O Centro de Ciência Viva mostra, desde ontem(2007-06-30) em Bragança, como na combinação entre novas tecnologias e ambiente pode estar a solução para combater o frio dos gélidos Invernos e o calor dos tórridos verões transmontanos.
As preocupações ambientais são a temática deste novo espaço concebido a pensar nas características da região de Bragança, com um dos climas mais extremos de Portugal.
O centro de Ciência Viva de Bragança custou 3, 5 milhões de euros, é o 14º de uma rede nacional e foi inaugurado ontem pelo ministro da Ciência e da Tecnologia, Mariano Gago. É constituído por dois edifícios, um antigo moinho recuperado para Casa da Seda e um novo criado a partir de uma antiga central hidroeléctrica.
O Centro está inserido no espaço Polis, junto ao rio Fervença, e o ambiente é o ponto de partida para as diferentes experiências. As curiosidades começam na arquitectura, apresentada como inovadora, já que o edifício principal foi pensado para atingir “uma interacção óptima entre a arquitectura e as condições climáticas envolventes”, segundo o gabinete de imprensa da Câmara de Bragança, parceira no projecto.
Enquanto a generalidade da população local necessita de recorrer a aquecimento ou ar condicionado para combater o frio e o calor, neste edifício a climatização é feita a partir de sistemas que aproveitam as condições naturais. Para aquecer o edifício, sempre que o sol incide sobre a fachada, é feita a captação directa de energia solar térmica e recirculação do ar interior do edifício de uma forma natural, colocando-o em contacto com uma superfície de aço. O arrefecimento processa-se também a partir da ventilação natural, com a circulação do ar através de aberturas junto ao pavimento, durante a noite.
O espaço dispõe ainda de uma terceira alternativa para as duas soluções, através de pavimento radiante.