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Uma nuvem luminosa em formato circular sobrevoou Moscovo, na Rússia, na quarta-feira, 07 de Outubro.
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Editado por um moderador:
Super-estranho!
Esta imagem foi postada por mim no tópico das fotos cómicas da meteorologia, e é bem parecida com essa.
Vou tentar descobrir se tem denominação.
Essa que tu postaste como nuvem não tem designação pois não se trata de uma nuvem mas de um "buraco" na nuvem, fenómeno denominado distrail provocado por aviões cujo efeito é de certa forma o contrário dos contrails. Há um tópico no fórum sobre isso onde até há registos cá em Portugal:
http://www.meteopt.com/forum/intern...ppi-louisiana-texas-arkansas-alabama-743.html
A do vídeo de Moscovo deve ser qualquer coisa do género ou outra qualquer conjugação de condições atmosféricas e efeito óptico que levou a essa bela imagem. Nada de anormal, apenas espectacular, ainda não foi desta que começou a invasão das mothership alienígenas e o Will Smith pode continuar sossegado que não precisa de salvar o mundo
Nuvem Distraída!
Numa ambiguidade perturbadora, uma luz fria de Outubro roçava a rede de ferro do portão do jardim. Chuvas impiedosas despenhavam-se sobre as árvores indefesas cujos ramos riscavam os céus em desordem numa tristeza para sempre. Mas a supercooled clould, mais conhecida nas redondezas por nuvem divertida, tinha prometido a si própria ser paciente e não chover. Da porta de um prédio, um chapéu-de-chuva saiu a correr, entrou num carro e ligou o motor. No leitor de CDs, a voz de Dulce Pontes, que nunca deixou caducar a frescura e a delicadeza, tornou-se redundante logo aos primeiros acordes de “Chuva”. O trânsito espreguiçava-se timidamente na rotunda, quando um som grave atravessou os céus, e distracção do dono do chapéu-de-chuva resultou num pára-choques amolgado. Deixando opiniões que ninguém pedia, uns apontavam erro (esperteza saloia!), outros a distracção (o telemóvel!), enquanto o condutor em causa, primeiro numa aflição de menino, depois numa resignação silenciosa, preenchia a declaração amigável. Os minutos duraram e arrastaram-se numa paciência lenta até se esfarelarem em mil fragmentos quando, pelo vidro entreaberto, as palavras surgiram como um coice:
- Sua besta! Não vês por onde andas?!
O dono do chapéu-de-chuva olhou para os céus naquela manhã de céu embaciado pronto a desfazer-se em aguaceiros e, em seguida para o outro condutor, numa gravidade de acusação, e meteu a mudança. Embora ameaçada de fúria, a supercooled cloud não choveu, preferindo o silêncio inconclusivo. Por vezes somos indiscretos, mas só vimos a sabê-lo tarde demais. Precisamente nesse instante, o pássaro de metal de grandes dimensões atravessou a nuvem distraída, desenhando-lhe no centro uma elipse… Apeteceu-lhe chover, mas sentia-se demasiado gelada! Pareceu-lhe divertida a ideia de ser a única a chover, pois os céus haviam esgotado a sua impaciência, e uma luz dourada filtrada pela humidade anunciava-se de mansinho e estendia-se cautelosa pelo jardim. Dali a pouco talvez o fizesse, quando os tons cinzentos do céu afirmassem o seu prestígio sobre o azul e este gradualmente se desvanecesse. Mas, por ali ficou a pairar para espanto das nimbostratus e das cirrus que solenemente passaram a chamá-la de "distrail" cuja corruptela deu "distraída".
Desculpem minha ignorância, mas não percebi o que o nuvem nacarada quis dizer com isto!
Os textos são da minha autoria, tendo por intenção um registo literário de fenómenos naturais cientificamente correctos. Conto com a vossa amabilidade para ressalvarem algo que, por desconhecimento meu, possa não corresponder à verdadeira interpretação do fenómeno descrito.