Penso que não será de descartar a possibilidade da primatóloga ter contaminado as amostras provenientes de Kentucky, daí o aparecimento de afinidades com o género Pan (isto é dos chimpanzés).
Isto porque como não foram desenvolvidos muitos detalhes sobre a descoberta, é normal especular.
Eventualmente, alguns resíduos orgânicos, poderiam ter ficado retidos na roupa, por exemplo, e depois ter caído nas amostras, após a investigadora, ter tido contato com chimpanzés.
Tendo em conta o local do achado, creio que disseram que não se enquadra nas zonas conhecidas de libertação de animais exóticos.
Mas também não sei qual o estado do DNA analisado e que tipo de estrutura continha o DNA. Tal seria importante para ajudar a descartar a hipótese de contaminação.
Se obtiveram DNA nuclear, em princípio teria que haver um bom grau de preservação e deveria mais provavelmente ter origem recente.
Se conseguiram apenas mtDNA ou outras leituras incompletas, poderia ser contaminação.
Mas tanto fica por dizer... Certos ossos, por exemplo, devido à sua densidade, preservam melhor DNA, que outros.
É realmente pena não aprofundar este tema.
Também poderá haver a hipótese de haver alguma semelhança genética com o género Pan, sem ser necessariamente o mesmo.
Agora pelas comunicações não se percebe bem se foi só isso que encontraram de interessante a nível genético.
Miroslava Ramos (UCLA) mencionou isto:
«But what I found very interesting was that, yes, we have detected human DNA in these areas, but we’re still seeing different primate DNA. There wasn’t just one human primate, there are several different primates, some sort of primate relative that exists in the data.”
Vários primatas diferentes além do ser humano, leva a pensar que não foi só DNA de um primata distinto (neste caso o chimpanzé) que encontraram, por isso acho que este tema merece um melhor esclarecimento.