Em geral, a previsão da intensidade dos ciclones tropicais continua a ser razoável. O cenário é ainda pior no que concerne aos CTs de reduzida dimensão (como o Pablo). E os modelos hoje em dia são muito superiores aos das passadas décadas.
Os CTs de reduzida dimensão podem ser extremamente resistentes. Na discussão do aviso especula-se que não obstante as águas mais frias (que normalmente enfraquecem os CTs), o ar frio nas camadas mais altas da atmosfera e o reduzido cisalhamento (que diminui a dissipação do calor levantado pela convecção) estão a favorecer a intensificação do CT.
Tendo em conta o cenário atual, em que uma conjugação rara de condições está a gerar mais um ciclone raro, acho que se pode incluir o Pablo no mesmo patamar que o Alex, Ophelia, Leslie e Lorenzo. O Vince está a deixar de ser uma anomalia isolada e climatologicamente inevitável. E isso é muito mau.