E agora o que se seguirá até final do ano?

olheiro

Cumulus
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18 Nov 2007
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Depois de um Outubro seco e quente , vivemos um Novembro com dois/três dias de chuva moderada a forte, previsìvelmente alguns aguaceiros nas próximas horas e alguma probabilidade de tempo frio nos próximos dias....

Mas depois, a acreditar nos modelos mais conhecidos....a bonança estará para durar. Apetece repetir o título do famoso livro do Erich Maria Remarque "A Oeste nada de novo?"... :)
 


olheiro

Cumulus
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18 Nov 2007
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Santo Estêvão - Santarém
como não possuo conhecimentos técnicos que me habilitem a debitar qualquer bitaite sobre a previsível evolução do estado do tempo embora acompanhe a meteorologia com toda a atenção, também aposto (por palpite) num mês de Dezembro seco e frio......:thumbsup:
 

RMira

Nimbostratus
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24 Nov 2006
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Setúbal
Olá olheiro, bem vindo ao fórum! Apresenta-te no tópico das apresentações! A idade não tem qualquer tipo de problema, até nos ajuda pela maior experiência com as condições meteorológicas :)

Quanto a pergunta, é o buzilis da questão. O que vai acontecer? Bem, só podemos fazer duas coisas:

1 - Ir analisando os modelos que, infelizmente, só nos dão uma ideia a 15 dias e mesmo assim muito fraca:

2 - Analisar estatisticamente os anos semelhantes ao que estamos a viver e nesse aspecto dado que estamos perante um fenómeno El Niña relativamente fraco, podemos comparar com anos como 1956-57, 1971-72 ou mesmo 1974-75. De facto e salvo excepções estes foram anos em que o Outono foi muito seco e até à última semana de Dezembro/1ª de Janeiro foi praticamente o céu limpo e tempo frio, sendo que nessa altura se deu a mudança de padrão para tempo instável com aproximação de frentes frias sucessivas até meados da 3ª semana de Janeiro. Eu apontava para algo do mesmo género, apesar dos modelos até ontem terem mostrado (principalmente o ECMWF) a hipótese do A fugir para as caraíbas, algo que já corrigiu e não vai acontecer para breve.

Cumprimentos
 

Jota 21

Cumulus
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20 Set 2007
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Sintra
Aqui há uns dias fiz a analogia entre o Anticiclone dos Açores e a Hidra das sete cabeças da mitologia Grega. O AA de vez em quando permite que situações como a dos últimos dias aconteçam mas depressa volta a intensificar-se e voltamos á situação que se viveu entre fins de Outubro e 19 de Novembro.
Acredito que depois desta situação actual passar voltamos ao mesmo, ou seja céu limpo, nada de chuva e a única diferença para os últimos tempo (exceptuando estes últimos dias) vai ser a descida de temperaturas. Espero estar enganado, claro...
 

HotSpot

Cumulonimbus
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20 Nov 2006
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Moita, Setubal
Hmmmm, isto de tentar ser a "Maya" da meteorologia é complicado.

Diz-me a experiência (pouca) para ligar ZERO às previsões sazonais mas deixo aqui a minha.

"ou vai ser seco e frio ou húmido e ameno" pronto já acertei. :w00t:
 

Agreste

Furacão
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29 Out 2007
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Terra
Eu apostaria num remake de 2004/2005. Anticilone a dominar tudo e algumas frentes a atingirem o continente bastante debelitadas. Mais uma vez as nossas ilhas vão ter água de sobra...
 
M

Membro excluído 274

Boas! Pelo que estou a ver este Outubro foi traumatizante para muitos de vós!

Ha 2 meses fiz essa sondagem do meu blog e o humido e frio ganhou! Pois é votaram com o coração e não com a razão!

Eu arrisco que a situação de seca vai agravar-se no Continente graças ao AA que servirá de bloqueio para as frentes atlanticas, Madeira idem. Açores terão muita chuva, pois o AA vai reter aí a precipitação! Tenho dito!

Espero estar completamente errado!
 

Mário Barros

Furacão
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18 Nov 2006
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Maçores (Torre de Moncorvo) / Algueirão (Sintra)
A partir de agora vai ser frio e mais frio até abaixo da média que dever culminar a meio de Janeiro :D vai ser um Inverno para recordar e um Verão atipico...:cold::cold: as lojas é melhor começarem a apostar nas roupas/modas do século 19 :lmao:
 

adiabático

Cumulus
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19 Nov 2007
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Lumiar
Os modelos climáticos globais entram com factores de retroalimentação (como a influência da nebulosidade na radiação que atinje a superfície e, subsequentemente, da infuência da temperatura da superfície na atmosfera, ou a influência dos revestimentos do solo, florestação, etc)?

