Isso já talvez em Espanha certo?
Sim exacto, depois da fronteira com a Portela do Homem
Isso já talvez em Espanha certo?
Boas,
fotos que tirei ontem 31/03/2012 no Rio Lima ( antes da Barragem do Alto Lindoso )
efeitos dramáticos da seca, numa região que é só das mais chuvosas do País, com médias que ultrapassam os 2500/3000 mm anuais, em pleno parque natural da Peneda/Gerês:
... nem no pico do Verão o rio fica assim...
São imagens incríveis.
Nunca vi um rio no norte de Portugal ficar assim.
Como está o Douro na zona das barragens?
A câmara de Bragança necessitará da mobilização de meios de todo o país, incluindo a intervenção do exército, para garantir o abastecimento de água à população se a seca se prolongar. No pior dos cenários, poderá ser preciso ajuda de Espanha.
Bragança está a elaborar um plano de emergência devido à seca que deverá estar pronto dentro de uma semana. O vice-presidente da autarquia, Rui Caseiro, explicou à Agência Lusa que o plano contemplará "os vários cenários possíveis", incluindo a possibilidade de uma rutura total das reservas.
O município está a viver uma situação "inédita" de falta de água, que já obrigou a recorrer aos sistemas alternativos com quatro meses de antecedência, devido à seca.
As reservas estão a níveis do verão e a única albufeira para abastecimento aos 35 mil habitantes da cidade, a da Serra Serrada, não conseguiu encher durante o inverno.
A situação "só melhorará se chover em abril e maio", segundo Rui Caseiro, mas a autarquia está a preparar-se para o pior dos cenários, avançando, pela primeira vez, com um plano de emergência.
Plano de emergência
O plano está a ser preparado em parceria com a Autoridade Nacional da Proteção Civil, o Ministério do Ambiente, através de organismos como o INAG (Instituto Nacional da Água) e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN).
Rui Caseiro prevê que esteja pronto "no final da primeira quinzena de abril", depois de um levantamento dos meios necessários e disponíveis.
De acordo com o autarca, no pior dos cenários, serão necessários "70 camiões cisterna" a transportar água 24 por dia para os depósitos da cidade, o que implica uma mobilização de meios da Proteção Civil de todo o país.
Neste cenário, será também necessária a intervenção do exército, segundo ainda Rui Caseiro, e a ajuda de Espanha, através de uma unidade militar de Leon, cidade com a qual Bragança mantém, há vários anos, uma cooperação transfronteiriça.
Uma operação deste género poderá ter um custo de 1,8 milhões de euros, segundo dados já avançados anteriormente pela autarquia.
O plano visa ter tudo preparado para não deixar a população sem água, principalmente durante o verão, época em que os consumos disparam, devido às condições climatéricas e ao aumento da população com a chegada dos emigrantes para férias.
Barragem de Veiguinhas será solução
A câmara de Bragança já tinha um plano de contingência que acionou várias vezes nos últimos anos, nomeadamente em outubro, com camiões cisterna dos bombeiros a transportarem água para os depósitos do concelho, mas numa escala menor e menos abrangente do que os cenários contemplados no plano de emergência.
O problema da falta de água em Bragança deverá fica resolvido com a construção da barragem de Veiguinhas, recentemente aprovada pelo Ministério do Ambiente, depois de vários chumbos por se localizar no Parque Natural de Montesinho.
O projeto com mais de 30 anos vai completar o sistema de abastecimento do Alto Sabor, mas a construção só deverá iniciar-se dentro de um ano, pelo que a autarquia terá de continuar a procurar alternativas para garantir água à população em situações de seca como atual, até a nova albufeira estar operacional.
JN
Bragança vive situação "inédita" de falta de água
Seca meteorológica desagrava-se significativamente em Abril
Verificou-se no mês de abril um desagravamento significativo da situação de seca meteorológica, deixando de se observar situações de seca extrema, a mais gravosa, no território continental. Assim, no final do mês de abril, 59% do território encontrava-se em seca severa, 39% em seca moderada e 3% em seca fraca.
Para esta situação contribuiu a ocorrência de precipitação, cujo valor total (76.6mm) se situou muito próximo do valor normal 1971-2000 para o mês de abril (78.9mm).
Em termos de acumulado mensal de outubro a abril, verifica-se que o valor registado neste ano hidrológico de 2011-12 (404.3 mm) é inferior ao valor normal de 1971-2000 (709.1mm), sendo no entanto superior ao registado em 2004-05 (345.0 mm).
Em termos de cenários para o mês de maio, o mais provável será que se mantenha a situação de seca meteorológica em Portugal Continental podendo haver um agravamento da sua intensidade na região Sul.
É oficial: a seca severa em Portugal acabou e a maior parte do território entrou agora na categoria de seca fraca. O boletim climatológico de Outubro ainda não foi ainda divulgado, mas fonte do Instituto de Meteorologia (IM) explicou ao i que no fim daquele mês já nenhuma percentagem do território nacional se encontrava em seca grave.
Com base nos dados recolhidos pelo IM até 31 de Outubro é possível concluir que 74% do território se encontra na categoria de seca fraca e 6% em seca moderada. A tendência aliás é que, com as chuvas de Novembro, o nível de seca diminua gradualmente no decorrer deste mês: “A precipitação das últimas semanas aponta para cenários delineados de diminuição da seca”, conta a mesma fonte.
Desde Setembro que a seca vem gradualmente desaparecendo. Se naquele mês ainda 15% do país se encontrava em seca severa, actualmente essa percentagem é nula. As chuvas já tinham feito desaparecer o nível de seca extrema que em Agosto atingia 33% do país. O que predomina agora é a seca fraca, que de um mês para outro passou de 19% para 74%. No entanto, ainda há 6% do território nacional em seca moderada, mas o salto foi enorme se se tiver em conta que em Setembro essa categoria se aplicava a 65% do Continente.
As bacias hidrográficas reflectem, por outro lado, que o país se encontra em seca moderada, segundo o índice de precipitação dos últimos 12 meses. As excepções, segundo o Instituto de Meteorologia, estão nas bacias do Cávado e Ave, Leça, Sado e ainda ribeiras do Oeste, que reflectem níveis de seca fraca.
Os dados do instituto não reflectem ainda as chuvas de Novembro, que já causaram inundações na Grande Lisboa, no início da semana, e também 20 desalojados em Loulé na madrugada de quinta-feira.