A 9 de julho de 1998, pelas 5h 19m ocorreu um dos terramotos mais violentos sentidos nos Açores nos últimos 100 anos. Com magnitude 5.9ML e epicentro a apenas 15 km a nordeste da cidade da Horta, este sismo causou 8 mortos, 150 feridos e cerca de 1500 de desalojados, além de grandes prejuízos nas ilhas do Faial e do Pico. Este evento foi sentido em todo o Grupo Central, tendo sido atribuída a intensidade máxima de VIII na região da Ribeirinha, Epalhafatos e Salão.
Fonte: IPMA
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Na madrugada do dia 9 de Julho um novo capítulo foi adicionado à história trágica das catástrofes naturais nos Açores. Às 05:19h um violento sismo de magnitude 5,8 na escala de Richter, com epicentro localizado a cerca de 16 km a NNE da cidade da Horta, atingia as ilhas do Faial, Pico e S. Jorge, dando origem a uma vasta destruição, provocando 9 mortes, mais de uma centena de feridos e alguns milhares de desalojados. O cenário que surgia ao nascer do dia na ilha do Faial, a mais fortemente danificada, revelava cerca de 1500 casas parcial ou totalmente destruídas, significativos danos materiais ao nível de infra-estruturas básicas como a rede viária, o sistema de abastecimento de água, a rede de distribuição de energia e de comunicações e ainda importantes movimentos de vertente nas arribas litorais, nas escarpas e em zonas de declives mais pronunciados.
Desde as primeiras horas do dia 9 de Julho que o CVARG participou activamente nas acções de emergência, de reabilitação e reconstrução, não só no acompanhamento da actividade sísmica como na avaliação dos perigos geológicos associados, fornecendo as informações necessárias às acções do SRPCBA, dos municípios afectados e do Centro de Promoção de Reconstrução (CPR), e respondendo às mais diversas solicitações decorrentes da ansiedade das populações afectadas.
Ao longo do Séc. XX a ilha do Faial foi repetidamente atingida por sismos destruidores. Os sismos de 5 de Abril e de 26 de Agosto de 1926, a crise sísmica de 12 e 13 de Maio de 1958, o sismo de 23 de Novembro de 1973, e o de 9 de Julho de 1998, todos foram causadores de elevados danos materiais no património edificado, evidenciado a elevada vulnerabilidade sísmica da construção tradicional. Este aspecto, associado ao forte impacto que o terramoto teve na geomorfologia da ilha, levou a que as intervenções ao nível quer da reabilitação e recuperação das habitações danificadas, quer da reconstrução e da construção, tivessem em conta uma avaliação dos riscos geológicos. Assim foi possível introduzir, pela primeira vez, no âmbito do planeamento e do ordenamento do território outras medidas mitigadoras de risco para além das decorrentes da aplicação das normas de construção anti-sísmica.
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Fonte: CVARG
Foi o último sismo em Portugal a causar vítimas. Desde então acredito que novas normas de construção de edifícios venham a minimizar o impacto destes sismos que não são de grande magnitude, mas que devido à sua baixa profundidade e proximidade das ilhas tem sempre possibilidade de gerar grandes estragos.
O sismo principal Ml5.9 foi precedido por um sismo de menor magnitude Ml3.7 cerca de 20 minutos antes, o que provavelmente ajudou a não provocar mais vítimas, pois as pessoas que sentiram o primeiro sismo estariam despertas no momento do sismo principal.
O sismo principal ocorreu às 05:19 (fuso horário?).
1998-07-09 05:23 38,70 -28,53 - 4,1 NE Faial I Azor -
1998-07-09 05:19 38,63 -28,52 5 5,9 NE Faial VIII Ribeirinha -
1998-07-09 05:01 38,64 -28,55 12 3,7 NE Ribeirinha (Faial) II Horta -
