CLIMA.AML - Rede de Monitorização e de Alerta Meteorológico

guisilva5000

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16 Set 2014
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Tópico para seguimento do projeto CLIMA.AML - Rede de Monitorização e de Alerta Meteorológico na Área Metropolitana de Lisboa.

MUNICIPIOS - LOCAIS:

Alcochete - Estaleiro Municipal (serviços operacionais)
Almada - Complexo Municipal dos Desportos da Cidade de Almada, Laranjeiro
Amadora - Sede dos Paços do Concelho da Amadora
Barreiro - Sede dos Transportes Colectivos do Barreiro
Cascais - Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal, São Pedro do Estoril
Lisboa - Cemitério de Carnide (edifício administrativo)
Loures - Escola Básica Luís Sttau Monteiro
Mafra - Edifício da Junta de Freguesia de Cheleiros
Moita - Piscina Municipal de Alhos Vedros
Montijo - Edifício dos Serviços Técnicos da CM Montijo
Odivelas - Edifício da Junta de Freguesia de Odivelas no Parque Urbano do Silvado
Oeiras - Biblioteca Municipal de Oeiras (edifício da Assembleia Municipal)
Palmela - Biblioteca Municipal do Pinhal Novo
Seixal - Centro Distribuidor de Água de Santa Marta de Corroios
Sesimbra - Polo do Conde 2, EB nº 2 da Quinta do Conde
Setúbal - Edifício Ciprestes (edifício municipal)
Sintra - Escola Básica e Secundária Mestre Domingos Saraiva, Algueirão-Mem Martins
Vila Franca de Xira - Pavilhão Multiusos de Vila Franca de Xira

Apresentação do projeto.

O CLIMA.AML visa criar uma solução integrada que permita a monitorização meteorológica através de uma rede metropolitana de sensores certificados e uma plataforma online de consulta de informação, para conhecer os padrões associados às alterações climáticas e os impactes nas comunidades locais. Com isto, reforçam-se processos de decisão com base no modelo de gestão e disseminação de informação em tempo real, e em simultâneo, agregar métricas fundamentais para compreender a evolução do clima e promover a adaptação.
O Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas da Área Metropolitana de Lisboa (PMAAC-AML) testemunha a importância e envolvimento de todos os municípios na conceção e aplicação dos princípios de ação e governança, para reduzir a vulnerabilidade e adaptar a área metropolitana de Lisboa às alterações climáticas.

A Área Metropolitana de Lisboa (AML) foi selecionada para implementar o projeto CLIMA.AML: Rede de Monitorização e Alerta Meteorológico Metropolitano, no âmbito do programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono, operado pela Secretaria-Geral do Ambiente e da Ação Climática e financiado pelos EEA Grants 2014-2021.

O projeto CLIMA.AML tem como objetivo a criação de uma solução integrada para a monitorização meteorológica em contexto urbano. Será concretizado através de uma rede metropolitana de 18 estações meteorológicas, uma em cada um dos municípios da AML, nove micro-sensores de medição urbana, e uma plataforma online, que analisará todos os dados e informações essenciais de suporte à monitorização e avaliação dos dados meteorológicos.

Para a implementação do CLIMA.AML, o projeto conta com o envolvimento de todos os municípios da AML. A AML, na qualidade de promotor do projeto, conta com a parceria institucional da BIOTEXT (entidade norueguesa), das Câmaras Municipais de Almada e Lisboa, bem como da Cascais Ambiente e do Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano (CEDRU). O projeto CLIMA.AML conta ainda com o apoio institucional do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), com o Norwegian Meteorological Institute e com a Rede de Municípios para a Adaptação Local às Alterações Climáticas. Estas entidades contribuirão com a sua experiência acumulada relativamente à recolha e disponibilização de dados meteorológicos à escala local, e à evolução dos impactos e eventos resultantes das alterações climáticas, os quais, progressivamente, se têm vindo a registar com maior intensidade na área metropolitana de Lisboa.

Com um orçamento global de 193.195,31Euros e cofinanciado em 85% pelo EEA Grants, o CLIMA.AML será desenvolvido ao longo de 30 meses (até a final do 1º semestre de 2023).
 


guisilva5000

Super Célula
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16 Set 2014
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Na minha opinião, preferia ver os sensores a nível do solo e não no topo de prédios. Percebo que as câmaras só possam usar património municipal (como se percebe pela lista), mas a Amadora com tantas escolas foi escolher o prédio da Câmara para o sensor, mesmo junto à estação de comboios? Com um terreno tão bom e espaçoso nos ex-Comandos, não percebo esta decisão.

