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Cirrus
Pois, deve ter sido um belo cão em vida, lobo é que nunca foi
n custou nada perguntar
Pois, deve ter sido um belo cão em vida, lobo é que nunca foi
Lobo está a desaparecer das Terras de Aguiar 13/10
2011
às 14:49
O lobo, que está em regressão na zona do Alvão/Padrela, vai ser uma das espécies em destaque no primeiro "Seminário de Biodiversidade das Terras de Aguiar", que decorre na sexta-feira e no sábado, em Vila Pouca de Aguiar.
Durante dois dias, especialistas nacionais vão dar aulas teóricas e práticas sobre temas que vão desde o lobo aos cogumelos, morcegos, Veronica Micrantha (planta), mamíferos aquáticos, ecossistemas ribeirinhos, aves de rapina, matos de altitude, répteis e anfíbios e qualidade biológica da água.
Há vários anos que o Grupo Lobo estuda a população lupina nas serras do Alvão e da Padrela, que se estendem pelo concelho de Vila Pouca de Aguiar. Os trabalhos de monitorização resultaram também da construção das autoestradas A24 e A7 e de parques eólicos.
O técnico do Grupo Lobo, Gonçalo Costa, disse hoje à Agência Lusa que se tem observado um "declínio" da espécie nesta área, onde se pensa que, pelo menos, duas alcateias deixaram de existir enquanto organização. O último Censo Nacional de Lobo, efetuado em 2002/2003, identificou sete alcateias nesta área do distrito de Vila Real.
Gonçalo Costa referiu que estes animais podem ter escolhido outro território por causa da falta de alimento, porque há menos presas selvagens como javalis ou corços, ou por perturbação do habitat. É que, muitas destas áreas que eram praticamente inacessíveis há uns anos e que foram escolhidas como locais de refúgio pelos lobos, são actualmente atravessados por estradas ou estradões de terra batida.
A construção de mais três barragens na zona do Alto Tâmega, que vai dar origem a uma albufeira contínua ao longo de 60 quilómetros, vai criar um efeito barreira, deixando poucos pontos de passagem entre o Alvão e a zonas do Gerês e Barroso, onde as alcateias são mais estáveis.
O responsável referiu que esta barreira poderá dificultar o cruzamento de indivíduos e a reprodução, o que, a médio ou longo prazo, poderá até levar ao desaparecimento das alcateias enquanto organização social nesta área.
Para estudar os lobos, e porque estes animais são de difícil observação, os técnicos recorrem a indícios da presença, como dejectos, e à sua análise genética para diferenciar de outros animais como cães e verificar as ligações familiares entre indivíduos. Outra técnica é a armadilhagem fotográfica que consiste na colocação de câmaras com sensores de movimento também espalhadas pela área de estudo e que se achem propícias à passagem da espécie.
Organizado pelo município de Vila Pouca de Aguiar, o primeiro "Seminário de Biodiversidade das Terras de Aguiar" vai ter uma forte componente prática, apostando na observação in loco nas áreas que integram a Aguiar Nature -- Rede de Interpretação dos Espaços Naturais e a Rede Municipal de Percursos de Vila Pouca de Aguiar.
O presidente da autarquia, Domingos Dias, diz que se trata de um "evento único a nível nacional", que vai contribuir para a troca de conhecimentos e partilha de experiências no meio académico, escolar e amantes da natureza
Não percebo como do lado de lá da fronteira continua a ser possível abater lobos. Para o próximo ano só para a provincia de Zamora está acordado o abate de 34, dos quais 14 em Aliste e 10 na Sanabria.
^^
Pois, o que não entendo é porque é que outros governos regionais não aproveitam esse excesso de lobos para povoar as suas próprias regiões. A população da serra Morena está quase a desaparecer, na Extremadura entra um ou outro lobo muito raramente, e por aí fora...
No Expresso desta semana aparece a conclusão de um estudo em que fica provada a existência de hibridos na Ibéria.
Um dos quatro casos foi encontrado no Minho, e pior, parece que os próprios hibridos já se reproduziram
Uma nova ameaça...