LUANDA: Chuva torrencial causa vítimas
A cidade de Luanda não resistiu, uma vez mais, às chuvas que se abateram intensamente durante toda a madrugada de ontem, deixando um saldo de quatro pessoas mortas, residências desabadas e ruas intransitáveis.
A chuva, que começou a cair por volta das 19h00 de segunda-feira, causou a morte de pelo menos quatro pessoas no município do Cazenga, de acordo com dados do Corpo Nacional de Bombeiros. As vítimas são duas crianças de quatro e dez anos que perderam a vida quando a parede da residência onde viviam com os pais, no bairro da Terra Vermelha, nos Munlevos, desabou sobre eles. No bairro Caluenda, a vítima foi uma senhora de 25 anos, que morreu electrocutada em consequências das chuvas. A quarta vítima foi registada no Tunga Ngó.
A reportagem do Jornal de Angola constatou o ambiente de tristeza e profunda aflição em que estavam mergulhadas as famílias que perderam os seus entes queridos. Ainda no Cazenga, as ruas do Funchal, da Borracheira, do Porto Santo, do Antigo Depósito de Medicamentos, os troços Embondeiro do Cazenga/Asa Branca/Congolonses e as ruas interior do bairro Hoji ya Henda, estavam ontem totalmente inundadas sem possibilidades de nelas se transitar.
No município mais populoso de Luanda as chuvas não pouparam algumas escolas, como a 7012, 7015, 7018, 7020 e a 7035, que viram as entradas e os pátios completamente inundados. A água, que invadiu várias residências e estabelecimentos comerciais, deixou igualmente intransitáveis as ruas e travessas do Hoji ya Henda, Cuca, Tunga Ngó e das comissões do Cazenga e do Rangel.
Lucrécia José, inconformada com a chuva, disse que não conseguiu dormir porque a sua casa ficou totalmente alagada. “As pessoas que têm as casas junto à estrada foram as que ficaram mais prejudicadas, porque as residências impedem o escoamento das águas e, como consequência, ficam todas inundadas”, explicou. Paula Francisco, também moradora naquele bairro da Mabor, disse que este só fica inundado por falta de saneamento básico e por culpa da empresa que está construir a estrada da sétima Avenida.
No Cantinton, muitas residências desabaram e ficaram inundadas devido à grande corrente de água que transbordou da vala e muitas famílias que viram as suas casas inundadas foram alojadas em casas de familiares e vizinhos.
No município do Kilamba Kiaxi, especificamente no bairro do Palanca, a situação era preocupante. As casas estavam totalmente inundadas e as principais vias de acesso ao bairro também se encontravam intransitáveis. Ainda no Palanca, era notório o desespero das pessoas que retiravam as águas das suas residências.
Na paragem da Avó Kumbi, grandes quantidades de lixo foram arrastadas até àquele local. Cenário idêntico aconteceu no mercado do Golfe, onde o lixo e a água tomaram conta do mercado fazendo com que os vendedores não pudessem comercializar os seus produtos. No Neves Bendinha, as chuvas provocaram estragos nos haveres de moradores que acabaram por ter uma noite de vigília, devido às enxurradas que não paravam de enviar água para as suas residências.
No município do Cacuaco, no bairro do Kikolo, a rua Ngola Kiluanje desde a rotunda da Cuca, passando pelo Embondeiro da Mabor e até ao entroncamento da Cimangola, a circulação era difícil devido ao péssimo estado da estrada. Água, buracos, lixo e engarrafamento era o cenário que ontem se vivia naquela via. Ainda no Kikolo, mais concretamente no bairro Paraíso, existe uma vala que separa os dois bairros e onde a administração comunal colocou no local uma passagem hidráulica que não está a suportar o volume da água, deixando os moradores preocupados. Em Viana, algumas ruas ficaram inundadas, principalmente a 11 de Novembro, no bairro do Seis, várias residências e ruas também ficaram inundadas em consequência das chuvas.
Instituições submersas - Os Centros de Saúde do Hoji ya Henda e do Asa Branca, a Conservatória do Registo Civil, o Mercado do Asa Branca e várias instituições de ensino, no Cazenga, estavam ontem totalmente submersos. No Centro de Saúde do Hoji ya Henda estavam três camiões da empresa CIMEL a fazer a sucção da água. No local, não se notava a presença dos funcionários ligados à saúde. No centro de saúde do Asa Branca a situação era mais caótica e nem a água era sugada, obrigando os pacientes a fazerem travessias para serem atendidos. Idêntico cenário era visível na Conservatória e no mercado do Asa Branca.
