A culpa do frio na Europa também é do anticiclone dos Açores
Frio polar e ventos húmidos do Atlântico causam nevões.
Mais do que apenas uma vaga de frio, o hemisfério Norte está a ser vítima de um conjunto de fenómenos atmosféricos cruzados que se estão a combinar numa onda de mau tempo que tem feito sentir os respectivos efeitos na Europa, nos EUA e na Ásia.
No caso do Inverno rigoroso que tem atingido todo o continente europeu, "trata-se de uma acção conjunta que começou com o anticiclone que se situava no Mar do Norte e posteriormente se deslocou para a Escandinávia e traz consigo o frio árctico", explica Maria João Frade, do Instituto de Meteorologia. A especialista explica que esta onda de frio combinou com uma depressão que veio do Atlântico e começou por atingir "Portugal e Espanha, seguindo para o Sul da Europa e depois para a Europa Central". As chuvas trazidas por esta depressão de Oeste, em conjunto com o frio polar, levaram aos fortes nevões que se têm registado.
De acordo com especialistas da Organização Mundial de Meteorologia, uma das principais causas para o mau tempo tem sido um bloqueio da circulação de ar, uma condição que estará relacionado com o facto do anticiclone dos Açores estar mais a Sul do que é normal para esta altura. Este anticiclone é responsável, normalmente, por segurar o ar frio que vem do pólo e empurrá-lo mais para o Norte. Encontrando-se nesta nova posição, o ar frio não tem encontrado qualquer resistência e as temperaturas anormalmente baixas, chuvas forte e nevões tornaram-se a regra para quase todo o continente europeu.
Esta relação climatérica está relacionada com a Oscilação do Atlântico Norte, um fenómeno atmosférico que deriva das flutuações entre as baixas pressões atmosféricas da Islândia e as altas pressões dos Açores. A oscilação controla a entrada de ventos húmidos do Atlântico, que normalmente se traduzem em mais chuva e menos frio. Com o anticiclone dos Açores deslocado para uma posição mais a sul, o frio dos pólos encontra menos resistência e causa quebras na temperatura por toda a Europa, incluindo Portugal.
Olhando para os efeitos destas condições climatéricas em Portugal, a madrugada de hoje foi atingida por períodos de chuva muito intensa, em especial nas regiões do Norte e Centro.
As chuvas deverão continuar amanhã, com o Instituto de Meteorologia a adiantar que estão reunidas "condições favoráveis à ocorrência de trovoadas".
Diario Economico
Frio polar e ventos húmidos do Atlântico causam nevões.
Mais do que apenas uma vaga de frio, o hemisfério Norte está a ser vítima de um conjunto de fenómenos atmosféricos cruzados que se estão a combinar numa onda de mau tempo que tem feito sentir os respectivos efeitos na Europa, nos EUA e na Ásia.
No caso do Inverno rigoroso que tem atingido todo o continente europeu, "trata-se de uma acção conjunta que começou com o anticiclone que se situava no Mar do Norte e posteriormente se deslocou para a Escandinávia e traz consigo o frio árctico", explica Maria João Frade, do Instituto de Meteorologia. A especialista explica que esta onda de frio combinou com uma depressão que veio do Atlântico e começou por atingir "Portugal e Espanha, seguindo para o Sul da Europa e depois para a Europa Central". As chuvas trazidas por esta depressão de Oeste, em conjunto com o frio polar, levaram aos fortes nevões que se têm registado.
De acordo com especialistas da Organização Mundial de Meteorologia, uma das principais causas para o mau tempo tem sido um bloqueio da circulação de ar, uma condição que estará relacionado com o facto do anticiclone dos Açores estar mais a Sul do que é normal para esta altura. Este anticiclone é responsável, normalmente, por segurar o ar frio que vem do pólo e empurrá-lo mais para o Norte. Encontrando-se nesta nova posição, o ar frio não tem encontrado qualquer resistência e as temperaturas anormalmente baixas, chuvas forte e nevões tornaram-se a regra para quase todo o continente europeu.
Esta relação climatérica está relacionada com a Oscilação do Atlântico Norte, um fenómeno atmosférico que deriva das flutuações entre as baixas pressões atmosféricas da Islândia e as altas pressões dos Açores. A oscilação controla a entrada de ventos húmidos do Atlântico, que normalmente se traduzem em mais chuva e menos frio. Com o anticiclone dos Açores deslocado para uma posição mais a sul, o frio dos pólos encontra menos resistência e causa quebras na temperatura por toda a Europa, incluindo Portugal.
Olhando para os efeitos destas condições climatéricas em Portugal, a madrugada de hoje foi atingida por períodos de chuva muito intensa, em especial nas regiões do Norte e Centro.
As chuvas deverão continuar amanhã, com o Instituto de Meteorologia a adiantar que estão reunidas "condições favoráveis à ocorrência de trovoadas".
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