Biodiversidade

psm

Nimbostratus
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estoril ,assafora
Venho pedir aos admistradores do forum que a discussão sobre biodiversidade seja transferida para aqui, e que está no tópico da petição da floresta da laurisilva.
 


stormy

Super Célula
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não sei ao certo o que aconteceu em guam mas sei que a introdução do sapo na australia foi desastrosa e que em certas ilhas as cobras e os roedores tiveram efeitos catrastoficos.
a biodiversidade lusa é muito rica e eu adoro viver num pais que tem caracteristicas fitoclimaticas tão interessantes eu simplesmente pensei que talvez não fosse assim tão mau que houvessem periquitos ou palmeiras ou bicos de lacre a andarem por ai.
seria interessante do ponto de vista cientifico observar como essas especies se adaptariam...
visto que este ponto de vista não é o melhor tenho que assumir que estou errado...desculpem:thumbsup:
 

MSantos

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3 Out 2007
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Regra geral as introduções de espécies, quer de fauna quer de flora, são nefastas para as espécies autóctones, pois muitas vezes estas não conseguem competir com as invasoras.

Em Portugal começa a ser preocupante as áreas de floresta constituídas por plantas infestantes penso que se deviam tomar algumas medidas para controlar plantas como as acácias e os chorões da areia. Assim como moderar a exploração do eucalipto...
 
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Vince

Furacão
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23 Jan 2007
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não sei ao certo o que aconteceu em guam mas sei que a introdução do sapo na australia foi desastrosa e que em certas ilhas as cobras e os roedores tiveram efeitos catastróficos.

Uma das maiores catástrofes foi a introdução do coelho na Austrália. Um tipo chamado Thomas Austin levou para Austrália em 1859 duas dúzias de coelhos e estes procriaram de tal forma que se tornaram rapidamente uma peste com graves consequências. Nos anos 50 do século passado o combate da praga foi feita a nível biológico conseguindo diminuir-se a população de coelhos de 600 para 100 milhões, mas entretanto os coelhos desenvolveram resistência e recuperaram novamente para os 300 milhões. Posteriormente desenvolveu-se um vírus que foi libertado acidentalmente na natureza, matando também coelhos domésticos e da industria para alimentação. Enfim, uma grande confusão só porque alguém resolveu levar uns coelhos para a Austrália e estes iam "comendo" literalmente o país.

http://en.wikipedia.org/wiki/Rabbits_in_Australia
http://en.wikipedia.org/wiki/Invasive_species
 
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psm

Nimbostratus
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25 Out 2007
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Venho colocar uma espécie extremamente perigosa e que está ás portas de Portugal, o mexilhão da água doce, e ponho o link da liga portuguesa da natureza.

http://www.lpn.pt/LPNPortal/Desktop...talhes.aspx?ItemID=358&Mid=36&tindex=9&tid=10

ps: devo salientar que este tema da biodiversidade também o é debatido no topico de Alterações climáticas, mas que ao abrir este tópico, pretendo que deêm exemplos de espécies que são invasoras, e que são perigosas ao nivel da biodiversidade, e que nada têm haver com alterações climáticas, e são bombas ecológicas provocadas por nós seres humanos devido à nossa mobilidade pelo nosso planeta.


O que tem a TERRA de tão bonito é a sua biodiversidade, e variedade:).
 

stormy

Super Célula
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7 Ago 2008
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há especies e especies umas mais e outras menos agressivas.
os humanos são uma especie evasiva em muitos locais e bem pior que o mexilhão zebra ou a myrica faya, existem locais em que a introdução de certas especies foi benéfica e outros em que foi nefasta eu não apoio a introdução de especimes exoticos em portugal embora pense que por exemplo o chorão da areia seja uma especie que alem de exotica é optima na fixação das dunas e na manutenção de ambientes propicios a insectos sendo que estes podem abrigar-se nas suas raizes já quanto á acacia eu penso que ainda é pior que os eucaliptos pois reproduzem-se efusivamente de um modo totalmente descontrolado.
o ambiente está em desiquilibrio e eu acho que mais vale deixar tudo como está agora e ter mais cuidado com a venda e transporte de especimes exoticos do que começar a mexericar em sistemas dos quais pouco sabemos e acabar por piorar a situação.
boas:thumbsup:
 