Muitos dos locais de outros munícipios parecem seguir o mesmo raciocínio que a Amadora, já outros parecem ter locais muito interessantes, como é o caso de Cascais, Mafra e Lisboa.
 
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Toby

Nimbostratus
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25 Mar 2011
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Alcobaca (160 m)
Na minha opinião, preferia ver os sensores a nível do solo e não no topo de prédios. Percebo que as câmaras só possam usar património municipal (como se percebe pela lista), mas a Amadora com tantas escolas foi escolher o prédio da Câmara para o sensor, mesmo junto à estação de comboios? Com um terreno tão bom e espaçoso nos ex-Comandos, não percebo esta decisão.

Muitos dos locais de outros munícipios parecem seguir o mesmo raciocínio que a Amadora, já outros parecem ter locais muito interessantes, como é o caso de Cascais, Mafra e Lisboa.
Bom dia,

Sim, é uma pena, utilizando um 6332 (180 euros) teria permitido separar o ISS do anemómetro.
Com o instituto norueguês como parceiro, há uma esperança de que os dados estejam em opendata e não apenas nos valores instantâneos.
 

jonas_87

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11 Mar 2012
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.
@guisilva5000 obrigado pela partilha.

Em relação à estação de Cascais, e conhecendo bem o clima do concelho,não acho nada de especial esse sítio(percebo perfeitamente e concordo com a tua ideia dos locais a instalar estações) na minha opinião era mais produtivo colocar uma estação no extremo norte do concelho onde aí todos podíamos ter acesso aos ventos surreais. Em segundo caso em áreas de vale , como por exemplo na quinta do Pisão.
Em relação a Mafra, a escolha é interessante pois Cheleiros é uma aldeia bem fria por acção do vale do Lizandro.
 
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AnDré

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22 Nov 2007
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Odivelas (140m) / Várzea da Serra (930m)
Percebo que enquanto amantes de fenómenos extremos e conhecedores das nossas áreas de residência, gostássemos que as estações fossem instaladas em locais "interessantes".
No entanto o projeto tem como objetivo monitorizar o clima em área urbana, e não estudar/verificar os extremos de cada concelho. Ou seja, para o projeto, faz sentido que as estações se situem em locais densamente povoados.
Em locais densamente povoados, é difícil encontrar espaços abertos e seguros (sem que os edifícios e árvores que inviabilizem as medições e minimamente resguardadas de vandalismo) e ao mesmo tempo com internet de modo a que a monitorização seja em tempo real. Basta olhar para as estações amadoras. Onde é que a maioria está instalada?

Agora, o que não percebo é o tempo de monitorização/projeto. Ano e meio de medições é pouco em climatologia e nada para o estudo de alterações climáticas. Espero que se prolongue pelo menos por 30 anos. :p

Do que percebi, os dados estarão acessíveis para todos. Espero que sim.
 

Toby

Nimbostratus
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25 Mar 2011
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Alcobaca (160 m)
Se as estações estiverem nos pedidos API, será agradável.
Exemplo rápido:

2021-11-30_14-37-33.jpg


2021-11-30_14-36-32.jpg
 

Duarte Sousa

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Loures

AMBIENTE​

Loures recebe estação meteorológica no âmbito do projeto CLIMA.AML

02.12.2021
O Município de Loures recebeu, no passado dia 26 de novembro, a sua estação meteorológica, instalada na Escola Básica Luís Sttau Monteiro, em Loures, que integra o projeto CLIMA.AML – Rede de Monitorização e de Alerta Meteorológico Metropolitano, coordenado pela Área Metropolitana de Lisboa (AML).

Loures recebe estação meteorológica no âmbito do projeto CLIMA.AML 1



Trata-se de uma estação meteorológica que irá fazer parte de uma rede com 18 estações (uma por cada município que integra a AML), nove microssensores de medição urbana e uma plataforma online, que funcionará em complementaridade com a rede do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), permitindo conhecer os padrões associados às alterações climáticas e os impactes nas comunidades locais.

A instalação da estação meteorológica insere-se no âmbito do projeto CLIMA.AML – Rede de Monitorização e de Alerta Meteorológico Metropolitano que, por sua vez, integra as atividades decorrentes do Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas da AML, contribuindo também para os objetivos do Plano de Ação Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas de Loures.

