N.º AP/44/DCS/2018
DATA 2018-10-12
HORA 20h00
AVISO À POPULAÇÃO
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS ADVERSAS
AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO CIVIL
Av. do Forte | 2794-112 Carnaxide – Portugal
T.: 351 21 424 7100 |
www.prociv.pt
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1. SITUAÇÃO
A situação meteorológica que irá condicionar o território continental português é ainda muito
incerta, nomeadamente quanto à trajetória da depressão Leslie e aos efeitos que a mesma
produzirá em relação a vento, precipitação e agitação marítima. Espera-se que as condições dos
estados do tempo e do mar se agravem a partir das 19:00 horas de sábado, 13-10-2018, atingindo-
se o pico mais crítico entre as 00:00 horas e as 06:00 horas de domingo, para o vento, as 01:00
horas e as 16:00 horas de domingo para a precipitação, as 03:00 horas e as 12:00 horas de
domingo, para a agitação marítima. O território continental português será afetado muito
provavelmente em toda a sua extensão geográfica, não sendo possível ainda indicar com precisão
as áreas de maior impacto dos fenómenos meteorológicos.
É essencial recomendar especial cuidado com o vento, por precaução, na medida em
que, podendo soprar forte nalgumas regiões, pode contribuir sobremaneira para a
evolução rápida dos incêndios rurais que venham a verificar-se.
2. EFEITOS EXPECTÁVEIS
Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
· Danos em estruturas montadas ou suspensas;
· Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
· Possíveis acidentes na orla costeira;
· Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em
períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais
vulneráveis;
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· Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo;
· Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou
insuficiências dos sistemas de drenagem;
· Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente
mais vulneráveis;
· Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
· Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à
saturação dos solos, pela perda da sua consistência.
3. MEDIDAS PREVENTIVAS
A ANPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através
da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente
mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção
para estas situações, nomeadamente:
· Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards
e outras estruturas suspensas;
· Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando
atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
· Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas
historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e
permanência nestes locais;
· Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva,
desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos
muito próximos da orla marítima;
· Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de
inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre
escoamento das águas;
· Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a
possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias;
· Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou
viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
· Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças
de Segurança.
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