MSantos

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há especies e especies umas mais e outras menos agressivas.
os humanos são uma especie evasiva em muitos locais e bem pior que o mexilhão zebra ou a myrica faya, existem locais em que a introdução de certas especies foi benéfica e outros em que foi nefasta eu não apoio a introdução de especimes exoticos em portugal embora pense que por exemplo o chorão da areia seja uma especie que alem de exotica é optima na fixação das dunas e na manutenção de ambientes propicios a insectos sendo que estes podem abrigar-se nas suas raizes já quanto á acacia eu penso que ainda é pior que os eucaliptos pois reproduzem-se efusivamente de um modo totalmente descontrolado.
o ambiente está em desiquilibrio e eu acho que mais vale deixar tudo como está agora e ter mais cuidado com a venda e transporte de especimes exoticos do que começar a mexericar em sistemas dos quais pouco sabemos e acabar por piorar a situação.
boas:thumbsup:

O chorão das praias é bastante maléfico pois como tem um crescimento muito rápido, impede que a vegetação dunar autóctone possa crescer.
Como as plantas nativas não conseguem competir com o chorão, este expande-se cada vez mais destruindo assim o habitat de muitas espécies nativas ameaçando assim a biodiversidade dunar.
É verdade que ajuda a fixar as dunas mas nos locais onde cresce dificilmente outras plantas conseguem sobreviver.
 

stormy

Super Célula
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7 Ago 2008
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O chorão das praias é bastante maléfico pois como tem um crescimento muito rapido, impede que a vegetação dunar autóctone de crescer.
Como as plantas nativas não conseguem competir com o chorão, este expande-se cada vez mais destruindo assim o habitat de muitas especies nativas ameaçando assim a biodiversidade dunar.
É verdade que ajuda a fixar as dunas mas nos locais onde cresce dificilmente outras plantas conseguem sobreviver.

discordo. o chorão da areia cresce em torno de um rizoma inicial que se propaga circularmente; á medida que cresce vai ganhando raiz na periferia e o centro morre a isto chama-se partenogenese ( um metodo de reprodução assexuada similar ao da bananeira) portanto o chorão não é como a relva , não cobre totalmente o solo permitindo o aparecimento de especimes autocones.
para alem disso o chorão não mata as plantas que vivem perto dele.
 

psm

Nimbostratus
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discordo. o chorão da areia cresce em torno de um rizoma inicial que se propaga circularmente; á medida que cresce vai ganhando raiz na periferia e o centro morre a isto chama-se partenogenese ( um metodo de reprodução assexuada similar ao da bananeira) portanto o chorão não é como a relva , não cobre totalmente o solo permitindo o aparecimento de especimes autocones.
para alem disso o chorão não mata as plantas que vivem perto dele.



Estás completamente enganado o chorão(carpobrotus edulis) é uma praga, pois tal como o MSantos , é o ter um rapido crescimento que vai arrasar com as espécies endémicas e foi á má politica de o pôr nas dunas que levou à sua expansão em deterimento do estorno menos bonito mas muito mais eficaz(que é praga na California).
E vou pôr um artigo, onde ele é causador de erosão.


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=484098


Vou pôr outro link que desfaz a tua percepção do chorão.


http://www1.ci.uc.pt/invasoras/files/1chorao-da-praia.pdf

Háá um pormenor importante na questão da acidificação do solo, pois algumas espécies só se adaptam a solos alcalinos(calcários, e o acidificar do solo, limita a expansão de certas espécies de solos alcalinos.

Isto no Ambiente e na introdução de espécies exóticas num determinado ambiente, é uma caixa de pandora, pois são tantas variaveis em jogo.
 

stormy

Super Célula
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na lagoa de santo andre o chorão tem um comportamento diferente sendo que nunce vi um tapete tão extenso como o das fotos do teu link.
mais uma vez as variaveis são incontaveis.
na lagoa de sto andre os chorões cohabitam no pinhal e não impedem o desenvolvimento das especies autocones sendo que o maior problema é mesmo a acacia mimosa.
 