Recolha de lixo - Na área do São Paulo, mesmo com a chuva que caía, os trabalhadores da operadora de limpeza Rangol apareceram às primeiras horas para recolher o lixo ao longo das avenidas Ngola Kiluanje e Cónego Manuel das Neves e do interior do município do Sambizanga.
O cenário era o mesmo na 5ª Avenida e na Rua do Comércio, município do Cazenga, onde também se viam os trabalhadores da operadora Solisac a recolher os resíduos sólidos. Durante a nossa reportagem, notámos, em algumas áreas do Cazenga e Kilamba Kiaxi, a existência de grandes quantidade de lixo ao longo das principais ruas.
Jornal de Angola
Chuvas fazem 11 mortos em Luanda
A chuva que caiu em Luanda de segunda para terça-feira provocou 11 mortos, cinco por electrocussão e seis por desabamentos, informou hoje, quarta-feira, o Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros angolano. O porta-voz do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros (SNPCB), Faustino Sebastião, explicou, no momento em que fazia o balanço da noite de chuva, que as mortes por electrocussão aconteceram nos municípios do Cazenga, Viana e Samba.
Os desabamentos que tiraram a vida a seis pessoas, entres estas estão duas crianças, tiveram lugar nos bairros do Sambizanga e Cacuaco. A Av. Kimakienda, no município das Ingombotas, esteve interdita por desabamento de terras, durante cinco horas, e dezenas de casas, nos bairros periféricos, sofreram inundações.
Os balanços trágicos de chuvas na cidade de Luanda repetem-se devido à precariedade das habitações dos bairros periféricos (musseques), com construções de casas de adobe ou chapas de zinco em encostas. As electrocussões são igualmente comuns devido às ligações e puxadas ilegais feitas pelos moradores destes bairros onde as casas são habitualmente feitas de chapas metálicas.
Jornal de Notícias
A cidade de Luanda não resistiu, uma vez mais, às chuvas que se abateram intensamente durante toda a madrugada de ontem, deixando um saldo de quatro pessoas mortas, residências desabadas e ruas intransitáveis.
A chuva, que começou a cair por volta das 19h00 de segunda-feira, causou a morte de pelo menos quatro pessoas no município do Cazenga, de acordo com dados do Corpo Nacional de Bombeiros. As vítimas são duas crianças de quatro e dez anos que perderam a vida quando a parede da residência onde viviam com os pais, no bairro da Terra Vermelha, nos Munlevos, desabou sobre eles. No bairro Caluenda, a vítima foi uma senhora de 25 anos, que morreu electrocutada em consequências das chuvas. A quarta vítima foi registada no Tunga Ngó.
A reportagem do Jornal de Angola constatou o ambiente de tristeza e profunda aflição em que estavam mergulhadas as famílias que perderam os seus entes queridos. Ainda no Cazenga, as ruas do Funchal, da Borracheira, do Porto Santo, do Antigo Depósito de Medicamentos, os troços Embondeiro do Cazenga/Asa Branca/Congolonses e as ruas interior do bairro Hoji ya Henda, estavam ontem totalmente inundadas sem possibilidades de nelas se transitar.
No município mais populoso de Luanda as chuvas não pouparam algumas escolas, como a 7012, 7015, 7018, 7020 e a 7035, que viram as entradas e os pátios completamente inundados. A água, que invadiu várias residências e estabelecimentos comerciais, deixou igualmente intransitáveis as ruas e travessas do Hoji ya Henda, Cuca, Tunga Ngó e das comissões do Cazenga e do Rangel.
Lucrécia José, inconformada com a chuva, disse que não conseguiu dormir porque a sua casa ficou totalmente alagada. “As pessoas que têm as casas junto à estrada foram as que ficaram mais prejudicadas, porque as residências impedem o escoamento das águas e, como consequência, ficam todas inundadas”, explicou. Paula Francisco, também moradora naquele bairro da Mabor, disse que este só fica inundado por falta de saneamento básico e por culpa da empresa que está construir a estrada da sétima Avenida.
