Energia produzida nas barragens atinge nível mais baixo dos últimos 10 anos
Os níveis baixos de precipitação e de vento em janeiro de 2012 obrigaram a um aumento de 500 por cento no uso de carvão e a importação de eletricidade também cresceu, o que se traduziu numa despesa de mais 40 milhões de euros nas contas do Estado.
Dados da REN, a empresa que gere a rede de eletricidade em Portugal, indicam que em janeiro de 2012 a produção de energia elétrica a partir das barragens foi a mais baixa da última década, caindo quase 80 por cento face ao mesmo mês de 2011.
Pela primeira vez no início do ano, a produção hidroeléctrica ficou abaixo da produção eólica: as barragens produziram 496 GWh (gigawatts-hora), para 652 GWh de origem eólica.
A falta de água, devido aos baixos níveis de precipitação, obrigou ao uso de outras fontes de energia, como o carvão e o gás natural, materiais cuja utilização se traduz na subida da presença de carbono na atmosfera.
Por outro lado, o recurso ao carvão - a fonte energética que mais alimentou a produção elétrica em janeiro em Portugal - aumentou 500 por cento, escreve a edição de hoje do jornal Público.
O país viu-se ainda obrigado a comprar eletricidade. Portugal importou cerca de 20 por cento do seu consumo interno, quando em janeiro de 2010 Portugal exportou mais do que importou, o que se traduziu num aumento de 40 milhões na fatura elétrica.
Em dezembro choveu 29 por cento da média de precipitação de 1979-2000.
Fonte: SAPO
O Inverno seco já está a causar os primeiros estragos e a nossa factura energética promete aumentar e muito este ano, sem água nas barragens estamos limitados somente às centrais térmicas, à energia eólica mas esta, está dependente se temos ou não vento.
Ontem, com o regresso do frio, o consumo aumentou e promete aumentar pelo menos até dia 15.
Consumo de energia ontem
Imagem retirada do site da REN