias com mínimas de zero? O que eu crítico é a forma acrítica como se aplicam os regulamentos, se se prevêem 38 graus não se diz nada, se forem 39 acciona-se o alerta, se estiver 2 graus não é onda de frio, caso esteja 0,3 já o é. Mas alguém sente a diferença?