Crise sismo-vulcânica São Jorge (Açores) 2022

O vídeo publicado acima pelo colega Afgdr também já tinha sido aqui colocado.

@Açor , os vídeos são distintos. Não colocaria um vídeo repetido se alguém o já tivesse feito, não faria qualquer sentido. O vídeo a que te referes foi o que o @lserpa postou há uns dias, feito pelo mesmo autor, noutro dia, com outros conteúdos, basta ver o vídeo. O que acontece, de facto, é que as miniaturas são iguais, apenas isso (cf. https://www.youtube.com/c/GeologyHub/videos)

O outro vídeo em questão:

Para terem noção do historial vulcânico de São Jorge.

Este vídeo não afirma que é uma intrusão, falta sempre a confirmação do tipo de actividade.




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Ainda não aconteceu nada.
Ninguém sabe o que pode acontecer. Bom é estar alerta e de prevenção, mas esta coisa de viver um drama antecipado só mesmo neste país.
O prazer de viver uma catástrofe não anunciada. Ainda falam em "resiliência"...
A diferença entre os Açores e as Canárias é lembrarmos nos o quão longuissima e furiosa foi a erupção do vulcão de La Palma. Esteve mais de 3 meses activo, destruiu mais de 2.600 casas e a lava aumentou em 43 h a ilha espanhola.
A erupção só terminou no passado mês de Dezembro, há apenas 3 meses, e a vida continuou...
Não sejamos "catastróficos" antes do tempo!
 
Segundo o geólogo Dr. José Madeira, não há risco iminente de uma real erupção em São Jorge.
Esta notícia certamente irá frustrar todas as expectativas daqueles que estão à espera que o vulcão arrebente.

 
Segundo o geólogo Dr. José Madeira, não há risco iminente de uma real erupção em São Jorge.
Esta notícia certamente irá frustrar todas as expectativas daqueles que estão à espera que o vulcão arrebente.


A entrevista tem 3 dias, desde então novas informações foram divulgadas, bem como alerta aumentado para V4

"Por enquanto, não há qualquer sismicidade com características de movimentação de fluidos magmáticos, que têm um sinal distinto dos sismos tectónicos, resultantes da fraturação da rocha. Os sismos que têm sido registados têm características puramente tectónicas. Não há qualquer evidência de estar iminente uma erupção."

Já está um pouco outdated. Mas continua a ser uma entrevista interessante. (E também já aqui partilhada...)
 
É muito complicado fazer um mapa "3D" com profundidade, latitude/longitude. E depois a magnitude representada na dimensão da esfera. E a data/período da ocorrência, na cor da esfera (semana 1, ..., semana n)
Claro que idealmente com todos os sismos mesmo os mais pequenos, que pelo que percebi não são revelados?

Algo deste género

bISjNBr.png

Com tempo e dados faz se tudo!

O problema começa logo nos dados..
O IPMA partilha os seus dados por uma API (obrigado ao @Oliveiraj ), mas apenas eventos com magnitude superior a 2.
Através do CIVISA consegue se obter o XML que utilizam no mapa, também com eventos de magnitude superior a 2, mas com outra limitação de não partilharem a profundidade.

Sismos com magnitude superior a 2 dá para ter uma ideia do que se passa, mas neste tipo de sismicidade, grande maioria da sismicidade é inferior a magnitude 2.

O gráfico ficou muito bom @ecobcg ! Tens o gráfico partilhado na web para podermos consultar?
 
Excelente especial informação por parte da RTP Açores. Isto sim é informação e esclarecimento.

Conhecimento científico em cima da mesa e de forma transparente.

Falaram já abertamente em intrusão magmática e caiu por terra a teoria oficial inicial de sismos exclusivamente tectónicos. Aquilo que sempre disse e defendi desde a primeira hora.

A intrusão magmática ainda é profunda e não se sabe quando chegará á superfície, ou se chegará. A meu ver chegará, será uma questão de tempo.

Os sismos estão a ocorrer por fraturamento e quebra de rocha resultante da pressão magmática, que por sua, à medida que a rocha vai quebrando, o mesmo magma funciona como lubrificante fluído e térmico para permitir mais deslocamento e fraturamento de rocha.
Tal como defendo desde o primeiro momento, é certamente o magma que está no comando da crise sísmica.

De momento e muito bem, a principal e grande preocupação de momento é a possibilidade da ocorrência de sismos de maior magnitude.


Video em:


Sim, tenho estado em contacto estreito com o geólogo, autor desses vídeos.

Vou dando alguma informação sobre o desenvolvimento da situação.


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São Jorge, uma ilha com medo da catástrofe: “Já se foi tudo embora, aqui ninguém quer ficar”​


24 de Março de 2022, 22:48.

Vários habitantes das Velas estão a abandonar as suas casas. Rumam ao outro concelho da ilha ou para outras paragens do arquipélago perante a iminência de um sismo de grande magnitude ou de uma erupção vulcânica.


