joralentejano
Super Célula
É de facto cíclico, secas sempre houve e sempre haverá, tal como cheias. No entanto, a questão é que as secas serão mais frequentes e prolongadas e de repente pode surgir um evento de precipitação extremo, causando milhões de prejuízos, mas não resolvendo a seca. Estas situações levam a um desequilíbrio climático que tem consequências graves a nível do ecossistema e também não é positivo para nós.
O período 2022-2023 foi exemplo disso com uma seca histórica durante grande parte do ano de 2022, em dezembro ocorreram cheias muito significativas em vários pontos do território e posteriormente em 2023 voltou um período bastante seco e prolongado, tendo sido um dos piores anos em termos de colheita de cereais no Alentejo, por exemplo.
O atual ano hidrológico está a ser melhor, mas nada nos garante que os próximos sejam iguais, daí não fazer sentido haver tantas críticas às restrições do uso de água no Algarve. Podem haver alívios, mas tornar o consumo de água livre não me parece uma boa ideia porque no final do verão a região vai voltar a estar com as reservas em mínimos e não é garantido que o novo ano hidrológico seja chuvoso.
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