O GFS e o ECMWF mostram o Michael a progredir para N/NW pois a ondulação de grande amplitude no jet ( que vai afectar a PI a partir de amanhã, trazendo instabilidade e ar tropical maritimo), irá passar a norte do ciclone sem ter influencia no mesmo, seguindo-se o rebustecimento da dorsal subtropical a E, forçando o deslocamento do Michael para NW.
Neste cenário o Michael aproximar-se-ia perigosamente ( para ele) da Leslie, acabando por ser destruido pelo shear imposto pelo outflow da Leslie, e acabando por ser absorvido pelo ciclone maior ou pelo ex-Leslie depois da transição ET.
Esta é para já a ideia que o NHC reforça.
No entanto boa parte dos modelos e o ensemble do GEFS, no ultimo ciclo, aumentaram a dispersão para alem das 48h, pois vão admitindo que a tal onda de grande amplitude tenha algum efeito no Michael.
Assim sendo, não só aumentou a indefenição no médio e longo prazo como tambem houve um ajustamento á direita do trajecto, com algumas perturbações a colocar o Miachel bastante perto dos Açores.
Na minha opinião, dada a intensificação rápida do ciclone e o establecimento de um anticiclone em altura forte por cima do mesmo, associado ao intenso outflow, é pouco provavel que o Michael seja afectado pela presença da ondulação do jet a N, pelo que nas proximas 24 a 48h deve manter uma rota para N.
No médio prazo, dependendo da força do ciclone e do anticiclone associado ao outflow, e de como ambos vão interagir com o reforço do anticiclone subtropical, é provavel que o Michael se desloque num movimento entre os 350 e os 300º, afastando-se para N/NW dos Açores.