Tenho uma questão para lançar e prefiro fazê-lo num tópico já batido (o assunto tem a ver, prometo :D ) mas peço a quem de direito para se manifestar a favor de um tópico novo, se for necessário. Acho que o tema é interessante mas téncico; e a estatística do forum demonstra a preponderância de temperamentos tendencialmente obcessivos como o meu, ou seja, que os tópicos que sobrevivem mais tempo com actualizações frequentes tendem a colher mais participação - em todos os sub-foruns há uma maia dúzia de tópicos com mais de 50 mensagens, e a esmagadora maioria tem menos de dez :p

Por isso, lanço a minha questão no contexto da evolução do Inverno de 2007/2008 ;)

Este Outono atípico tem sido caracterizado por grande ausência de nebulosidade precisamente a partir de uma altura do ano (equinócio de Setembro) em que o balanço da radiação começa a ser negativo, ou seja, em que temos cada vez menos horas de sol e a radiação a incidir na superfície continental com um ângulo cada vez mais baixo, enquanto que a emissão de calor pela superfície e a transmissão de calor para camada limite da atmosfera é constante; devido à ausência de nebulosidade durante a noite, uma grande parte da radiação infravermelha (calor sensível) emitida perde-se para o espaço, quando seria absorvida e reemitida em maior quantidade de volta para a superfície caso houvesse mais vapor de água. Em consequência, seria de esperar um arrefecimento maior da superfície continental - que se traduziria, deduzo eu, sobretudo, por maiores amplitudes térmicas e temperaturas mínimas mais baixas em dias calmos.

A Europa é uma península relativamente estreita, pelo que, imagino, a tendência para se criarem altas pressões por efeito do arrefecimento acentuado sobre o continente será sempre relativamente pequena. Num continente maior, penso que há a tendência para haver uma retroalimentação até as massas de ar ou a mudança de estação baralharem outra vez as cartas: estabilidade > frio > altas pressões > estabilidade > ...

A questão que lanço aos entendidos é: admitindo que isto tem alguma relevância no tempo que pode fazer ao longo da estação caso, como se supõe poder vir a acontecer, o tempo anticiclónico se mantenha, pode também ter alguma interacção com os fluxos de massas de ar?

Simplificando e direccionando a questão: em Portugal (país litoral e exposto a ventos dominantes marítimos) um Outono seco influencia significativamente o clima de Inverno, ou é esse clima acima de tudo dominado por factores de origem externa?

Desculpem a um leigo o colocar questões talvez um pouco técnicas e fora da sua área de especialidade, mas sou curioso e gostaria de saber um pouco mais. :cool:
 

rozzo

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11 Dez 2006
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Simplificando e direccionando a questão: em Portugal (país litoral e exposto a ventos dominantes marítimos) um Outono seco influencia significativamente o clima de Inverno, ou é esse clima acima de tudo dominado por factores de origem externa?

a meu ver, se falares num outono seco a escala do continente, que gere como referiste massas de ar estavel e frio a escala do continente europeu ou mm euroasiatico.. ai sim, talvez seja o clima de inverno em portugal bastante influenciado pelas entradas frias de E/NE.. mesmo assim é 1 suposiçao.. pois acho que se o oceano "quiser" entrar com o seu ar pela europa a dentro o faz em dias ou semanas, matando esse frio estavel.. mas sim, aqui ponho essa hipotese, ainda que nao seja assim tao linear ou directo. ha demasiados "pequenos pormenores" em jogo..

se tiveres a falar dum outono seco a escala de portugal apenas, claro que nao acho que esteja certa a afirmaçao, é irrelevante a geraçao de massas de ar frias e estaveis a escala da peninsula p.ex, sao rapidamente "varridas"..

ou seja, no fim acabamos sempre por chegar a conclusao que é o continente e oceano que mandam, pois se tiver humido é o oceano a dominar,logo nao é local..
mas se tiver seco, no fundo a causa tb nao é local, nem sequer numa vaga de frio invernal, sao ambas dependentes dos fluxos que venham de zonas mais frias..

mas resumindo, possivelmente padroes que causem outono seco em portugal estejam pelo menos em certos anos relacionados com arrefecimentos importantes no continente europeu, e consequentes episodios frequentes de entradas frias no Inverno no nosso pais.. talvez olhando para a NAO e AO tires mais conclusoes ;)
mesmo assim acho que esta longe de ser simples e recorrente, é apenas um sinal, ou 1 hipotese..
 

Dan

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26 Ago 2005
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Bragança (675m)
É uma questão muito interessante.

Quando temos uma situação de bloqueio, independentemente da localização do anticiclone, a Península Ibérica pode apresentar, por vezes, um cento anticiclónico secundário que talvez se deva ao arrefecimento nocturno.

Nem sempre os valores mais baixos de temperatura se devem apenas à advecção de massas de ar. No Inverno passado, os dias mais frios, aqui na região, ocorreram em Dezembro com uma iso a 850hPa de +5ºC e com um pequeno centro anticiclónico na Península.
Noutros Invernos, os dias com temperatura mais baixa, nomeadamente nos valores máximos, costumam ocorrer nessas circunstâncias. No início de Janeiro de 2000 ocorreu também uma situação semelhante.
 

adiabático

Cumulus
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19 Nov 2007
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Lumiar
talvez olhando para a NAO e AO tires mais conclusoes ;)

com uma iso a 850hPa de +5ºC e com um pequeno centro anticiclónico na Península.

E agora, as perguntas chatas: o que querem dizer estas siglas e expressões? :shocking::confused::huh::surprise::(:p

E aproveitando a onda, nas cartas de superfície do metoffice vêm representadas, por vezes, linhas iso-qualquer coisa que têm valores de 564, 546, 528 e 510. Fui ler o que consegui apanhar e percebi que tinha que ver com a espessura da ?atmosfera?, ou com a densidade, ou qualquer coisa mas que quanto mais baixo o valor, mais frio e instável seria o ar... Como notam fiquei à nora, alguém trocaria isto por miúdos? (a propósito, as ditas cartas dão para este fim de semana uma descida da linha 546 para Sul sobre a Península Ibérica, contornando-a - normalmente o gradiente é decrescente de Sul para Norte).