Seca em Portugal

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11:53 21 Fevereiro, 2022 - Lusa


Seca: mais de 90% do território em seca severa ou extrema.

O último boletim de seca, hoje divulgado e que reporta a 15 de fevereiro, indica valores de percentagem de água no solo inferiores ao normal em todo o território, com as regiões Nordeste e Sul a atingirem valores inferiores a 20%

Mais de 90% do território estava a 15 de fevereiro em seca severa ou extrema, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que indica um novo agravamento da situação de seca meteorológica no país.

O último boletim de seca, hoje divulgado e que reporta a 15 de fevereiro, indica valores de percentagem de água no solo inferiores ao normal em todo o território, com as regiões Nordeste e Sul a atingirem valores inferiores a 20%, com “muitos locais a atingirem o ponto de emurchecimento permanente”.

O documento, que destaca a região Sul e alguns locais dos distritos de Bragança e Castelo Branco, aponta para 38,6% do território em seca extrema (11,5% no final de janeiro), 52,2% em seca severa (34,2% no final de janeiro) e 9,2% em seca moderada.

“O grau de severidade da seca meteorológica a 15 de fevereiro de 2022 é superior ao que se verificava em 2018 e em 2005, com uma percentagem superior nas classes de seca severa e extrema e que corresponde a cerca de 91 % do território”, refere o IPMA.

O instituto diz ainda que até ao final de fevereiro não se prevê a ocorrência de precipitação significativa em todo o território e que, em relação à temperatura do ar, a tendência será “para valores superiores ao normal para todo o território, em especial para a região interior Centro e Sul”.

Numa antevisão da situação meteorológica, acrescenta que “será muito provável a continuação da situação de seca meteorológica no final de fevereiro, com quase todo o território nas classes mais gravosas do índice PDSI”.

O IPMA Lembra que o valor médio, para o território Continental português, da quantidade de precipitação até dia 15 de fevereiro (7,1mm) corresponde a 7% do valor normal no período 1971-2000 e que, na primeira quinzena de fevereiro, apenas se verificou a ocorrência de precipitação nos dias 13 a 15 e em especial na região litoral Norte.

O valor mais elevado de precipitação nos 15 dias ocorreu em Lamas de Mouro (40,6mm) e o menor em Vila real de Santo António (0,4mm).

Segundo o IPMA, o valor médio da quantidade de precipitação no presente ano hidrológico 2021/2022, desde 1 de outubro 2021 a 15 de fevereiro de 2022, corresponde a 39% do valor normal.

“Até à data, 2021/22 é também o ano hidrológico mais seco quando comparado com os outros anos de seca meteorológica”, sublinha.

Quanto a temperaturas, o IPMA sublinha que na primeira quinzena de fevereiro os valores de temperatura máxima do ar foram “quase sempre superiores ao valor normal mensal”, realçando o dia 02 e o período de 07 a 11, com valores médios no Continente próximos de 20°C.

Já a temperatura mínima do ar “foi quase sempre inferior à normal mensal”, acrescenta.

Os ministros da Agricultura de Portugal e Espanha apresentam hoje à Comissão Europeia um conjunto de medidas para “minimizar” os efeitos da seca na Península Ibérica, esperando “sensibilidade” de Bruxelas para os problemas que o setor agrícola enfrenta.

 

Iceberg

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Em resumo, destacam-se os principais indicadores:
  • Valores de temperatura máxima do ar quase sempre superiores ao valor normal mensal;
  • Valor médio da quantidade de precipitação até dia 15 de fevereiro inferior ao valor normal mensal 1971-2000, correspondendo apenas a 7 %;
  • Valores de percentagem de água no solo inferiores ao normal em todo o território. Registam-se valores inferiores a 20 % na região Nordeste e na região Sul, com muitos locais a atingirem o ponto de emurchecimento permanente,
  • Agravamento da situação de seca meteorológica, com aumento da áreas nas classes de seca severa e extrema;
  • A 15 de fevereiro 91 % do território estava nas classes de seca severa e extrema;
 

Iceberg

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O panorama no médio prazo permanece muito negativo.

2022-Europe-Spring-Highlights.jpg
 

StormRic

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" “Há 30 anos bastava fazer um furo a 30 metros para termos água. Há 20 anos tínhamos de furar até aos 50 metros. Hoje, só encontramos água a 100 ou a 120 metros e dentro de poucos anos chegaremos aos 200 metros.” "

 

trovoadas

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loule-caldeirao
" “Há 30 anos bastava fazer um furo a 30 metros para termos água. Há 20 anos tínhamos de furar até aos 50 metros. Hoje, só encontramos água a 100 ou a 120 metros e dentro de poucos anos chegaremos aos 200 metros.” "

Afinal temos gente inteligente! Chegaram a uma conclusão óbvia.
Onde estão os autarcas a pedir mais barragens?

Por exemplo Foupana ou Alportel como muitos autarcas algarvios apregoam tinham sido projectos interessantes para concluír até 2010 no máximo. Apesar dos muitos impactos negativos seriam uma reserva importante neste momento. Basta ver Odelouca ( concluída em 2005) que é absolutamente crucial neste momento. E não me lembro de a ver a 100%...
 

algarvio1980

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Afinal temos gente inteligente! Chegaram a uma conclusão óbvia.
Onde estão os autarcas a pedir mais barragens?

