Este ano o meu destino de férias foi a região da Baviera (no sueste da Alemanha) e a região da Áustria adjacente, englobando a maior parte dos Alpes Austríacos. Viajei pela Lufthansa de ida e volta para Munique, explorando toda a região em carro alugado.
As impressões foram bastante boas. As cidades são limpas, organizadas e com pouco trânsito (de carros, pois de bicicletas é um pouco caótico), a arquitectura é preservada, é muito raro encontrar edifícios que destoem, a gastronomia é boa (com excepção de Portugal, a melhor de todos os países onde já estive) e o preço das refeições não difere muito dos praticados por cá. A excepção é o preço das garrafas de água e dos cafés (ambos a rondarem os 3 euros nalguns locais), mas de resto tenho a noção que a vida nestes países não é muito mais cara do que o é cá.
Ao contrário do que se pensa tanto a Alemanha como a Áustria são países muito mais livres que Portugal, uma liberdade responsável e partilhada por todos.Para dar um exemplo mais gritante, nunca no aeroporto de Munique me pediram a identificação, algo que em Lisboa pedem sempre por duas vezes. Não devem ter nenhuma ASAE, pois servem em muitas pastelarias e padarias a comida directamente com as mãos lavadas, as montras de comida têm vespas e na maior parte das vezes a conta é apresentada escrita à mão, não nos dando factura. É uma relação de confiança mútua entre contribuintes e Estado, pois não me consta que haja grande fuga fiscal nestes países.
MUNIQUE
Diziam-me que Munique tinha um trânsito caótico, que era difícil estacionar, e eu só tenho a dizer que achei exactamente o contrário. Nunca estive em filas de trânsito, exceptuando em semáforos (demasiados e sem a "onda verde" que existe em Lisboa, fazem perder muito tempo), o estacionamento era facílimo, se bem que um pouco caro nalgumas zonas mais nobres.
Quanto à cidade, é agradável, um centro histórico relativamente pequeno, com alguns pontos de interesse nos arredores. As zonas industriais e habitacionais estão perfeitamente integradas na cidade. Nota-se muita multiculturalidade, principalmente muçulmanos (as mulheres todas vestidas de preto, com apenas os olhos destapados fazem um pouco de impressão, até porque há muitas às compras em lojas de roupa, que ninguém a não ser o marido vai ver).
Imagens do centro de Munique:
Estacionamento de bicicletas, este sim é muito concorrido:
O rio Isar que banha a cidade:
Visita ao Deutsches Museum, vale muito a pena, com várias colecções, destaco a de satélites e de aeronáutica, bastante vastas. Curioso, que na primeira sala do museu, dedicada à engenharia naval, o segundo barco onde se passa é um moliceiro:
Como ainda iria voltar à cidade, deixei a visita ao interior dos palácios para o último dia, partindo então em direcção ao próximo destino, Hallstatt na região austríaca de Salzkarmmegut, património da humanidade.
DACHAU
Logo à saída de Munique, visita obrigatória do Campo de Concentração de Dachau. Hoje está em ruínas, mantendo-se somente o antigo edifício das SS e o edifício que continha a câmara de gás e o crematório. Foram recentemente erigidas réplicas de dois dos edifícios que albergavam os prisioneiros.
A célebre entrada de todos os campos de concentraão "Arbeit macht frei" (o trabalho liberta):
Vista geral do campo:
O edifício da câmara de gás e crematório:
Entrada para a câmara de gás (brausebad significa duche):
Interior da mesma:
Fornos crematórios (os últimos prisioneiros mortos foram enforcados naquelas traves e não foram sequer queimados, pois tinha acabado o carvão):
Aspecto dos "quartos" dos prisioneiros:
Para completar a visita, existe uma exposição bastante completa sobre o campo e a II Guerra Mundial.
No caminho para a Áustria, duas cidades interessante (e com o centro histórico em obras, como aconteceu em todas as cidades alemãs onde estive), LANDSHUT:
E PASSAU, na confluência dos rios Inn e Danúbio, mesmo na fronteira entre Alemanha e Áustria (curioso que passei a fronteira 8 vezes, e em 4 delas não reparei em nada que o assinalasse):
Estavam cerca de 25ºC (o único dia mais quente que apanhei), algo que na Alemanha significa calor, e os putos aproveitavam para se refrescar:
Enquanto que na Alemanha eram as cidades que estavam em obras, na Áustria eram todas as auto-estradas, nesta mal dava para passar o carro:
E já com trovoada ao longe, a primeira visão dos lagos austríacos:
E ao terceiro dia, frio e chuva, no Hallstattsee (see=lago):
Neste dia o objectivo era visitar a gruta de gelo de Dachstein (exigia uma subida de teleférico e uma caminhada de 15 minutos a pé) e apreciar as vistas do alto das montanhas, mas o nevoeiro foi impiedoso.