belem

Cumulonimbus
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há especies e especies umas mais e outras menos agressivas.
os humanos são uma especie evasiva em muitos locais e bem pior que o mexilhão zebra ou a myrica faya, existem locais em que a introdução de certas especies foi benéfica e outros em que foi nefasta eu não apoio a introdução de especimes exoticos em portugal embora pense que por exemplo o chorão da areia seja uma especie que alem de exotica é optima na fixação das dunas e na manutenção de ambientes propicios a insectos sendo que estes podem abrigar-se nas suas raizes já quanto á acacia eu penso que ainda é pior que os eucaliptos pois reproduzem-se efusivamente de um modo totalmente descontrolado.
o ambiente está em desiquilibrio e eu acho que mais vale deixar tudo como está agora e ter mais cuidado com a venda e transporte de especimes exoticos do que começar a mexericar em sistemas dos quais pouco sabemos e acabar por piorar a situação.
boas:thumbsup:

É um tema bastante complexo este.
Existem espécies introduzidas cá que estão já tão enraízadas que fazem parte integrante dos nossos ecossistemas e até cultura( oliveira).
Outras que são um problema para espécies nativas e de forma alguma são benéficas ( acácia e perca-sol, por exemplo).
Em Portugal já temos mais de 50 espécies de aves tropicais introduzidas e aclimatadas!
Ainda não se sabe qual a dimensão e o impacto de tal acontecimento, mas felizmente até agora nada foi detectado. Eu já vi periquitos num jardim perto da Feira da Ribeira em Lisboa, a voar em bandos numerosos de palmeira para palmeira ( P. canariensis)! No Cais do Sodré durante a tarde fazem uma grande chilreada ( mas muito agradável). Uma coruja das torres , ganhou o hábito de apanhá-los, em vez dos habituais roedores. E um mocho-galego apanha as baratas que deambulam junto ao Tejo.
Já o lagostim-americano de água doce foi péssimo ( e ainda é) pois desaloja o nativo... Eu acho que ainda não vi o verdadeiro lagostim de água doce de Portugal... Em centenas de lagostins que já vi! E sou algo viajado.:(
A perca-sol é muito voraz, embora não extinga as espécies nativas, ocupa os seus lugares em muitos sectores aquáticos.
O peixe-gato-gigante já existe em Portugal ,concretamento no troço do Tejo internacional e ainda não foi registado qualquer impacto. O achigã foi introduzido assim como várias espécies de truta para engrossar a lista de espécies boas para pesca desportiva.
Como devem ter tido conhecimento uma rã enorme sul africana existe nas ribeiras de Oeiras graças ao descuido de algumas pessoas e pode ser vector de um vírus e competir com as espécies nativas.
Há casos perigosos e outros menos. Há até casos benéficos: um peixe americano ( Gambusia affinis) foi introduzido para combater o mosquito vector da malária em Portugal. A malária já foi erradicada mas o peixe ainda existe e não faz mal a nada ( já o vi e parece um guppy mais pálido).
O chorão em certos locais é problemático, noutros está integrado e não prejudica nada.
Temos assim uma lista de várias peixes, tartarugas, insectos, papagaios e plantas já de tal forma grande que é um fenómeno de grande escala e bastante real, tanto que muitas espécies já fazem parte da nossa fauna e flora.
É possível enumerar vários casos, benéficos ou não.
Eu acho, que como tu dizes, com o tempo a natureza decide quem fica. Tanto pode haver problemas com as espécies nativas como pode haver uma perfeita assimilação e convivência.
Eu acho que as introduções no caso de terem que ser feitas, têm que ser bem planeadas e tendo em vista nichos ecológicos para não criarem disputas entre exóticas e nativas.
No entanto, certas zonas, devem-se manter completamente intactas e primitivas.
Como disseste e muito bem, o próprio Homem é uma espécie exótica em muitos locais.
 