De lágrimas cavadas no rosto, Natércia Fernandes está abraçada às filhas à entrada do aeroporto de São Jorge, nos Açores. Uma tem nove anos, a outra 19 meses. É um abraço penoso, que marca uma despedida sem data de regresso. A crise sismovulcânica que está a abalar a ilha levou-a a tomar a decisão “mais difícil que podia imaginar”.

Notícia paga:



Cinco sismos sentidos pela população nas últimas horas na ilha de São Jorge.​


O CIVISA divulgou que entre as 22h locais de quinta-feira e as 10h desta sexta-feira foram sentidos cinco sismos com magnitudes entre os 2,1 e 2,8 na escala de Richter.

Lusa 25 de Março de 2022, 13:58


O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) revelou esta sexta-feira que, nas últimas horas, foram sentidos cinco sismos pela população da ilha de São Jorge, acrescentando que a actividade sísmica continua “acima do normal”.

Num comunicado divulgado no seu site, o CIVISA revela que, entre as 22h locais (23h em Lisboa) de quinta-feira e as 10h desta sexta-feira foram “sentidos cinco sismos” pela população, com magnitudes entre os 2,1 e os 2,8 na escala de Richter e intensidade máxima entre III e IV na escala de Mercalli modificada.


Os sismos foram sentidos na vila das Velas e nas freguesias de Urzelina, Rosais, Santo Amaro e Norte Grande, na ilha de São Jorge. O mais recente, registado às 8h10 locais, foi sentido também em São Roque, na ilha do Pico.

Segundo o CIVISA, a actividade sísmica na parte central da ilha de São Jorge, que se regista “ao longo de uma faixa com direcção WNW-ESE [oés-noroeste/lés-sudeste], num sector compreendido entre Velas e Fajã do Ouvidor, continua acima do normal”.

A crise sismovulcânica em São Jorge iniciou-se às 16h05 de sábado e, desde então, o CIVISA já registou milhares de sismos de baixa magnitude, tendo sido sentidos pela população mais de 170.


Na quarta-feira, o CIVISA elevou o nível de alerta vulcânico na ilha de São Jorge para V4 (de um total de cinco), o que significa “possibilidade real de erupção”. Perante este cenário, o executivo açoriano recomendou à população com maiores vulnerabilidades da principal zona afectada na ilha de São Jorge (entre a Fajã das Almas e as Velas) que abandone as suas casas.


Segundo o presidente do CIVISA, Rui Marques, a precipitação, conjugada com a crise sísmica, pode provocar desabamentos em São Jorge. O executivo açoriano decidiu, por isso, proibir o acesso às fajãs do concelho das Velas e retirar os habitantes que lá vivem.

O Plano Regional de Emergência da Proteçcão Civil dos Açores e os planos de emergência municipais dos dois concelhos da ilha (Velas e Calheta) foram activados.


 
É sempre subjetivo… o fracturar da Rocha nunca é linear.
A faixa activa tem cerca de 20km.
La Palma teve 1 crise sísmica antes da erupção mas isso não significa nada.
Sabemos que até ao momento está a acontecer um reajuste na crosta terrestre.
Muito se tem investido nessa área, há hoje muitos meios que permitem recolher dados, mas a dúvida quanto à ocorrência ou não de uma erupção permanece.
Quanto à ocorrência de um grande sismo parede menos provável, uma vez que a energia envolvida tem se libertado a cada pequeno sismo.
 
O risco existe, mas parece me que estão a empolar as coisas.
Não é a primeira vez que isto acontece.
É normal haverem crises sísmicas desta natureza nas ilhas açorianas.
Pode não ser nada, ou pode ser muito mau, mas até ao momento não há dados que permitam afirmar que um mega terramoto ou uma grande erupção irão acontecer, embora o risco esteja lá.
 
O risco existe, mas parece me que estão a empolar as coisas.
Não é a primeira vez que isto acontece.
É normal haverem crises sísmicas desta natureza nas ilhas açorianas.
Pode não ser nada, ou pode ser muito mau, mas até ao momento não há dados que permitam afirmar que um mega terramoto ou uma grande erupção irão acontecer, embora o risco esteja lá.

Já todos sabemos!
E fartam-se de dizer isso na tv…




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Com tempo e dados faz se tudo!

O problema começa logo nos dados..
O IPMA partilha os seus dados por uma API (obrigado ao @Oliveiraj ), mas apenas eventos com magnitude superior a 2.
Através do CIVISA consegue se obter o XML que utilizam no mapa, também com eventos de magnitude superior a 2, mas com outra limitação de não partilharem a profundidade.

Sismos com magnitude superior a 2 dá para ter uma ideia do que se passa, mas neste tipo de sismicidade, grande maioria da sismicidade é inferior a magnitude 2.

O gráfico ficou muito bom @ecobcg ! Tens o gráfico partilhado na web para podermos consultar?

Obrigado.
Não, coloquei aqui só e partilhei no twitter. Não o tenho em mais lado nenhum para já.