Àquelas que são segredos, longe da maior parte dos olhares, escondidas dos caminhos ou ali mesmo à beira mas para as quais não se levantam os olhos ou se não sente as raízes. E às que que morrem na paz rodeadas das que fizeram nascer e a quem oferecem a matéria do seu corpo, na terna decomposição micro-orgânica. Às derrubadas pelas intempéries e que esventram o solo, ao qual vão retornar; e às que são trazidas e levadas pelas mãos humanas. São poucas as anciãs filhas das verdadeiras ancestrais, quem as reconhece? Que as estrangeiras desde há séculos plantadas foram tão profundamente enraizadas e acolhidas pelo Monte que não mais as distinguimos.
Vou aos poucos descobrindo, lugares ocultos, frágeis e que devem ser mantidos fora dos caminhos trilhados. Toda a visita pode ser uma inocente agressão e no pensamento devemos levar sempre esta ideia, os nossos pés se não forem colocados nos locais certos, esmagam, comprimem, asfixiam o solo e toda a vida construída em sistemas de uma complexidade inacreditavelmente maior que a das nossas cidades. É isso que temos debaixo dos nossos pés, um mundo imenso de organismos e conexões que depende das formidáveis fábricas de vida que são as árvores e os fungos, líquenes e musgos que com elas trabalham numa simbiose e parceria com a vida animal muito para além da nossa compreensão completa.
Não vou dar localizações exactas, basta saber que todas as imagens foram recolhidas na Serra de Sintra, o Monte da Lua.
Mas não serão todos os montes e serras e montanhas do mundo, também Montes da Lua?
Nos domínios do Vento, à beira de um conhecido trilho:
continua
Vou aos poucos descobrindo, lugares ocultos, frágeis e que devem ser mantidos fora dos caminhos trilhados. Toda a visita pode ser uma inocente agressão e no pensamento devemos levar sempre esta ideia, os nossos pés se não forem colocados nos locais certos, esmagam, comprimem, asfixiam o solo e toda a vida construída em sistemas de uma complexidade inacreditavelmente maior que a das nossas cidades. É isso que temos debaixo dos nossos pés, um mundo imenso de organismos e conexões que depende das formidáveis fábricas de vida que são as árvores e os fungos, líquenes e musgos que com elas trabalham numa simbiose e parceria com a vida animal muito para além da nossa compreensão completa.
Não vou dar localizações exactas, basta saber que todas as imagens foram recolhidas na Serra de Sintra, o Monte da Lua.
Mas não serão todos os montes e serras e montanhas do mundo, também Montes da Lua?
Nos domínios do Vento, à beira de um conhecido trilho:
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