Bioluminescência em Portugal

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Anexos

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E as espécies estivais, estão a aparecer em força, ainda que em Sintra, ainda se consigam ver os flashes do género Luciola.
Em Óbidos também e suponho que o mesmo se passe mais a Norte.
Encontrei esta (N. reichii) espécie no vale do Guadiana, quando lá fiz trabalho de campo e com temperaturas bem acima dos 40 graus eram bem comuns e pareciam ser abundantes, mesmo em locais com escassa vegetação.

Mais fotos da Ajuda (perto da Tapada):

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As fêmeas têm a habilidade de por vezes, fazerem quase todo o corpo brilhar, mas é um brilho menos intenso do que o produzido pelos órgãos luminosos com os quais atraem o macho.
Em caso de perturbação, brilham com duas pequenas lanternas, que herdaram da fase larvar.

No meio da fotografia, está um macho escondido:

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Este ano, vieram muito mais machos às armadilhas de luz, do que em anos anteriores (inclusive alguns exemplares de grandes dimensões).
A ideia é continuar a monitorizar a espécie, pois notava-se algum declínio, em algumas zonas.
 
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Já se transformou em adulta:


E foi avistado outro exemplar no dia 14 de Julho:



Notei um grande aumento de atividade da espécie nos últimos 5 dias, sendo até comum entrarem machos em casa (atraídos pela luz que passa através da porta).
Também já vieram duas larvas (fêmeas) para pupar dentro de casa.
 
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Entre 12 e 15 de Agosto, notou-se uma grande diminuição no número de pirilampos adultos (género Lampyris) observados.
É normal tendo em conta, a fase do ano (talvez apenas um pouco antes do normal, devido à secura e ao calor, deste verão, que aceleraram o metabolismo dos insetos, mas nada de grave).
Este ano foram observados mais pirilampos do que em anos anteriores.

Ainda aparecem alguns esporadicamente, (há 2 dias veio um macho até minha casa e uma fêmea de grandes dimensões esteve a brilhar mesmo junto à minha porta (entre os dias 20 e 22 de Agosto).
Deverá ter logrado acasalamento na última noite.

Aqui fica a pequena história da vida de um pirilampo (de larva a ovo), dividida em pequenos shorts:

Quando a encontrei:


Como coloquei há uns tempos em cima, a larva transformou-se nesta pupa:


Pupa numa fase mais avançada (2 dias depois iria emergir como uma fêmea adulta):


No dia em que emergiu:


A fêmea esteve um dia quase imóvel, sem brilhar, e depois no segundo dia aconteceu isto:


Mais um:


Atraiu 1 macho logo na primeira noite, acasalou e passados outros 2 dias, começou a desovar:


Quase 3 dias depois morreu (desovou até ficar como uma folha):


Aqui estão alguns dos ovos (e brilham bem à noite):


Mas a luz vem do muco protetor em que estão envolvidos.
Só mais tarde é que a luz será também produzida pelos embriões das larvas, que começam a brilhar, muito antes de sair dos ovos (naturalmente).
A ver se consigo captar a luz dos mesmos, mas terá que ser com uma boa câmera.
Quando nascerem as larvas, depois venho aqui fazer o update.
 
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