Já andava há muito tempo com vontade de ir ao Norte da Europa para ver ao vivo esse grande espectáculo da natureza que são as auroras boreais. Já por duas vezes estive quase para ir, mas a previsão meteorológica não era favorável e acabei por desistir.
Desta vez, e depois de vários avanços e recuos por parte dos vários modelos meteorológicos (já estamos habituados), lá se puseram todos de acordo que durante esta semana iria haver várias noites limpas no norte da Finlândia, e decidi avançar.
De entre os locais mais propícios ao aparecimento da aurora boreal, escolhi Rovaniemi por uma questão económica. Os voos são bem mais baratos para aqui do que para Tromso (Noruega) ou Kiruna (Suécia) - cerca de 400€ ida e volta e comprados na véspera da partida, e a Finlândia é um país onde o custo do alojamento e da comida é bem inferior ao dos seus vizinhos (ligeiramente acima ao de Portugal).
Voei então para Rovaniemi na noite de domingo para segunda, via Helsínquia, e fiquei nesta cidade até hoje. Das 3 noites houve auroras em todas elas. No entanto, e apesar de estar num alojamento rural a 5 km da cidade, achei que a poluição luminosa reduzia a sua visibilidade, e na 3ª noite contratei uma excursão à floresta para ver a aurora num céu mais escuro - e não me arrependi. As fotos que se seguem foram dessa mesma noite, tiradas pelo guia da excursão (https://laplandwelcome.fi/beautiful-northern-lights-in-a-clear-dark-sky-06-03-2019/):
De notar que o olho humano não identifica as cores que se podem apreciar nas fotos. Basicamente, o que eu vi foi uma aurora de um cinzento esverdeado a dançar no céu. A aurora da 3ª noite, ao contrário do que se passou nas noites anteriores que foram muito fugazes, durou mais de uma hora. Um espectáculo inesquecível.
A excursão também incluiu um churrasco dentro de um tipi, que serviu para que nos pudéssemos aquecer depois de uma caminhada no meio da floresta com -12ºC.
Quanto à cidade de Rovaniemi, não tem grande encanto (foi quase toda destruída durante a II Guerra Mundial), vale pelas vistas do rio congelado. Como já há muito tempo que não cai neve, as ruas estão apenas cheias de gelo. Nas ruas mais movimentadas as autoridades espalharam terra, ou arrancaram o gelo; as restantes são ringues de patinagem.
A aterragem em Rovaniemi, na manhã da passada 2ª feira. A Finlândia é o país dos mil lagos, que nesta altura do ano se encontram congelados:
À chegada estavam uns belíssimos -20ºC (no dia seguinte chegou a entrar a iso -20 a 850 hpa e -45 a 500 hpa). Apesar do céu limpo, precipitavam uns cristais de gelo, provavelmente resultantes da condensação de alguma humidade no ar:
O rio Kemijorki, o maior do país, atravessa a cidade:
Enquanto o gelo aguentar, é utilizado como estrada para snowmobiles e esquiadores:
A altura do gelo é impressionante:
Nas ruas onde o gelo foi arrancado, vêem-se escombreiras com vários metros de altura:
A igreja de Rovaniemi:
Aquele que até há pouco tempo foi o McDonald's mais a Norte do planeta (entretanto abriu um em Murmansk):
O pôr do Sol magnífico, visto do alojamento rural onde fiquei:
Junto a Rovaniemi, cerca de 7km a Norte, e onde até há uns anos se julgava passar o Círculo Polar Ártico (a sua posição foi revista há uns anos em 2km para Norte, mas para enganar os turistas, faz de conta que se mantém ali), fica a Aldeia do Pai Natal. Todos os dias 23 de dezembro as televisões de todo o mundo mostram a reportagem do Pai Natal a Partir da Lapónia para o mundo. Essa reportagem é feita aqui:
Desta vez, e depois de vários avanços e recuos por parte dos vários modelos meteorológicos (já estamos habituados), lá se puseram todos de acordo que durante esta semana iria haver várias noites limpas no norte da Finlândia, e decidi avançar.
De entre os locais mais propícios ao aparecimento da aurora boreal, escolhi Rovaniemi por uma questão económica. Os voos são bem mais baratos para aqui do que para Tromso (Noruega) ou Kiruna (Suécia) - cerca de 400€ ida e volta e comprados na véspera da partida, e a Finlândia é um país onde o custo do alojamento e da comida é bem inferior ao dos seus vizinhos (ligeiramente acima ao de Portugal).
Voei então para Rovaniemi na noite de domingo para segunda, via Helsínquia, e fiquei nesta cidade até hoje. Das 3 noites houve auroras em todas elas. No entanto, e apesar de estar num alojamento rural a 5 km da cidade, achei que a poluição luminosa reduzia a sua visibilidade, e na 3ª noite contratei uma excursão à floresta para ver a aurora num céu mais escuro - e não me arrependi. As fotos que se seguem foram dessa mesma noite, tiradas pelo guia da excursão (https://laplandwelcome.fi/beautiful-northern-lights-in-a-clear-dark-sky-06-03-2019/):
De notar que o olho humano não identifica as cores que se podem apreciar nas fotos. Basicamente, o que eu vi foi uma aurora de um cinzento esverdeado a dançar no céu. A aurora da 3ª noite, ao contrário do que se passou nas noites anteriores que foram muito fugazes, durou mais de uma hora. Um espectáculo inesquecível.
A excursão também incluiu um churrasco dentro de um tipi, que serviu para que nos pudéssemos aquecer depois de uma caminhada no meio da floresta com -12ºC.
Quanto à cidade de Rovaniemi, não tem grande encanto (foi quase toda destruída durante a II Guerra Mundial), vale pelas vistas do rio congelado. Como já há muito tempo que não cai neve, as ruas estão apenas cheias de gelo. Nas ruas mais movimentadas as autoridades espalharam terra, ou arrancaram o gelo; as restantes são ringues de patinagem.
A aterragem em Rovaniemi, na manhã da passada 2ª feira. A Finlândia é o país dos mil lagos, que nesta altura do ano se encontram congelados:
À chegada estavam uns belíssimos -20ºC (no dia seguinte chegou a entrar a iso -20 a 850 hpa e -45 a 500 hpa). Apesar do céu limpo, precipitavam uns cristais de gelo, provavelmente resultantes da condensação de alguma humidade no ar:
O rio Kemijorki, o maior do país, atravessa a cidade:
Enquanto o gelo aguentar, é utilizado como estrada para snowmobiles e esquiadores:
A altura do gelo é impressionante:
Nas ruas onde o gelo foi arrancado, vêem-se escombreiras com vários metros de altura:
A igreja de Rovaniemi:
Aquele que até há pouco tempo foi o McDonald's mais a Norte do planeta (entretanto abriu um em Murmansk):
O pôr do Sol magnífico, visto do alojamento rural onde fiquei:
Junto a Rovaniemi, cerca de 7km a Norte, e onde até há uns anos se julgava passar o Círculo Polar Ártico (a sua posição foi revista há uns anos em 2km para Norte, mas para enganar os turistas, faz de conta que se mantém ali), fica a Aldeia do Pai Natal. Todos os dias 23 de dezembro as televisões de todo o mundo mostram a reportagem do Pai Natal a Partir da Lapónia para o mundo. Essa reportagem é feita aqui:
Tenho que ganhar coragem 