Como tal, aproveitei para passear pelos vários lagos da região:
As garagens:
Uma excelente refeição:
A vila de HALLSTATT (magnificamente situada nas margens do lago):
Um comboio da região:
A vista do quarto de hotel, em Gosau, vilarejo a poucos quilómetros de Hallstatt:
[CONTINUA]
As impressões foram bastante boas. As cidades são limpas, organizadas e com pouco trânsito (de carros, pois de bicicletas é um pouco caótico), a arquitectura é preservada, é muito raro encontrar edifícios que destoem, a gastronomia é boa (com excepção de Portugal, a melhor de todos os países onde já estive) e o preço das refeições não difere muito dos praticados por cá. A excepção é o preço das garrafas de água e dos cafés (ambos a rondarem os 3 euros nalguns locais), mas de resto tenho a noção que a vida nestes países não é muito mais cara do que o é cá.
Ao contrário do que se pensa tanto a Alemanha como a Áustria são países muito mais livres que Portugal, uma liberdade responsável e partilhada por todos.Para dar um exemplo mais gritante, nunca no aeroporto de Munique me pediram a identificação, algo que em Lisboa pedem sempre por duas vezes. Não devem ter nenhuma ASAE, pois servem em muitas pastelarias e padarias a comida directamente com as mãos lavadas, as montras de comida têm vespas e na maior parte das vezes a conta é apresentada escrita à mão, não nos dando factura. É uma relação de confiança mútua entre contribuintes e Estado, pois não me consta que haja grande fuga fiscal nestes países.
MUNIQUE
Diziam-me que Munique tinha um trânsito caótico, que era difícil estacionar, e eu só tenho a dizer que achei exactamente o contrário. Nunca estive em filas de trânsito, exceptuando em semáforos (demasiados e sem a "onda verde" que existe em Lisboa, fazem perder muito tempo), o estacionamento era facílimo, se bem que um pouco caro nalgumas zonas mais nobres.
Quanto à cidade, é agradável, um centro histórico relativamente pequeno, com alguns pontos de interesse nos arredores. As zonas industriais e habitacionais estão perfeitamente integradas na cidade. Nota-se muita multiculturalidade, principalmente muçulmanos (as mulheres todas vestidas de preto, com apenas os olhos destapados fazem um pouco de impressão, até porque há muitas às compras em lojas de roupa, que ninguém a não ser o marido vai ver).
Imagens do centro de Munique:
Estacionamento de bicicletas, este sim é muito concorrido:
O rio Isar que banha a cidade:
Visita ao Deutsches Museum, vale muito a pena, com várias colecções, destaco a de satélites e de aeronáutica, bastante vastas. Curioso, que na primeira sala do museu, dedicada à engenharia naval, o segundo barco onde se passa é um moliceiro:
Como ainda iria voltar à cidade, deixei a visita ao interior dos palácios para o último dia, partindo então em direcção ao próximo destino, Hallstatt na região austríaca de Salzkarmmegut, património da humanidade.
DACHAU
Logo à saída de Munique, visita obrigatória do Campo de Concentração de Dachau. Hoje está em ruínas, mantendo-se somente o antigo edifício das SS e o edifício que continha a câmara de gás e o crematório. Foram recentemente erigidas réplicas de dois dos edifícios que albergavam os prisioneiros.
A célebre entrada de todos os campos de concentraão "Arbeit macht frei" (o trabalho liberta):
Vista geral do campo:
O edifício da câmara de gás e crematório:
Entrada para a câmara de gás (brausebad significa duche):
Interior da mesma:
Fornos crematórios (os últimos prisioneiros mortos foram enforcados naquelas traves e não foram sequer queimados, pois tinha acabado o carvão):
Aspecto dos "quartos" dos prisioneiros:
Para completar a visita, existe uma exposição bastante completa sobre o campo e a II Guerra Mundial.
No caminho para a Áustria, duas cidades interessante (e com o centro histórico em obras, como aconteceu em todas as cidades alemãs onde estive), LANDSHUT:
E PASSAU, na confluência dos rios Inn e Danúbio, mesmo na fronteira entre Alemanha e Áustria (curioso que passei a fronteira 8 vezes, e em 4 delas não reparei em nada que o assinalasse):
Estavam cerca de 25ºC (o único dia mais quente que apanhei), algo que na Alemanha significa calor, e os putos aproveitavam para se refrescar:
Enquanto que na Alemanha eram as cidades que estavam em obras, na Áustria eram todas as auto-estradas, nesta mal dava para passar o carro:
E já com trovoada ao longe, a primeira visão dos lagos austríacos:
E ao terceiro dia, frio e chuva, no Hallstattsee (see=lago):
Neste dia o objectivo era visitar a gruta de gelo de Dachstein (exigia uma subida de teleférico e uma caminhada de 15 minutos a pé) e apreciar as vistas do alto das montanhas, mas o nevoeiro foi impiedoso.
Como tal, aproveitei para passear pelos vários lagos da região:
As garagens:
Uma excelente refeição:
A vila de HALLSTATT (magnificamente situada nas margens do lago):
Um comboio da região:
A vista do quarto de hotel, em Gosau, vilarejo a poucos quilómetros de Hallstatt:
[CONTINUA]