Filipinas preparam-se para chegada de tufão com ventos de 250 quilómetros/hora
O tufão Megi que se aproxima das Filipinas está hoje a subir de intensidade, com ventos de mais de 250 quilómetros/hora. As operações de evacuação em 20 províncias, em estado de alerta, já começaram.
As previsões meteorológicas governamentais apontam para ondas que podem chegar aos 14 metros e as autoridades desaconselham as viagens à região, tendo em conta que o tufão pode causar inundações súbitas, deslizamentos de terra e tempestades.
Megi, na categoria 5 – a mais elevada -, deverá ser sentido hoje na ilha de Luzon, na região Norte, uma zona de cultivo de arroz e milho. O Governo aconselhou os seus sete milhões de habitantes, na rota do tufão, para armazenarem alimentos e medicamentos.
O governador de Cagayan, Alvaro Antonio, disse que o tufão pode causar muitos estragos às plantações de arroz. “De acordo com as nossas estimativas, cerca de 50 a 60 por cento da nossa produção de arroz poderá ficar totalmente destruída ou danificada”, comentou o responsável. O vale de Cagayan produz cerca de um terço do arroz das Filipinas.
Este ano, a produção de arroz não deverá conseguir chegar às quantidades estimadas inicialmente, de 17,4 milhões de toneladas; ficarão em falta 3,2 milhões de toneladas. Em 2009, o país perdeu 1,3 milhões de toneladas de arroz depois da passagem de três tufões em Setembro e Outubro.
Evacuações - Megi, a décima tempestade tropical e a mais forte a atingir o país este ano, estava 490 quilómetros a Este de Luzon e deslocava-se a 22 quilómetros/hora para a província de Cagayan. As pessoas que vivem ao longo da costa, perto da margem de rios e em zonas baixas nas províncias de Cagayan e Isabela já começaram a abandonar as suas casas, informou Benito Ramos, responsável pela agência nacional de protecção civil.
Camiões, barcos pneumáticos, veículos anfíbios e geradores foram enviados para a região Norte, para ajudar às operações de resgate e socorro, acrescentou Benito Ramos. As escolas vão encerrar amanhã, para quando está prevista a passagem de Megi, em direcção ao Sul do Mar da China.
PÚBLICO