Seguimento - Incêndios 2017

AndréGM22

Cumulus
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6 Set 2014
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Alhandra
@Toby
Sobre o fogo de supressão?
E mesmo assim.
Eu se quiser fazer tenho pedir ao Cdos que por sua vez pede a anpc em Carnaxide.
Enquanto isso perde se o tempo ideal para a manobra.

Também, mas referia-me sobretudo ao contrato do SIRESP e aos termos segundo os quais o mesmo pode falhar, tendo em conta que este tem como função servir de rede de comunicações em caso de emergência, assumir contratualmente que este poderá falhar nesta situações é só ridículo.
 


Davidmpb

Super Célula
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7 Jul 2014
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Portalegre( 600m)/ Fundão
Incrível, pessoas que perderam uma vida de trabalho outras tantas que não se conseguiram salvar e ainda existe quem faça isto.

O ser humano não tem limites na crueldade de facto..
Ainda ontem vi na TVI, um relato de um senhor que era proprietário de uma fábrica de serralharia que ficou totalmente destruída pelo fogo, o senhor desde os 7 anos que trabalhava, e diz que nunca tirou um dia de férias na vida, ficou quase sem nada, a fábrica empregava cerca de 50 pessoas, estas e outras histórias que nos fazem pensar...
 

Orion

Furacão
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5 Jul 2011
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A notícia aparece na 1ª página e os esclarecimentos no meio do jornal (num cantinho bem pequenino). Continua-se na mesma:



A PJ desde o fim de semana defende a origem do incêndio como natural. Se a PJ mudar isso a culpa vai ser da imprensa.

O embuste não vai consistir na cobertura das alegações absurdas de um indivíduo que falou certamente com base em conjeturas que fez das notícias que leu (o Marta Soares há muito que devia ter esclarecido a situação mas por razões óbvias duvido que o vá). É o encobrimento dos problemas crónicos usando a excecionalidade do evento:

Pedrógão Grande. SIRESP não funcionou durante mais de 14 horas

De que forma é que as falhas (já conhecidas e não resolvidas) afetaram a operacionalidade do aparato de segurança? Durante o tempo em que os operacionais estiveram a falar para o boneco nos rádios o que é que não foi feito? Quantas mortes ou danos podem ser ligados às falhas do sistema principal (enquanto os operacionais usavam os meios alternativos)?

Infelizmente não guardei a reportagem mas há um vídeo (na RTP se não me engano) por aí em que o Secretário de Estado diz que ninguém sabia o que passava no Sábado (estava tudo à nora). Isso não é propriamente novidade mas quais foram as falhas?

De facto a imprensa serve mal o público mas não é pelos motivos que estão a dizer. Em qualquer país do mundo a imprensa cobre exaustivamente os desastres. No 11 de Setembro até se viu a malta a cair de cabeça para o chão e no incêndio de Londres teria acontecido o mesmo. Para os ingénuos, acrescento que hoje em dia há de tudo na 'net. Está tudo a reagir com base na emocionalidade desmesurada mas há que ser um pouco mais racional.

Novamente, e as 2 horas que a Proteção Civil demorou a confirmar que não tinha caído um avião? Na altura até se desculpa já que pode estar tudo assustado. Mas já passaram dias e os comentadores indígenas de má qualidade ainda não se lembraram disso. Continuam-se a entreter com a informação trivial e a substância passa ao lado. É o que há.
 
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Orion

Furacão
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5 Jul 2011
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De que forma é que as falhas (já conhecidas e não resolvidas) afetaram a operacionalidade do aparato de segurança? Durante o tempo em que os operacionais estiveram a falar para o boneco nos rádios o que é que não foi feito? Quantas mortes ou danos podem ser ligados às falhas do sistema principal (enquanto os operacionais usavam os meios alternativos)?

