Seguimento Meteorológico Livre 2016

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Topê

Nimbostratus
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4 Dez 2015
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Mais vale tarde que nunca.
Cheira a Inverno e a sério, é bom olhar para os modelos tanto a curto,médio e longo prazo, teremos um mês de Fevereiro Invernal com tudo um pouco.
É engraçado que estes últimos dias fazem-me lembrar mais um tempo de fim de Outono tipico de Dezembro, do que já um tempo de meados de Fevereiro, e isso observa-se nas médias, os valores de precipitação mensal em Fevereiro e Março caem significativamente voltando depois a subir em Abril, a verdade é que estamos a ter um período instável bem prolongado,com frio á mistura que no meu senso comum, faz-me mais lembrar mais o mês de Dezembro, que o mês de Fevereiro.
 
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Topê

Nimbostratus
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4 Dez 2015
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A precipitação escassa, esse é que é o nosso principal problema. Apesar de ser verdade que, para nevar a cotas baixas, é preciso algumas combinações, mas o principal problema do nosso país é mesmo a falta de precipitação.
Temos tido excelentes entradas continentais ao longo dos anos com grande potencial. E tantas entradas polares marítimas em que no pós - frontal, muitas vezes a temperatura anda quase nos 0 graus ou negativa, mas as nuvens acabaram de se ir embora.

E isso acontece em 95 % dos casos ou mais. Digam o que disserem, é o grande problema do nosso país não nevar mais vezes a cotas baixas, a falta de precipitação. Mas é o clima que temos, não há nada a fazer.

O Nosso problema é o mesmo que o da Irlanda a latitudes extremamente elevadas, onde neva pouco, esse problema chama-se corrente do golfo, esse é o grande determinismo no nosso clima Oceano atlântico. Neva muito mais no mediterrâneo, em latitudes bem mais baixas que cá. Não há nada a fazer em relação a isso, só acreditarmos em milagres e esperar que um dia hajam alterações significativas no Atlântico que nos traga um pouco dos fenómenos da costa leste dos EUA para cá, com aquelas quebras do vórtice polar, era só puxar um pouco para Leste e nós e os Açores teríamos algo inédito, mas como disse isso quase ficção cientifica. Entrada continentais? é um pouco para esquecer ficamos sempre com os restos, entradas de NW são boas para cobrir as nossas serras de branco, mas a altitudes medias,baixas são sempre mais raras.
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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O Nosso problema é o mesmo que o da Irlanda a latitudes extremamente elevadas, onde neva pouco, esse problema chama-se corrente do golfo, esse é o grande determinismo no nosso clima Oceano atlântico. Neva muito mais no mediterrâneo, em latitudes bem mais baixas que cá. Não há nada a fazer em relação a isso, só acreditarmos em milagres e esperar que um dia hajam alterações significativas no Atlântico que nos traga um pouco dos fenómenos da costa leste dos EUA para cá, com aquelas quebras do vórtice polar, era só puxar um pouco para Leste e nós e os Açores teríamos algo inédito, mas como disse isso quase ficção cientifica. Entrada continentais? é um pouco para esquecer ficamos sempre com os restos, entradas de NW são boas para cobrir as nossas serras de branco, mas a altitudes medias,baixas são sempre mais raras.
Correto. Temos o clima que temos em boa parte devido à corrente do golfo. O vortex polar tende sempre a entrar nos continentes, em vez dos oceanos. Do lado da américa do norte, o vortex polar, bem como a circulação do jet stream são muito condicionados pelas montanhas rochosas. Na costa leste americana à nossa latitude e acima, além de frio recebem humidade dos grandes lagos, resultando em neve.

O que nós temos por aqui é bem diferente, se o frio atravessa a europa até nós vem seco (sem grandes lagos em espanha), e as entradas atlânticas vêm já amenizadas pela corrente do golfo.

Aqui a única "coisa a fazer" seria esperar que o degelo da gronelandia, alastrasse água doce fria por todo o atlântico norte, ao ponto de enterrar ou interromper a corrente do golfo. Mas.. Com um oceano mais frio, ar superficial mais frio (com menos água), teríamos menos precipitação (descarregava praticamente tudo à saída das latitudes tropicais).
 

David sf

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8 Jan 2009
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O Nosso problema é o mesmo que o da Irlanda a latitudes extremamente elevadas, onde neva pouco, esse problema chama-se corrente do golfo, esse é o grande determinismo no nosso clima Oceano atlântico. Neva muito mais no mediterrâneo, em latitudes bem mais baixas que cá. Não há nada a fazer em relação a isso, só acreditarmos em milagres e esperar que um dia hajam alterações significativas no Atlântico que nos traga um pouco dos fenómenos da costa leste dos EUA para cá, com aquelas quebras do vórtice polar, era só puxar um pouco para Leste e nós e os Açores teríamos algo inédito, mas como disse isso quase ficção cientifica. Entrada continentais? é um pouco para esquecer ficamos sempre com os restos, entradas de NW são boas para cobrir as nossas serras de branco, mas a altitudes medias,baixas são sempre mais raras.

O "problema" do nosso clima em relação à falta de frio e de neve é que a circulação global à nossa latitude dá-se usualmente de Oeste para Este, logo na maior parte das vezes apanhamos com ar marítimo, temperado. Nas raras vezes em que temos circulação continental não há precipitação, porque a massa de ar é seca.

Células do vórtice polar no Atlântico são relativamente habituais, mas dá nisto:

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Circulação de Oeste, vento, chuva orográfica e tempo ameno.

A costa Leste americana beneficia com a circulação continental de Oeste. Recebe ar frio, sem qualquer trajecto marítimo e directamente dos pólos. Ainda por cima, como é muito mais difícil a ocorrência de ciclogéneses em ambiente continental frio, é uma massa estável que dificilmente é "varrida".
Quando uma depressão de origem tropical se desloca de Sul para Norte, desde o Golfo do México, encontra a massa fria e ocorrem aqueles blizzards épicos.
 

Orion

Furacão
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5 Jul 2011
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Os EUA também têm massivas cordilheiras de montanhas que simultâneamente 'secam' o ar marítimo de oeste (formando os desertos do centro-oeste) e ajudam a 'desviar' o ar de norte, frio, para este/sudeste (onde se junta ao ar quente do Golfo desencadeando todas as tormentas habituais):

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