Radar Meteorológico em Arouca será também estrutura de apoio a turismo
Arouca, 27 out (Lusa) - O novo Radar Meteorológico do Norte está concluído e aguarda apenas a sua inauguração oficial para entrar em funcionamento enquanto equipamento de vigilância e monitorização, mas também como estrutura de apoio ao turismo, anunciou hoje a Câmara de Arouca.
Trata-se do terceiro radar português, instalado a 1.100 metros de altitude no pico do Gralheiro, na serra da Freita. A torre, de 47 metros de altura, serve para recolher dados meteorológicos e integra um varandim que, a cerca de 40 metros do solo, funcionará como miradouro sobre o Geoparque.
"O radar já está pronto", declarou à Lusa o presidente da autarquia, José Artur Neves. "Vai prestar um grande serviço à Proteção Civil e também ao turismo de Arouca, já que, em dias de céu limpo, o seu varandim tem vista sobre este território todo e, com binóculos, chega a ver-se Coimbra e a Serra da Estrela", realçou.
Em termos técnicos, o Radar Meteorológico do Norte vai assegurar ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) o acesso a dados que, atualmente, dependem das torres congéneres espanholas, instaladas em Santander, na Corunha e em Valladolid.
A atividade do novo radar português deveria ter arrancado no início de 2014, como inicialmente previsto, mas o presidente da Câmara reconhece que o andamento dos trabalhos foi prejudicado pelo mau tempo.
Afinal, se regiões a menor altitude "já tiveram um inverno difícil, em pleno alto da serra, ele foi ainda mais difícil", explicou.
Ao nível turístico, um acordo estabelecido entre a autarquia e o IPMA assegurou que o edifício incluiria um varandim contornando todo a torre, para usufruto dos turistas que visitam o Geoparque.
"Em dias sem nevoeiro, aquilo é uma maravilha", defendeu José Artur Neves. "Os grupos organizados que vierem visitar a casa das Parideiras vão poder subir ao radar e ficam com outra noção do que é o território do Geoparque", explicou.
Para o presidente da Câmara, o radar acrescenta assim um "duplo valor" ao concelho, na medida em que representa novos recursos e permite "cativar mais gente" para a região.
"Num território como o nosso, em que o turismo não é de massas e envolve sobretudo Natureza, é preciso criar recursos que ajudem a manter cá as pessoas mais tempo", observou.
"Já temos as pedras parideiras, as trilobites e as atividades radicais no rio Paiva, mas o radar vai acrescentar mais um ponto de interesse à nossa oferta", afirmou.
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