psm

Nimbostratus
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stormy

Super Célula
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É um tema bastante complexo este.
Existem espécies introduzidas cá que estão já tão enraízadas que fazem parte integrante dos nossos ecossistemas e até cultura( oliveira).
Outras que são um problema para espécies nativas e de forma alguma são benéficas ( acácia e perca-sol, por exemplo).
Em Portugal já temos mais de 50 espécies de aves tropicais introduzidas e aclimatadas!
Ainda não se sabe qual a dimensão e o impacto de tal acontecimento, mas felizmente até agora nada foi detectado. Eu já vi periquitos num jardim perto da Feira da Ribeira em Lisboa, a voar em bandos numerosos de palmeira para palmeira ( P. canariensis)! No Cais do Sodré durante a tarde fazem uma grande chilreada ( mas muito agradável). Uma coruja das torres , ganhou o hábito de apanhá-los, em vez dos habituais roedores. E um mocho-galego apanha as baratas que deambulam junto ao Tejo.
Já o lagostim-americano de água doce foi péssimo ( e ainda é) pois desaloja o nativo... Eu acho que ainda não vi o verdadeiro lagostim de água doce de Portugal... Em centenas de lagostins que já vi! E sou algo viajado.:(
A perca-sol é muito voraz, embora não extinga as espécies nativas, ocupa os seus lugares em muitos sectores aquáticos.
O peixe-gato-gigante já existe em Portugal ,concretamento no troço do Tejo internacional e ainda não foi registado qualquer impacto. O achigã foi introduzido assim como várias espécies de truta para engrossar a lista de espécies boas para pesca desportiva.
Como devem ter tido conhecimento uma rã enorme sul africana existe nas ribeiras de Oeiras graças ao descuido de algumas pessoas e pode ser vector de um vírus e competir com as espécies nativas.
Há casos perigosos e outros menos. Há até casos benéficos: um peixe americano ( Gambusia affinis) foi introduzido para combater o mosquito vector da malária em Portugal. A malária já foi erradicada mas o peixe ainda existe e não faz mal a nada ( já o vi e parece um guppy mais pálido).
O chorão em certos locais é problemático, noutros está integrado e não prejudica nada.
Temos assim uma lista de várias peixes, tartarugas, insectos, papagaios e plantas já de tal forma grande que é um fenómeno de grande escala e bastante real, tanto que muitas espécies já fazem parte da nossa fauna e flora.
É possível enumerar vários casos, benéficos ou não.
Eu acho, que como tu dizes, com o tempo a natureza decide quem fica. Tanto pode haver problemas com as espécies nativas como pode haver uma perfeita assimilação e convivência.
Eu acho que as introduções no caso de terem que ser feitas, têm que ser bem planeadas e tendo em vista nichos ecológicos para não criarem disputas entre exóticas e nativas.
No entanto, certas zonas, devem-se manter completamente intactas e primitivas.
Como disseste e muito bem, o próprio Homem é uma espécie exótica em muitos locais.

subscrevo na integra.
já viram o facto dos periquitos comerem as sementes de p.canarensis e das corujas comerem os propios periquitos é um optimo exemplo de adaptação entre tantos outros.
tambem já vi os periquitos a comerem flores de eucalipto e sementes de acacia o que achei optimo.
nao se pode afirmar que os especimes exoticos sao maus poius basta haver um exemplo do contrario que ficamos logo descredibilizados
boas:thumbsup:
 

psm

Nimbostratus
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estoril ,assafora
subscrevo na integra.
já viram o facto dos periquitos comerem as sementes de p.canarensis e das corujas comerem os propios periquitos é um optimo exemplo de adaptação entre tantos outros.
tambem já vi os periquitos a comerem flores de eucalipto e sementes de acacia o que achei optimo.
nao se pode afirmar que os especimes exoticos sao maus poius basta haver um exemplo do contrario que ficamos logo descredibilizados
boas:thumbsup:

Pois estás novamente enganado, os frutos da Phoenix canariensis não são comestiveis pois a drupa é muito dura, e elas crescem espontaneas e espalham-se pelos melros e gaios, pois pensam que são frutos de zambugeiros ou bolotas(tenho a experiencia de ver e constatar) e a sorte, é que elas são de fraco crescimento e diz-me onde é que se pode ver uma coruja na cidade.

O HOMEM PODE-SE MISTURAR COM DIVERSAS CREDOS, RAÇAS, COR , MAS NA NATUREZA O EQUILIBRIO DEMORA MUITO TEMPO A SE ESTABELECER, AO SE INTRODUZIR ESPÉCIES QUE NÃO SÃO DESSE SISTEMA ECOLÓGICO, faz um favor tenta ler e pesquisar na net ou compra livros sobre o tema para depois fundamentar e não pelo simples olhar.


Acerca do que o Belém escreveu de vários especimes estarem e não ter causado nunhum mal ecológico é meramente pura sorte.