Para a malta que pode não saber, os 'meios alternativos' por vezes consistem nos telemóveis pessoais. Basta um operacional não ter cheta no télélé para informações potencialmente cruciais não serem transmitidas. O bombeiro voluntário não tem a culpa do SIRESP não funcionar. Mas quem no terreno faz a bronca é ele e a coragem dificilmente substitui a competência operacional.
 

Orion

Furacão
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5 Jul 2011
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A culpa é da imprensa:


Quais são os crimes capitais? Dizerem que o poder político tem responsabilidades.

Tendo em conta a polémica aberta com este caso, que surgiu após os textos assinados por "Sebastião Pereira" denotarem um pendor político contra o Governo português e alguns erros factuais - ao apontar por exemplo umas eleições legislativas em outubro que não ocorrerão -, Silvia Roman revela que tem sido contactada por diversos órgãos de comunicação de Portugal, tentando perceber quem é "Sebastião Pereira".
 
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Orion

Furacão
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5 Jul 2011
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O embuste não vai consistir na cobertura das alegações absurdas de um indivíduo que falou certamente com base em conjeturas que fez das notícias que leu (o Marta Soares há muito que devia ter esclarecido a situação mas por razões óbvias duvido que o vá).

Para ser justo para com a personagem:

Jaime Marta Soares já foi ouvido pela PJ

O presidente da Liga de Bombeiros, Jaime Marta Soares, já foi ouvido pela Polícia Judiciária.

A informação foi confirmada pelo próprio ao Observador.

Marta Soares afirmou que conversou com a PJ ao final da tarde de quinta-feira, “perto da área onde decorreu o incêndio”.

O ex-bombeiro não quis adiantar o conteúdo da conversa, mas diz que mantém a sua suspeita de que houve mão criminosa no incêndio de Pedrógão Grande.

Não sou homem de duas caras“, afirmou Marta Soares, acrescentando que o site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) referia que não tinha havido trovoada naquela zona, no sábado entre as 13h e as 16h — informação entretanto retirada do site, disse Marta Soares.
 
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dahon

Nimbostratus
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1 Mar 2009
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Viseu(530m)
Para a malta que pode não saber, os 'meios alternativos' por vezes consistem nos telemóveis pessoais. Basta um operacional não ter cheta no télélé para informações potencialmente cruciais não serem transmitidas. O bombeiro voluntário não tem a culpa do SIRESP não funcionar. Mas quem no terreno faz a bronca é ele e a coragem dificilmente substitui a competência operacional.

Há zonas do pais em que o SIRESP usa os repetidores da rede móvel. Como sabemos houve uma falha total das comunicações na zona devido à destruição da rede eléctrica.
E é por isso que existem estes repetidores movéis da rede SIRESP.
ZrIB4uK.jpg

Seja para falhas ou para reforço da rede no local.
Agora o porquê de ter falhado durante tanto tempo. Não faço ideia.
 
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algarvio1980

Furacão
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21 Mai 2007
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Olhão (24 m)
Grande coluna de fumo, em princípio, será no pinhal ao pé do Pavilhão Municipal. Já se ouviu os bombeiros.

O forte calor, que faz sentir e o vento forte a fazer das suas.

O helicóptero, passou mesmo aqui, por cima, em direcção à Ria Formosa. :wacko:

Neste momento, estão já, com 20 bombeiros, 5 veículos e 1 helicóptero.

A zona, tem casas de habitação, agora se existe perigo ou não sei.

Só se ouve sirenes dos bombeiros...
 

huguh

Cumulonimbus
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1 Out 2015
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Godim - Peso da Régua (93m)
Daniel viu o fogo começar. Ligou para o 112 às 14h38. Tirou-lhe a primeira fotografia. “E não havia trovoada no ar”

mw-860

Foto tirada às 15h17


Daniel foi ouvindo em silêncio, ao longo dos dias, as explicações para o incêndio que atingiu Pedrógão Grande. Logo no domingo, António Costa foi o primeiro a falar de trovoada seca, após duas horas de reunião no Comando Nacional de Operações de Socorro da Autoridade Nacional da Proteção Civil, mas afirmou que ainda era “prematuro tirar ilações”.