Este projeto, do qual o Município é parceiro, visa criar uma solução integrada que permita a monitorização meteorológica, através da qual se pretende reforçar processos de decisão com base no modelo de gestão e disseminação de informação em tempo real e, em simultâneo, agregar métricas fundamentais para compreender a evolução do clima e promover a respetiva adaptação.

O CLIMA.AML está inserido no programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono, operado pela Secretaria-Geral do Ambiente e Ação Climática, e é financiado pelos EEA Grants 2014-2021.

O projeto, que está a ser implementado na AML desde março, decorrerá até ao final do primeiro semestre de 2023, e integra os 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa.

 

guisilva5000

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Plataforma lançada, user interface um bocado rústico... Precisa de trabalho. Parece ter dados desde Dezembro!


Código das 18 estações para acesso mais rápido (https://clima.aml.pt/page/publico/station/XX/dashboard):

Alcochete: 29
Almada (C. D. Laranjeiro): 27
Amadora (Estação): 33
Barreiro (Sede TCB): 38
Cascais (Pedra do Sal, S. P. Estoril): 28
Lisboa (Cemitério Carnide): 32
Loures (EB 2/3 Sttau Monteiro): 36
Mafra (Cheleiros): 35
Moita (Alhos Vedros): 40
Montijo (Mercado): 43
Odivelas (B. Patameiras, vale da CRIL): 34
Oeiras (Biblioteca Municipal): 30
Palmela (Pinhal Novo): 42
Seixal (Santa Marta de Corroios): 39
Sesimbra (Quinta do Conde): 41
Setúbal (Estação): 37
Sintra (EB 2/3 Algueirão): 31
Vila Franca de Xira (Parque Urbano): 44
 

guisilva5000

Super Célula
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16 Set 2014
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Acho que faz sentido colocar isto no tópico. Dei agora com este estudo sobre o Índice de Calor Urbano em Lisboa. Muito interessante.

8pnVjnc.png


A estação de referência foi a da Portela. Dá para perceber porque é que certas estações, como a da Tapada e Amoreiras, estão sempre 1 a 2ºC acima da Portela.

Também tem uma análise de clusters para as estações térmicas em Lisboa, incluindo as datas normais de início e fim, baseando-se em dados da Portela de 2009 a 2018:

qAebXvq.png


Era bom se a estação do CLIMA.AML de Lisboa não estivesse em Carnide, é uma zona alta sem influência do calor urbano. Pelo estudo, locais como o PdN e a baixa seriam mais interessantes.
 

"Charneca" Mundial

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28 Nov 2018
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Corroios (cota 26); Aroeira (cota 59)
Acho que faz sentido colocar isto no tópico. Dei agora com este estudo sobre o Índice de Calor Urbano em Lisboa. Muito interessante.

8pnVjnc.png


A estação de referência foi a da Portela. Dá para perceber porque é que certas estações, como a da Tapada e Amoreiras, estão sempre 1 a 2ºC acima da Portela.

Também tem uma análise de clusters para as estações térmicas em Lisboa, incluindo as datas normais de início e fim, baseando-se em dados da Portela de 2009 a 2018:

qAebXvq.png


Era bom se a estação do CLIMA.AML de Lisboa não estivesse em Carnide, é uma zona alta sem influência do calor urbano. Pelo estudo, locais como o PdN e a baixa seriam mais interessantes.
Isso também não será mais devido ao efeito Föhn? É que, tendo em conta as características geográficas da Península de Lisboa e a localização da cidade, é mais certo que as grandes anomalias de temperatura na margem do Tejo tenham a ver com isto. Acredito que o efeito de ilha de calor possa influenciar certamente as temperaturas (e na zona de Benfica ou de Telheiras parece ser o que mais influencia), no entanto o efeito Foehn é claramente mais evidente na maioria das zonas da cidade com amplitude positiva das temperaturas, e aconteceria na mesma se não houvesse casas por lá: :unsure:
https://en.wikipedia.org/wiki/Foehn_wind

De facto, durante o verão, a temperatura máxima/mínima em Lisboa e na maioria dos pontos da Margem Sul (tirando os da costa) não é muito distinta. A grande diferença está muitas vezes no vento - enquanto que em Lisboa a nortada costuma ser intensa, na Margem Sul geralmente é fraquinha (mais uma vez, tirando perto do litoral). :)
 
