Peneda-Gerês quer ser um grande parque eólico

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6 Set 2005
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Peneda-Gerês quer ser um grande parque eólico

António Afonso, presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, já reuniu com o novo director do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) e garantiu que aquele responsável considera a questão da proibição do uso de casas de montanha como “uma falsa questão”.
O edil terrabourense referiu que o novo director pretende tomar diligências junto da federação da rede europeia PAN Parks para tentar compatibilizar a gestão do PNPG com a população e entidades locais.
“Até porque com esta crise,já se nota um regresso à agro pecuária”.

Recorde-se que este último episódio - do impedimento de uso das casas de montanha - foi a ‘gota de água’, para uma ruptura completa com o ex-director do parque nacional e que catapultou para vários movimentos de pastores que se insurgiram contra a política que estava a ser seguida.
Das palavras que António Afonso depreendeu do novo director do PNPG, à partida o pastoreio manter-se-á nos moldes que sempre teve em territórios de montanha.

Seja como for, o presidente da autarquia de Terras de Bouro continua a defender a possibilidade de serem instalados parques eólicos no PNPG.
O responsável considera, desta forma, que não “há qualquer justificação para que o Parque Nacional não seja fonte de energia eólica”.


Mais. António Afonso adianta mesmo que devem ser instalados estes parques, sobretudo nos concelhos de Terras de Bouro e Ponte da Barca - áreas geográficas onde entende que há melhores condições.
O objectivo é tornar o PNPG a “princesa” da energia eólica do país.
Fonte: Correio do Minho


Instalar parques eólicos no PNPG... :disgust:

Qual fauna e flora tantos anos apregoadas, defendidas e imagem de marca da região. Quando as rendas de aluguer dos terrenos e a posse de acções nas empresas eólicas falam mais alto, mete-se tudo na gaveta, onde é que eu já vi isto? :unsure:
 
Parques eólicos num Parque Nacional :disgust: Mais vale dizer que querem acabar com o parque.

E quando acabarem os subsídios à energia eólica, as torres eólicas ficam nas serras a apodrecer? Quem vai querer gastar dinheiro, que não será pouco, para tirar aquilo de lá?
 
Não dá para acreditar que possam fazer uma coisa destas:disgust:

Eu não acredito mesmo nisso...não em pleno século XXI, há muita gente e
muitas associações que ao longos dos últimos anos têm lutado em prol do PNPG
...e não é agora um presidente de Câmara que vai deitar tudo a perder...

Completamente ridículo..... :confused:
 
Eu acredito perfeitamente em tal projecto, mas daqui a que se execute ainda o gelo rebenta com isto tudo primeiro :lmao::lmao:

Não se esqueçam de uma coisa, hoje em dia ninguém demove seja quem for, pelo motivo que for, visto que ninguém manda em ninguém.
 
Há muitos anos que o fantasma das eólicas paira sobre a Peneda-Gerês. As investidas têm sido muitas mas nenhum parque eólico, por motivos ambientais, foi aprovado até ao momento. A opinião de António Afonso, que espelha a saloiice da maioria dos autarcas e dos governantes do País, não é nova, mas é perigosa. Perigosa porque os grupos de pressão favoráveis às eólicas nas áreas protegidas são cada vez mais poderosos e os movimentos contra cada vez mais fracos. Veja-se por exemplo a opinião favorável da Quercus (publicamente divulgada) relativamente à instalação de parques em Montesinho; um precedente muito perigoso que só dá força aos grupos de pressão.
A instalação de parques eólicos na Peneda-Gerês seria uma machadada imperdoável que conduziria fatalmente à sua desclassificação.
 
Boas notícias....


O Plano de Ordenamento do Parque Nacional da Peneda-Gerês, que entra hoje em discussão pública, interdita os investimentos no seu território em parques de energia eólica e em mini-hídricas.

Lagido Domingos, que preside à gestão das reservas naturais do Norte, argumenta que "os estudos dizem que esses investimentos põem em causa valores naturais relevantes", sustentando que, por isso, "será mais adequado e transparente" interditá-los.

O responsável lembrou que a manutenção de parques eólicos implica a construção de acessos, dada a necessidade frequente de manutenção. "Os caminhos levam a pressão sobre a natureza, a desportos motorizados e a barulhos", frisou, acentuando que há já experiências negativas com parques eólicos em zonas de rede Natura.

Sobre o teor do Plano de Ordenamento - que já não é revisto desde 1995 - disse que o anterior estava muito virado para o uso do território, enquanto que o novo "está voltado para os valores da conservação da natureza", tendo em conta os interesses das populações. Adiantou ainda que, para simplificar a vida dos residentes no Parque, a remodelação ou construção de habitações deixa, agora, de exigir um parecer do Parque, já que a gestão de núcleos urbanos compete às autarquias.

O Parque Nacional, o único em Portugal, engloba territórios dos Municípios de Terras de Bouro, Montalegre, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez e Melgaço.

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1396654&seccao=Norte
 
Acho uma palhaçada autentica.

Para além disso não precisam de ter pressa porque as "ventoinhas" que temos neste momento estão a tornar-se obsoletas. Já estão em estudo umas turbinas MagLev muito mais eficientes do que as de agora.

Resumindo e concluido, não estraguem a Peneda-Gerês e no caso de quererem estragar ao menos esperem um bocadinho para por lá uma coisa mais eficiente.