Fazendo uma antevisão das próximas 72 horas para os Açores mediante o GFS 18z (certas coisas podem mudar na próxima saída daí que isto não deve ser entendido como previsão final):
- Uma depressão em lento cavamento vai-se aproximando do arquipélago de oeste. Mais ou menos no dia 15, terça-feira, a depressão deverá começar a mover-se para norte. Não há ainda consenso no que respeita à tipologia do sistema frontal que afetará inicialmente o arquipélago (frente fria/frente fria com ondulações/frente oclusa...);
- A frente deverá começar a afetar o arquipélago na madrugada de terça-feira, dia 15. É intensa, não obstante a pouca variação térmica nos níveis baixos, e ao longo da atmosfera há uma continuação de ventos muito fortes. O jet poderá contribuir para a força da frente. Contudo, o jet e o cisalhamento serão mais após a passagem da frente;
- A frente empurrará mais um fluxo de ar muito húmido, com uma água precipitável a rondar os 30/35 milímetros. À medida que se desloca para este, aparenta perder algum suporte dos ventos mais fortes acima. A sul do arquipélago deverá haver uma concentração semi-permanente de SBCAPE a rondar os 500 e MLCAPE entre os 250 e os 500. Assumo que parte disto irá para norte nos restantes grupos já que os valores mais altos estarão no G. Ocidental;
- A frente tenderá a ter bolsas de ar muito saturado nos níveis baixos. Contudo, nos níveis médios (500 hPa) há uma camada de ar muito seco que parece acompanhar a frente no seu trajeto ao longo de todo o arquipélago. Como tal, a chuva tenderá a ser moderada a forte, sendo esta última intensidade bastante limitada;
- Em termos de tempo severo, as diferenças térmicas parecem-me bastante interessantes nos níveis mais baixos especialmente para o G. Ocidental (e nem tanto para o G. Oriental). Valores interessantes de helicidade são modelados (por volta dos 260 a 300). Juntando todos os fatores, incluindo a (adveção de) vorticidade, penso que há condições favoráveis (marginais, logo, com uma baixa probabilidade) para a ocorrência de um tornado. Para tal, todas as condições medianas (cisalhamento - que estará nos 20 m/s quando a frente passar no G. Ocidental - humidade, CAPE...) têm que se juntar, especialmente para vencer o ar seco nos níveis médios cuja espessura desconheço. Se e onde surgirem células mais intensas, rajadas de vento e chuva forte também podem ocorrer;
- Após a passagem da frente, todas as ilhas irão ser afetadas mais diretamente pelo núcleo depressionário. Nota para a força do vento e para a ondulação. Ainda é cedo para especular sobre isto. Mas aparentemente será um cenário onde ocorrerá convecção dispersa. Poderá ser um evento interessante especialmente para o G. Ocidental.
- A evolução da frente ao longo do arquipélago também está sujeito a mudanças. É possível que não enfraqueça tanto como escrevi.
- Uma depressão em lento cavamento vai-se aproximando do arquipélago de oeste. Mais ou menos no dia 15, terça-feira, a depressão deverá começar a mover-se para norte. Não há ainda consenso no que respeita à tipologia do sistema frontal que afetará inicialmente o arquipélago (frente fria/frente fria com ondulações/frente oclusa...);
- A frente deverá começar a afetar o arquipélago na madrugada de terça-feira, dia 15. É intensa, não obstante a pouca variação térmica nos níveis baixos, e ao longo da atmosfera há uma continuação de ventos muito fortes. O jet poderá contribuir para a força da frente. Contudo, o jet e o cisalhamento serão mais após a passagem da frente;
- A frente empurrará mais um fluxo de ar muito húmido, com uma água precipitável a rondar os 30/35 milímetros. À medida que se desloca para este, aparenta perder algum suporte dos ventos mais fortes acima. A sul do arquipélago deverá haver uma concentração semi-permanente de SBCAPE a rondar os 500 e MLCAPE entre os 250 e os 500. Assumo que parte disto irá para norte nos restantes grupos já que os valores mais altos estarão no G. Ocidental;
- A frente tenderá a ter bolsas de ar muito saturado nos níveis baixos. Contudo, nos níveis médios (500 hPa) há uma camada de ar muito seco que parece acompanhar a frente no seu trajeto ao longo de todo o arquipélago. Como tal, a chuva tenderá a ser moderada a forte, sendo esta última intensidade bastante limitada;
- Em termos de tempo severo, as diferenças térmicas parecem-me bastante interessantes nos níveis mais baixos especialmente para o G. Ocidental (e nem tanto para o G. Oriental). Valores interessantes de helicidade são modelados (por volta dos 260 a 300). Juntando todos os fatores, incluindo a (adveção de) vorticidade, penso que há condições favoráveis (marginais, logo, com uma baixa probabilidade) para a ocorrência de um tornado. Para tal, todas as condições medianas (cisalhamento - que estará nos 20 m/s quando a frente passar no G. Ocidental - humidade, CAPE...) têm que se juntar, especialmente para vencer o ar seco nos níveis médios cuja espessura desconheço. Se e onde surgirem células mais intensas, rajadas de vento e chuva forte também podem ocorrer;
- Após a passagem da frente, todas as ilhas irão ser afetadas mais diretamente pelo núcleo depressionário. Nota para a força do vento e para a ondulação. Ainda é cedo para especular sobre isto. Mas aparentemente será um cenário onde ocorrerá convecção dispersa. Poderá ser um evento interessante especialmente para o G. Ocidental.
- A evolução da frente ao longo do arquipélago também está sujeito a mudanças. É possível que não enfraqueça tanto como escrevi.
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