Bioluminescência em Portugal

belem

Cumulonimbus
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Por esta altura, a fase dos adultos, começa a terminar (e em algumas partes do país até já terminou há algum tempo).
Grande parte da nova geração, já nasceu e protege-se agora dos rigores do estio.

E aqui fica um pequeno vídeo, sobre 2 jovens investigadores que estudam pirilampos no País de Gales:

 
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João Pedro

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Perto de Leiria (Junho, 2018):

5DM2-49604-20180616-1024.jpg



https://pirilampos-lightalive.blogspot.com/2018/07/perto-de-leiria.html

Esta zona está a ser estudada para a eventualidade de se tornar uma reserva natural...
Fenomenal! :w00t::palmas: Pagava de bom grado para ver um espectáculo destes :)
 
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João Pedro

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Por esta altura, a fase dos adultos, começa a terminar (e em algumas partes do país até já terminou há algum tempo).
Grande parte da nova geração, já nasceu e protege-se agora dos rigores do estio.

E aqui fica um pequeno vídeo, sobre 2 jovens investigadores que estudam pirilampos no País de Gales:


Two adorable little geeks... :D
Aprendi imenso, incluindo a resposta à minha pergunta :)
 
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Cumulonimbus
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Nos arredores do Porto, sei que existem.

Já fui a uma visita guiada ao Parque Biológico de Gaia (saída noturna para ver pirilampos) e por experiência própria, penso que tem as suas vantagens e desvantagens...

Paga-se bem (pelo menos quando lá fui) e é tudo sobretudo ao ritmo do grupo (pois as visitas são feitas em grupo, com um guia a liderar), há sempre gente que fala muito e alto, outros que apontam lanternas, mas acho que serve para quem preferir uma visita mais formal e não se importar de ver o fenómeno, se necessário, ao longe...
Este Parque, tem a vantagem de ter fáceis acessos, café/restaurante, estadia para quem quiser ficar (mas paga-se claro), de ser bom para quem leva crianças, e dispôe até de uma boa população de pirilampos para observação (pelo menos assim o era quando fiz investigações por lá (2006,2007 e 2008), mediante autorização junto da direção do Parque).
Uma das coisas que me pediram, foi para localizar as principais zonas de reprodução dos pirilampos...

Atualmente, não sei como funcionam as saídas do Parque Biológico de Gaia, apenas sei que ainda se realizam, mas espero que alguns aspetos tenham sido melhorados (ainda que certas situações sejam difíceis de contornar, como o mau comportamento de algumas pessoas), pois o Parque, tem um excelente potencial e até é bastante aprazível.

Mas para quem prescinde de alguns luxos e regalias, deseja mais sossego e usufruir do fenómeno ao seu ritmo, sempre pode ver pirilampos, fora do Parque e nos arredores do Porto/Gaia, existem até algumas boas populações.
 
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belem

Cumulonimbus
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Uma muito provável fêmea de Lampyris raymondi foi encontrada na Reserva Lightalive «Quintal da Tocha» (Cantanhede) em 2013:

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Uma caraterística interessante, que sobressae de imediato, é a presença de uns primitivos élitros vestigiais.
Num passado muito longínquo, as fêmeas deste género (Lampyris) poderão ter tido élitros bem desenvolvidos.

Este ano foram encontradas 2 fêmeas e 1 macho de Lampyris noctiluca, nesta reserva (durante 1 hora de investigação no local), elevando o número de espécies conhecidas no local para 2 (ainda que na região existam mais).

Os primeiros registos conhecidos de Lampyris raymondi, levam-nos até ao séc XIX (as informações então publicadas, parecem sólidas, assim como a distribuição dada para o sudoeste europeu (incluindo a P. Ibérica), dando até a ideia de alguma abundância), mas depois, há um grande vazio, e pelo meio, algumas classificações mal feitas.

Investigações recentes feitas em Portugal, mas sobretudo em Espanha, não têm corroborado os registos mais antigos, questionando mesmo a sua presença na P. Ibérica (ou em último caso, anunciando a sua extinção).

Já as últimas investigações, sugerem uma possível grande raridade para a Lampyris raymondi, na P. Ibérica.

Mas poderá haver alguma falta de informação e as pesquisas, poderão estar mais restritas em termos geográficos, por exemplo, do que parece.

