Terá Einstein errado?
Peter Hayes escrutina o legado de Nobel da Física
O grande acelerador de partículas LHC (Large Hadron Collider ou Grande Colisionador de Hadrões) é uma das experiências científicas mais avançadas, construído para “esmagar” protões a uma velocidade avassaladora e recriar momentos após o Big Bang, mas infelizmente não funciona e, segundo o 'paper' (trabalho realizado) por um académico de North East, existe a intrigante possibilidade de não ser por falha técnica, mas porque a teoria básica da física estar errada.
Peter Hayes diz que “físicos teóricos agarraram-se a um erro durante os últimos cem anos” – porque a teoria da relatividade de Albert Einstein é inconsistente. Este professor refere também que “muitas pessoas já tinham apontado falhas lógicas sobre a sua tese”.
"The Ideology of Relativity: The Case of the Clock Paradox," foi publicado em «'Social Epistemology», em Janeiro deste ano*. Nos anos 60, o professor Herbert Dingle avisou que experiências baseadas nesse princípio poderiam destruir o mundo. "Se calhar, o facto do LHC ter avariado foi uma sorte”, assinala.
O académico é orador sénior em Ciências Políticas, na Universidade de Sunderland e argumenta ainda que a teoria da relatividade de Einstein deveria ser vista como ideologia e não como uma ciência. Este defende que o impacto que teve na Cultura e na Ciência foi tão influenciado que como teoria científica não faz sentido.
“A teoria da relatividade aborda inconsistências elementares, mas quando em 1919 foi popularmente divulgada, o mundo passou por uma guerra terrível e uma gripe pandémica e as ideias de Einstein surgiram como o tónico que a sociedade precisava. Com a confusão estabelecida, as pessoas deixaram de questionar as falhas que transpareciam”.
Alguns dos críticos de Einstein apresentaram visões de extrema-direita e anti-semitas e isso fez com que as suas objecções técnicas sobre a relatividade fossem consideradas cientificamente artificiais. O trabalho de Hayes investiga uma possibilidade alternativa: “a crítica estava certa e o sucesso do físico alemão deveu-se mais à sua força ideológica do que à ciência”.
Paradoxo do relógio
A falha mais evidente da teoria einsteiniana é o «Paradoxo do relógio». Segundo esta tese, se um relógio viaja numa nave espacial, enquanto que outro fica em terra, quando o primeiro voltar mostrará que se eclipsou menos tempo do que no que ficou. Esta predição viola o ‘princípio da relatividade’, que refere que deveria ser o que fica que atrasa. Esta é uma crítica que a ciência nunca conseguiu resolver de forma satisfatória.
Hayes explica que “o «Paradoxo do relógio» ilustra de forma evidente as inconsistências da teoria que a tornam cientificamente problemática, mas ideologicamente poderosa” e, precisamente, por isso, é que "princípios contraditórios levaram à aparente habilidade de se explicar o universo”.
O docente diz que normalmente “muitas das crenças desvanecem ou cansam", mas o que é realmente impressionante é que a defesa de Einstein continua a interessar. Baseada em contradições, mostra que não existe certeza de nada e “é um pouco como dizer que 1+1 = 2, mas também que 1+1 = 3".
Para Hayes dizer que a teoria da relatividade é uma ideologia, é o mesmo que lhe tirar valor. “O Marxismo é uma ideologia, não uma ciência, mas Karl Marx dá significativas visões de como funciona o capitalismo”.
“O triunfo desta defesa representa uma sobreposição da ideologia não só para a profissão de físico, mas também na filosofia científica”, conclui.
*«The Ideology of Relativity: The Case of the Clock Paradox», publicado em Social Epistemology, January 2009.
Fonte: CiênciaHoje
Peter Hayes escrutina o legado de Nobel da Física
O grande acelerador de partículas LHC (Large Hadron Collider ou Grande Colisionador de Hadrões) é uma das experiências científicas mais avançadas, construído para “esmagar” protões a uma velocidade avassaladora e recriar momentos após o Big Bang, mas infelizmente não funciona e, segundo o 'paper' (trabalho realizado) por um académico de North East, existe a intrigante possibilidade de não ser por falha técnica, mas porque a teoria básica da física estar errada.
Peter Hayes diz que “físicos teóricos agarraram-se a um erro durante os últimos cem anos” – porque a teoria da relatividade de Albert Einstein é inconsistente. Este professor refere também que “muitas pessoas já tinham apontado falhas lógicas sobre a sua tese”.
"The Ideology of Relativity: The Case of the Clock Paradox," foi publicado em «'Social Epistemology», em Janeiro deste ano*. Nos anos 60, o professor Herbert Dingle avisou que experiências baseadas nesse princípio poderiam destruir o mundo. "Se calhar, o facto do LHC ter avariado foi uma sorte”, assinala.
O académico é orador sénior em Ciências Políticas, na Universidade de Sunderland e argumenta ainda que a teoria da relatividade de Einstein deveria ser vista como ideologia e não como uma ciência. Este defende que o impacto que teve na Cultura e na Ciência foi tão influenciado que como teoria científica não faz sentido.
“A teoria da relatividade aborda inconsistências elementares, mas quando em 1919 foi popularmente divulgada, o mundo passou por uma guerra terrível e uma gripe pandémica e as ideias de Einstein surgiram como o tónico que a sociedade precisava. Com a confusão estabelecida, as pessoas deixaram de questionar as falhas que transpareciam”.
Alguns dos críticos de Einstein apresentaram visões de extrema-direita e anti-semitas e isso fez com que as suas objecções técnicas sobre a relatividade fossem consideradas cientificamente artificiais. O trabalho de Hayes investiga uma possibilidade alternativa: “a crítica estava certa e o sucesso do físico alemão deveu-se mais à sua força ideológica do que à ciência”.
Paradoxo do relógio
A falha mais evidente da teoria einsteiniana é o «Paradoxo do relógio». Segundo esta tese, se um relógio viaja numa nave espacial, enquanto que outro fica em terra, quando o primeiro voltar mostrará que se eclipsou menos tempo do que no que ficou. Esta predição viola o ‘princípio da relatividade’, que refere que deveria ser o que fica que atrasa. Esta é uma crítica que a ciência nunca conseguiu resolver de forma satisfatória.
Hayes explica que “o «Paradoxo do relógio» ilustra de forma evidente as inconsistências da teoria que a tornam cientificamente problemática, mas ideologicamente poderosa” e, precisamente, por isso, é que "princípios contraditórios levaram à aparente habilidade de se explicar o universo”.
O docente diz que normalmente “muitas das crenças desvanecem ou cansam", mas o que é realmente impressionante é que a defesa de Einstein continua a interessar. Baseada em contradições, mostra que não existe certeza de nada e “é um pouco como dizer que 1+1 = 2, mas também que 1+1 = 3".
Para Hayes dizer que a teoria da relatividade é uma ideologia, é o mesmo que lhe tirar valor. “O Marxismo é uma ideologia, não uma ciência, mas Karl Marx dá significativas visões de como funciona o capitalismo”.
“O triunfo desta defesa representa uma sobreposição da ideologia não só para a profissão de físico, mas também na filosofia científica”, conclui.
*«The Ideology of Relativity: The Case of the Clock Paradox», publicado em Social Epistemology, January 2009.
Fonte: CiênciaHoje