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guisilva5000

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Isso também não será mais devido ao efeito Föhn? É que, tendo em conta as características geográficas da Península de Lisboa e a localização da cidade, é mais certo que as grandes anomalias de temperatura na margem do Tejo tenham a ver com isto. Acredito que o efeito de ilha de calor possa influenciar certamente as temperaturas (e na zona de Benfica ou de Telheiras parece ser o que mais influencia), no entanto o efeito Foehn é claramente mais evidente na maioria das zonas da cidade com amplitude positiva das temperaturas, e aconteceria na mesma se não houvesse casas por lá: :unsure:
https://en.wikipedia.org/wiki/Foehn_wind

De facto, durante o verão, a temperatura máxima/mínima em Lisboa e na maioria dos pontos da Margem Sul (tirando os da costa) não é muito distinta. A grande diferença está muitas vezes no vento - enquanto que em Lisboa a nortada costuma ser intensa, na Margem Sul geralmente é fraquinha (mais uma vez, tirando perto do litoral). :)
É tudo muito complexo. Climatologicamente, quando mais junto ao Tejo mais quente, isso é verdade. Contudo, a malha urbana de Lisboa e a circulação de veiculos inflaciona os valores de temperatura, principalmente nas principais avenidas e na baixa. Da Portela até ao Rossio não tens uma montanha para o efeito de Foehn se justificar. Tens uma descida de cota, claro. É evidente que o calor fica "preso" nesta malha sem a circulação do vento, quando comparada com a Portela que é praticamente um campo aberto. Como é que justificas que nas colinas de Lisboa, praticamente à mesma cota da Portela, haja uma temperatura maior? (O exemplo da estação do IPMA das Amoreiras). Toda a radiação que atinge o alcatrão, a calçada, os edíficios, os carros, as milhares de pessoas e turistas, vai obviamente aquecer o ar à sua volta. Com a malha urbana restrita a servir de barreira, o vento é praticamente inexistente, não há forma de "renovar" o ar com a nortada fresca. A única forma é pela convecção natural. Isto tem consequências como um arrefecimento mais lento ao final do dia em zonas sem vento. (e.g: em dias de Verão, a Baixa é praticamente uma sauna).

Eles também fizeram o mapa das Ondas de Calor (creio que em modo lestada) e nota-se claramente a Avenida Almirante Reis e a baixa:

b7WeqQu.png
 
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StormRic

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Póvoa de S.Iria (alt. 140m)
Eles também fizeram o mapa das Ondas de Calor (creio que em modo lestada) e nota-se claramente a Avenida Almirante Reis e a baixa:

E a notável "mini-ilha de calor" do Parque das Nações, zona em que a concentração de altos edifícios e surperfícies reflectoras deve ser das mais elevadas de toda a AML.
 

"Charneca" Mundial

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Da Portela até ao Rossio não tens uma montanha para o efeito de Foehn se justificar.
Existe sim, e começa fora do concelho de Lisboa. De certa forma todo o concelho de Lisboa está na encosta sul do Maciço Estremenho, um grupo de montes que fazem com que o clima da capital seja bem diferente daquele que existe em Mafra ou Torres Vedras (e isso sempre foi assim ao longo da História, não tem nada a ver com ilhas de calor). :D

Como é que justificas que nas colinas de Lisboa, praticamente à mesma cota da Portela, haja uma temperatura maior?
Eu disse na minha mensagem anterior que, de facto, há zonas onde se nota claramente que ocorre o fenómeno de ilhas de calor - nunca neguei a existência de tal fenómeno meteorológico. ;)

Com a malha urbana restrita a servir de barreira, o vento é praticamente inexistente, não há forma de "renovar" o ar com a nortada fresca. A única forma é pela convecção natural. Isto tem consequências como um arrefecimento mais lento ao final do dia em zonas sem vento. (e.g: em dias de Verão, a Baixa é praticamente uma sauna).

Eles também fizeram o mapa das Ondas de Calor (creio que em modo lestada) e nota-se claramente a Avenida Almirante Reis e a baixa:
Esqueces-te de que o relevo no centro de Lisboa não é regular, e que o relevo irregular, de certa forma, também faz de barreira. Um exemplo claro disso é nos miradouros: aí teoricamente não há barreira para a nortada, no entanto, e mesmo com um pouco mais de vento, a temperatura nunca é muito distinta da da Baixa. :intrigante:
Volto a dizer: claramente as ilhas de calor influenciam nas anomalias de temperatura, mas a tendência de zonas à beira do rio serem mais quentes que as zonas mais elevadas tem também outra explicação (não é só a das ilhas de calor).
 
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