Eu antecipo a teoria, de que existe uma grande possibilidade, de encontrarmos mais espécies muito raras ou desconhecidas de insetos luminosos, em Portugal (e Espanha).

PS: Em 2017, segundo os relatos que obtive, desde a reserva Lightalive Quintal da Tocha, era possível ver um fogo a dizimar um grande pinhal, a uns 500 metros de distância... Foi por pouco.
 
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Estou aqui na reserva de Óbidos e apesar da chuva fraca, estou a ver as luzes de várias larvas de pirilampo. Melhor foi antes de começar a chover (há umas duas horas atrás) mas não se pode ter tudo... Húmus e ramos luminosos também já encontrei, mas mais uns dias de chuva e a intensidade da luminescência assim como a área colonizada vão aumentar bastante!
 

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Cumulonimbus
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https://www.google.pt/amp/s/www.mnn.../stories/amp/foxfire-strange-glow-woods-night

Se alguém alguma vez já viu e quiser partilhar o achado já sabe::

https://pirilampos-lightalive.blogspot.com/2018/05/ja-viu-algum-ser-vivo-luminoso.html?m=1

Atė já vi em troncos de eucalipto, após o corte. Mas parece ser mais comum em carvalhos por exemplo.

Mais sobre um dos responsáveis por este fenómeno:

https://www.google.pt/amp/s/www.nytimes.com/2017/11/03//humongous-fungus-armillaria-genes.amp.html

Qual agente patogėnico, qual quê, agente
patogėnico é o ser humano que tem a mania de rotular de mau, o que seja que for que se opôe às suas extravagâncias... Trata-se de um agente fitossanitário, meus caros!
 
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https://pirilampos-lightalive.blogspot.com/2018/05/ja-viu-algum-ser-vivo-luminoso.html?m=1

Atė já vi em troncos de eucalipto, após o corte. Mas parece ser mais comum em carvalhos por exemplo.

Mais sobre um dos responsáveis por este fenómeno:

https://www.google.pt/amp/s/www.nytimes.com/2017/11/03//humongous-fungus-armillaria-genes.amp.html

Qual agente patogėnico, qual quê, agente
patogėnico é o ser humano que tem a mania de rotular de mau, o que seja que for que se opôe às suas extravagâncias... Trata-se de um agente fitossanitário, meus caros!
Nunca vi, mas adorava ver! Mas em Portugal, carvalhais com muita madeira morta não é fácil...
 
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Nunca vi, mas adorava ver! Mas em Portugal, carvalhais com muita madeira morta não é fácil...

Estou agora perto de uma floresta ripícola na reserva de Óbidos com uns pedaços de madeira luminosos à minha frente.
Existe igualmente aqui um cogumelo pequeno que tudo nele brilha, (até chapéu, pé , etc...) e ao início pensei que era uma larva de pirilampo, tal a intensidade... Também há espécies luminosas aqui a crescer na casca de árvores e nas folhas caídas no chão. Isto só consigo ver porque a zona está algo abrigada (devido ao tjpo de relevo, vegetação, etc...) de alguma reflexão luminíca artificial proveniente sobretudo de Óbidos e Caldas da Rainha. Noites de céu limpo, sem lua, são as melhores para procurar por este tipo de coisas.
A floresta onde estou é saudável, não se encontram sinais de doença nas árvores. A espécie que cresce na madeira podre produz a bioluminescência mais forte de todas que vi, com tendência para até causar reflexão à sua volta.
Penso que é uma espécie do mesmo género que encontrei aí no Norte (perto do Porto), já há uns anos, que fazia brilhar um enorme tronco apodrecido de carvalho alvarinho. A luz como tal era extraordinária! A ajudar na deteção de luzes, esteve a escuridão da floresta (com boas copas) e o relevo acidentado. Estas luzes tanto podem aparecer em força à superfície, e serem facilmente visíveis, como podem necessitar que as pessoas se dobrem para que se aprecie alguma coisa... Por vezes só damos conta que a madeira brilha, porque algo ou alguém a abriu ou cortou (não por falta de intensidade, mas porque só brilha por dentro).. Por isso é preciso paciência para encontrar estas coisas. Aconselho a ler bem o que está escrito nas referências em cima, para ajudar a encontrar estas espécies.
 
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