As causas da Pequena Era Glaciar (PEG) que atingiu o hemisfério Norte no início do século XV, e que durante 400 anos fez cair a temperatura na Europa, nunca foram muito claras. Isso está, no entanto, a mudar. E a explicação agora mais consistente, a de que a corrente do Golfo diminuiu de intensidade, reforça a tese de que o aquecimento global pode, afinal, dar origem a outra era glaciar.
Nem mais, nem menos, a tese do hollywodesco The Day After Tomorrow (O Dia Depois de Amanhã), descontados os exageros do filme.
A tese mais forte para explicar a PEG, que se prolongou entre 1400 e 1850 no hemisfério Norte (há relatos históricos do Tamisa congelado em Londres, durante invernos seguidos), é a de que ocorreu por essa altura uma diminuição da intensidade da corrente quente do golfo.
De acordo com um estudo publicado na edição de hoje da revista Nature, esta massa de água mais quente, que corre de Sul para Norte no Atlântico e contribui para amenizar o inverno no Velho Continente, terá sofrido uma diminuição de intensidade durante aquele período, desempenhando um papel-chave na Pequena Era Glaciar.
Os dados recolhidos por uma equipa coordenada pelo oceanógrafo David Lund, do Massachussets Institute of Technology (MIT), nos EUA, apontam para que o volume de água transportado pela corrente do golfo nesse período era da ordem dos três milhões de metros cúbicos por segundo. Esse volume é actualmente de 31 milhões de metros cúbicos por segundo, ou seja, quase dez vezes mais.
Dada a complexidade do clima terrestre, que é regulado entre outros mecanismos por uma estreita relação de causas e efeitos entre a circulação oceânica e a circulação atmosférica, uma hipótese que os climatologistas têm colocado sobre a mesa é a de o actual aquecimento global poder provocar uma diminuição, ou mesmo interrupção, desta corrente quente do golfo.
A acontecer, e por mais paradoxal que isso pareça, poderia ocorrer então uma nova pequena (ou grande) era glaciar.
Para obter os dados publicados na Nature, a equipa estudou a composição química de restos fossilizados de foraminíferas (espécies que entram na composição do plâncton) encontrados em sedimentos calcários, para reconstituir a salinidade na corrente do golfo, naquela época.
In DN
Nem mais, nem menos, a tese do hollywodesco The Day After Tomorrow (O Dia Depois de Amanhã), descontados os exageros do filme.
A tese mais forte para explicar a PEG, que se prolongou entre 1400 e 1850 no hemisfério Norte (há relatos históricos do Tamisa congelado em Londres, durante invernos seguidos), é a de que ocorreu por essa altura uma diminuição da intensidade da corrente quente do golfo.
De acordo com um estudo publicado na edição de hoje da revista Nature, esta massa de água mais quente, que corre de Sul para Norte no Atlântico e contribui para amenizar o inverno no Velho Continente, terá sofrido uma diminuição de intensidade durante aquele período, desempenhando um papel-chave na Pequena Era Glaciar.
Os dados recolhidos por uma equipa coordenada pelo oceanógrafo David Lund, do Massachussets Institute of Technology (MIT), nos EUA, apontam para que o volume de água transportado pela corrente do golfo nesse período era da ordem dos três milhões de metros cúbicos por segundo. Esse volume é actualmente de 31 milhões de metros cúbicos por segundo, ou seja, quase dez vezes mais.
Dada a complexidade do clima terrestre, que é regulado entre outros mecanismos por uma estreita relação de causas e efeitos entre a circulação oceânica e a circulação atmosférica, uma hipótese que os climatologistas têm colocado sobre a mesa é a de o actual aquecimento global poder provocar uma diminuição, ou mesmo interrupção, desta corrente quente do golfo.
A acontecer, e por mais paradoxal que isso pareça, poderia ocorrer então uma nova pequena (ou grande) era glaciar.
Para obter os dados publicados na Nature, a equipa estudou a composição química de restos fossilizados de foraminíferas (espécies que entram na composição do plâncton) encontrados em sedimentos calcários, para reconstituir a salinidade na corrente do golfo, naquela época.
In DN