Por exemplo Foupana ou Alportel como muitos autarcas algarvios apregoam tinham sido projectos interessantes para concluír até 2010 no máximo. Apesar dos muitos impactos negativos seriam uma reserva importante neste momento. Basta ver Odelouca ( concluída em 2005) que é absolutamente crucial neste momento. E não me lembro de a ver a 100%...
Odelouca, só tem registos desde Dezembro de 2009, e nunca encheu, a maior percentagem foi de 84.32% em Abril de 2014.
 

trovoadas

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Odelouca, só tem registos desde Dezembro de 2009, e nunca encheu, a maior percentagem foi de 84.32% em Abril de 2014.
Tinha essa ideia...obrigado pelo registo:thumbsup:
Ou seja uma barragem moderna que nunca encheu! Desconheço as áreas ao certo das bacias de Odelouca e Odeleite mas tenho a sensação que Odelouca tem uma área menor e a barragem maior capacidade. Qualquer das formas era perfeitamente normal, à uns anos, ter Odeleite a descarregar durante o Inverno pelo que Odelouca chegaria ao mesmo. Veio é já tarde;)
 

Iceberg

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Recuperando este tópico, o relatório intermédio do IPMA referente à primeira quinzena do corrente mês de Maio, a ser divulgado nos próximos dias, deverá de novo apresentar um agravamento significativo da situação de seca em Portugal, face às elevadas temperaturas destes dias associadas à quase total ausência de precipitação.
 

joralentejano

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SECA: GOVERNO ANUNCIA CAMPANHAS PARA USO EFICIENTE DA ÁGUA​

34% do país está em seca severa e 66% está em seca extrema.


O Governo anunciou hoje que vai lançar a partir de julho campanhas de promoção do uso eficiente da água, dirigidas a todos os tipos de consumidores, com reuniões mensais de acompanhamento da situação até final de setembro.

As medidas foram hoje anunciadas pelo ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, numa conferência de imprensa conjunta com a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, depois de os dois ministros presidirem à 9.ª Reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca, na qual foi feito um ponto da situação relativo à situação meteorológica, hidrológica, hidroagrícola e das culturas e abeberamento animal, e a avaliação de situações críticas.

Os ministros recordaram que, segundo previsões oficiais, 34% do país está em seca severa e 66% está em seca extrema, e que as previsões de chuva não irão inverter a situação.

Dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera indicam que este ano é o mais seco de que há registo (desde 1931) e que só o ano de 2005 se aproximou da situação atual, pelo que a seca meteorológica e agrometeorológica "obrigam a tomar medidas".

No início de fevereiro já tinha havido uma reunião da Comissão, na qual foram anunciadas e tomadas medidas, que serão agora complementadas com outras, sendo que, garantiu Duarte Cordeiro, a água para consumo humano está salvaguardada para dois anos.

Rádio Comercial
 

ecobcg

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SECA: GOVERNO ANUNCIA CAMPANHAS PARA USO EFICIENTE DA ÁGUA​

34% do país está em seca severa e 66% está em seca extrema.


O Governo anunciou hoje que vai lançar a partir de julho campanhas de promoção do uso eficiente da água, dirigidas a todos os tipos de consumidores, com reuniões mensais de acompanhamento da situação até final de setembro.

As medidas foram hoje anunciadas pelo ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, numa conferência de imprensa conjunta com a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, depois de os dois ministros presidirem à 9.ª Reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca, na qual foi feito um ponto da situação relativo à situação meteorológica, hidrológica, hidroagrícola e das culturas e abeberamento animal, e a avaliação de situações críticas.

Os ministros recordaram que, segundo previsões oficiais, 34% do país está em seca severa e 66% está em seca extrema, e que as previsões de chuva não irão inverter a situação.

Dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera indicam que este ano é o mais seco de que há registo (desde 1931) e que só o ano de 2005 se aproximou da situação atual, pelo que a seca meteorológica e agrometeorológica "obrigam a tomar medidas".

No início de fevereiro já tinha havido uma reunião da Comissão, na qual foram anunciadas e tomadas medidas, que serão agora complementadas com outras, sendo que, garantiu Duarte Cordeiro, a água para consumo humano está salvaguardada para dois anos.

Rádio Comercial
Há quanto tempo se sabe que estamos em seca?
Ainda bem que o Governo vai lançar campanhas em Julho... estiveram à espera de algum milagre e que tivesse chovido como nunca em Maio.. enfim...
 

joralentejano

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Há quanto tempo se sabe que estamos em seca?
Ainda bem que o Governo vai lançar campanhas em Julho... estiveram à espera de algum milagre e que tivesse chovido como nunca em Maio.. enfim...
Sem dúvida, é preciso chegarmos ao ponto extremo para se fazer alguma coisa...
Pensava que se tinha aprendido alguma coisa com as últimas secas, mas pelos vistos não.
 
Última edição:

algarvio1980

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Sem dúvida, é preciso chegarmos ao ponto extremo para se fazer alguma coisa...
Pensava que se tinha aprendido alguma coisa com as últimas secas, mas pelos vistos não.
Basta chover a partir de Setembro, que o assunto morre. :D

Se querem políticas de eficiência de água, eliminem as perdas que existem no abastecimento público, não incentivam a agricultura intensiva recorrendo ao regadio, comecem a usar a água das ETAR´s para rega dos jardins e agricultura e muitas mais.

Agora, andar a desperdiçar água das barragens em prol de culturas intensivas de regadio, como não houvesse amanhã é ridículo.

Aliás, se o Algarve tiver uma dessalinizadora quem vai pagar a água mais cara vai ser o consumidor final e não aquele que gasta milhões de m3 para regar hectares de pomares.

Um dia, quando o Alqueva tiver nas lonas, lá se vai a agricultura intensiva do Alentejo, mas muitos pensam que o Alqueva é uma fonte inesgotável de água. :D

No Algarve, sempre ouvi que Odelouca seria a solução para todos os problemas de falta de água no Algarve, mas afinal passados estes anos, o problema persiste e quanto mais água houver disponível mais consumo desenfreado irá haver.