Olá Vince
Isto leva-nos de novo à questão: como aparecem as cargas na núvem? Será a nuvem de trovoada a geradora das cargas eléctricas ou será, antes, uma captadora das cargas existentes na atmosfera? (Estes conceitos também podem ser relativos)
Consoante haja gelo ou água, assim serão arrumadas as cargas. No topo as positivas, na base as negativas.
Se assim for, pode muito bem um nimbostrato, em determinadas condições, ter gelo (no topo) e água (na base) e então poderá haver lugar a uma descarga? Contudo, a haver uma descarga, esta não será muito violenta, pois o nimbostrato tem muito menos envergadura que um cumulonimbus, além de ser uma núvem de ambiente mais estável (um cumulonimbus que se tenha sobreposto ao nimbostrato? Isso sucede nas frentes oclusas. Nas quentes... não sei. Mas o tipo de precipitação, naquela noite, não era a de um cumulonimbus...
Edit: Não me esqueço, já há muitos anos, de um único relâmpago havido numa noite de chuva miúda e contínua. No dia seguinte, o metereologista, na televisão, disse que o País tinha sido atravessado por uma frente quente que tinha dado origem a algumas trovoadas. De facto, vendo o mapa que ele apresentava para a situação anterior, havia uma superfície frontal quente sobre o País, separada de uma fria, sobre o Atlântico, por um relativamente amplo sector quente.