Depois surgiu a declaração do diretor nacional da Polícia Judiciária, perentória: “A PJ, em perfeita articulação com a GNR, conseguiu determinar a origem do incêndio e tudo aponta muito claramente para que sejam causas naturais. Inclusivamente encontrámos a árvore que foi atingida por um raio”, disse Almeida Rodrigues.

Seguiram-se dias de confirmações e desmentidos: os populares a dizer que não houve trovoada, os bombeiros a falar de mão criminosa, o Laboratório Científico da PJ a voltar ao terreno, o IPMA a confirmar os trovões, a recuar depois para ponderação, a afirmar outra vez que houve raios no céu, ali, em Escalos Fundeiros, aldeia de Pedrógão Grande com pouco mais de 40 habitantes, onde tudo começou.



http://expresso.sapo.pt/dossies/dia...imeira-fotografia.-E-nao-havia-trovoada-no-ar
 
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dahon

Nimbostratus
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1 Mar 2009
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Viseu(530m)
Como todos sabemos não é preciso a nuvem estar por cima, uma descarga positiva do topo da nuvem pode atingir a terra a vários kms de distância. Mas é estranho não ouvirem os trovões.:huh:
 

Orion

Furacão
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5 Jul 2011
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Daniel viu o fogo começar. Ligou para o 112 às 14h38. Tirou-lhe a primeira fotografia. “E não havia trovoada no ar”

mw-860

Foto tirada às 15h17


Daniel foi ouvindo em silêncio, ao longo dos dias, as explicações para o incêndio que atingiu Pedrógão Grande. Logo no domingo, António Costa foi o primeiro a falar de trovoada seca, após duas horas de reunião no Comando Nacional de Operações de Socorro da Autoridade Nacional da Proteção Civil, mas afirmou que ainda era “prematuro tirar ilações”.

Depois surgiu a declaração do diretor nacional da Polícia Judiciária, perentória: “A PJ, em perfeita articulação com a GNR, conseguiu determinar a origem do incêndio e tudo aponta muito claramente para que sejam causas naturais. Inclusivamente encontrámos a árvore que foi atingida por um raio”, disse Almeida Rodrigues.

Seguiram-se dias de confirmações e desmentidos: os populares a dizer que não houve trovoada, os bombeiros a falar de mão criminosa, o Laboratório Científico da PJ a voltar ao terreno, o IPMA a confirmar os trovões, a recuar depois para ponderação, a afirmar outra vez que houve raios no céu, ali, em Escalos Fundeiros, aldeia de Pedrógão Grande com pouco mais de 40 habitantes, onde tudo começou.



http://expresso.sapo.pt/dossies/dia...imeira-fotografia.-E-nao-havia-trovoada-no-ar

Pronto, finalmente 'provas' (mas é preciso mais contextualização). Aqui estão também expostas dúvidas:

Em conferência de imprensa, o presidente do IPMA, citado pelo “Público”, garantiu existirem registos na zona de Escalos Fundeiros, mas disse não poder explicar por que motivo não foram disponibilizados nos mapas tornados públicos. O IPMA adiantou também que há falhas frequentes nos mapas que são apresentados na internet, uma vez que o site não interpreta devidamente o algoritmo usado na monitorização de descargas elétricas, problema que se terá verificado no sábado.

A minha posição continua a ser menos ortodoxa. A origem (incendiário & meteorologia ou só meteorologia) é-me menos importante, servindo apenas para direcionar a fúria pública. Independentemente da origem os serviços têm que estar preparados. A preparação não significa que todos os problemas serão resolvidos rapidamente mas quando as falhas são crónicas e transversais a diversos governos algo tem que mudar.
 
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