A média anual acumulada de precipitação na região do Algarve, dos últimos 27 anos, foi
de 578 litros/m2.
A média da precipitação ocorrida tem-se mantido constante ao longo dos anos
analisados (a soma dos 1ºs 14 anos é semelhante à soma dos últimos 13 anos).
Os níveis de precipitação não têm vindo a diminuir ao longo dos últimos anos, no entanto, e
analisando os dados diários e horários, verifica-se cada vez mais, a regularidade com que ocorrem
situações extremas, isto é, períodos curtos com grandes intensidades de precipitação (horas)
seguidos de longos períodos de ausência da mesma (semanas).
Tem-se verificado uma irregular distribuição de precipitação ao longo dos meses da época de
chuvas (Outubro a Abril), ocorrendo por vezes concentrada num ou dois meses e nem sempre nos
tipicamente mais chuvosos (Dezembro e Janeiro), tendo essa irregularidade sido prejudicial em
muitos aspectos, agronómicos e não só.
Fonte: http://www.drapalg.min-agricultura.pt/ema/images/artigos/DRAPALG EMAs - clima no Algarve.pdf
Anos hidrológicos mais húmidos:
1989/1990: 1011 mm
1995/1996: 925 mm
2009/2010: 959 mm
2010/2011: 813 mm
Anos hidrológicos mais secos:
1994/1995: 304 mm
1998/1999: 305 mm
2004/2005: 254 mm
Consultando o documento nota-se que o Algarve não se tem saído nada mal em termos de precipitação acumulada face a outras regiões do país como o Nordeste Transmontano. Saliento que a maioria dos anos mais secos desde 1931 em Portugal Continental ocorreram nos últimos 20 anos. Em 2007 ou 2008, por exemplo, o Algarve teve um acumulado normal. Em 2009/2010 e 2010/2011 teve um período húmido que parece ter um retorno de 10 em 10 anos. Em 1989/1990 a precipitação concentrou-se em 3 meses (Outubro, Novembro, Dezembro) mas em 2009/2010 distribuiu-se entre Dezembro e Maio, por isso as consequências foram menos graves. Em 1989 foi destruída a ponte do rio Gilão, em Tavira. A ponte da ribeira do Almargem ficou danificada e os campos das campinas de Faro e de Olhão ficaram debaixo de água. Recordo que muitos pomares se perderam devido ao excesso de precipitação.
Este ano civil a região terminará mais ou menos na média, o Barlavento provavelmente acima e o Sotavento na média ou ligeiramente abaixo, mesmo que não chova nada em Dezembro.
Em relação a uma suposta diminuição da precipitação em Dezembro não deixa de ser favorável. Entre os 1981 e 2010 houve uma gande redução da precipitação em Março e um assinalável aumento em Dezembro, face a normais anteriores. Nos últimos anos parece que está a ocorrer uma recuperação da precipitação na Primavera, portanto as médias poderão estar a ajustar-se a um padrão climático que já existiu antes de 1980.
Se não há redução da precipitação no Algarve, apesar de muito alarmismo, seria sim interessante saber se houve uma redução do número de dias com precipitação e um aumento do número de dias com mais de 10 mm acumulados.
de 578 litros/m2.
A média da precipitação ocorrida tem-se mantido constante ao longo dos anos
analisados (a soma dos 1ºs 14 anos é semelhante à soma dos últimos 13 anos).
Os níveis de precipitação não têm vindo a diminuir ao longo dos últimos anos, no entanto, e
analisando os dados diários e horários, verifica-se cada vez mais, a regularidade com que ocorrem
situações extremas, isto é, períodos curtos com grandes intensidades de precipitação (horas)
seguidos de longos períodos de ausência da mesma (semanas).
Tem-se verificado uma irregular distribuição de precipitação ao longo dos meses da época de
chuvas (Outubro a Abril), ocorrendo por vezes concentrada num ou dois meses e nem sempre nos
tipicamente mais chuvosos (Dezembro e Janeiro), tendo essa irregularidade sido prejudicial em
muitos aspectos, agronómicos e não só.
Fonte: http://www.drapalg.min-agricultura.pt/ema/images/artigos/DRAPALG EMAs - clima no Algarve.pdf
Anos hidrológicos mais húmidos:
1989/1990: 1011 mm
1995/1996: 925 mm
2009/2010: 959 mm
2010/2011: 813 mm
Anos hidrológicos mais secos:
1994/1995: 304 mm
1998/1999: 305 mm
2004/2005: 254 mm
Consultando o documento nota-se que o Algarve não se tem saído nada mal em termos de precipitação acumulada face a outras regiões do país como o Nordeste Transmontano. Saliento que a maioria dos anos mais secos desde 1931 em Portugal Continental ocorreram nos últimos 20 anos. Em 2007 ou 2008, por exemplo, o Algarve teve um acumulado normal. Em 2009/2010 e 2010/2011 teve um período húmido que parece ter um retorno de 10 em 10 anos. Em 1989/1990 a precipitação concentrou-se em 3 meses (Outubro, Novembro, Dezembro) mas em 2009/2010 distribuiu-se entre Dezembro e Maio, por isso as consequências foram menos graves. Em 1989 foi destruída a ponte do rio Gilão, em Tavira. A ponte da ribeira do Almargem ficou danificada e os campos das campinas de Faro e de Olhão ficaram debaixo de água. Recordo que muitos pomares se perderam devido ao excesso de precipitação.
Este ano civil a região terminará mais ou menos na média, o Barlavento provavelmente acima e o Sotavento na média ou ligeiramente abaixo, mesmo que não chova nada em Dezembro.
Em relação a uma suposta diminuição da precipitação em Dezembro não deixa de ser favorável. Entre os 1981 e 2010 houve uma gande redução da precipitação em Março e um assinalável aumento em Dezembro, face a normais anteriores. Nos últimos anos parece que está a ocorrer uma recuperação da precipitação na Primavera, portanto as médias poderão estar a ajustar-se a um padrão climático que já existiu antes de 1980.
Se não há redução da precipitação no Algarve, apesar de muito alarmismo, seria sim interessante saber se houve uma redução do número de dias com precipitação e um aumento do número de dias com mais de 10 mm acumulados.