No Cantinton, muitas residências desabaram e ficaram inundadas devido à grande corrente de água que transbordou da vala e muitas famílias que viram as suas casas inundadas foram alojadas em casas de familiares e vizinhos.
No município do Kilamba Kiaxi, especificamente no bairro do Palanca, a situação era preocupante. As casas estavam totalmente inundadas e as principais vias de acesso ao bairro também se encontravam intransitáveis. Ainda no Palanca, era notório o desespero das pessoas que retiravam as águas das suas residências.
Na paragem da Avó Kumbi, grandes quantidades de lixo foram arrastadas até àquele local. Cenário idêntico aconteceu no mercado do Golfe, onde o lixo e a água tomaram conta do mercado fazendo com que os vendedores não pudessem comercializar os seus produtos. No Neves Bendinha, as chuvas provocaram estragos nos haveres de moradores que acabaram por ter uma noite de vigília, devido às enxurradas que não paravam de enviar água para as suas residências.
No município do Cacuaco, no bairro do Kikolo, a rua Ngola Kiluanje desde a rotunda da Cuca, passando pelo Embondeiro da Mabor e até ao entroncamento da Cimangola, a circulação era difícil devido ao péssimo estado da estrada. Água, buracos, lixo e engarrafamento era o cenário que ontem se vivia naquela via. Ainda no Kikolo, mais concretamente no bairro Paraíso, existe uma vala que separa os dois bairros e onde a administração comunal colocou no local uma passagem hidráulica que não está a suportar o volume da água, deixando os moradores preocupados. Em Viana, algumas ruas ficaram inundadas, principalmente a 11 de Novembro, no bairro do Seis, várias residências e ruas também ficaram inundadas em consequência das chuvas.
Instituições submersas - Os Centros de Saúde do Hoji ya Henda e do Asa Branca, a Conservatória do Registo Civil, o Mercado do Asa Branca e várias instituições de ensino, no Cazenga, estavam ontem totalmente submersos. No Centro de Saúde do Hoji ya Henda estavam três camiões da empresa CIMEL a fazer a sucção da água. No local, não se notava a presença dos funcionários ligados à saúde. No centro de saúde do Asa Branca a situação era mais caótica e nem a água era sugada, obrigando os pacientes a fazerem travessias para serem atendidos. Idêntico cenário era visível na Conservatória e no mercado do Asa Branca.
Recolha de lixo - Na área do São Paulo, mesmo com a chuva que caía, os trabalhadores da operadora de limpeza Rangol apareceram às primeiras horas para recolher o lixo ao longo das avenidas Ngola Kiluanje e Cónego Manuel das Neves e do interior do município do Sambizanga.
O cenário era o mesmo na 5ª Avenida e na Rua do Comércio, município do Cazenga, onde também se viam os trabalhadores da operadora Solisac a recolher os resíduos sólidos. Durante a nossa reportagem, notámos, em algumas áreas do Cazenga e Kilamba Kiaxi, a existência de grandes quantidade de lixo ao longo das principais ruas.
Jornal de Angola
Chuvas fazem 11 mortos em Luanda
A chuva que caiu em Luanda de segunda para terça-feira provocou 11 mortos, cinco por electrocussão e seis por desabamentos, informou hoje, quarta-feira, o Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros angolano. O porta-voz do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros (SNPCB), Faustino Sebastião, explicou, no momento em que fazia o balanço da noite de chuva, que as mortes por electrocussão aconteceram nos municípios do Cazenga, Viana e Samba.
Os desabamentos que tiraram a vida a seis pessoas, entres estas estão duas crianças, tiveram lugar nos bairros do Sambizanga e Cacuaco. A Av. Kimakienda, no município das Ingombotas, esteve interdita por desabamento de terras, durante cinco horas, e dezenas de casas, nos bairros periféricos, sofreram inundações.
Os balanços trágicos de chuvas na cidade de Luanda repetem-se devido à precariedade das habitações dos bairros periféricos (musseques), com construções de casas de adobe ou chapas de zinco em encostas. As electrocussões são igualmente comuns devido às ligações e puxadas ilegais feitas pelos moradores destes bairros onde as casas são habitualmente feitas de chapas metálicas.
Jornal de Notícias