A análise de 53 marégrafos, distribuídos um pouco por todo o mundo, permite perspectivar uma descida de cerca de meio metro do nível do mar até 2100, se se mantiver a tendência de descida observada nos últimos três anos.
A análise começou por encontrar dados das estações de Douglas (1997). Os dados utilizados foram obtidos a partir de Universidade do Hawaii, que possui os dados mais actualizados que foi possível obter na Internet. Para a realização do estudo foram excluídas todas as estações sem dados em 2009, bem como todas aquelas que não tivessem dados relevantes desde 2000/07/01.
Como não foi possível recolher sequer metade das estações do estudo de Douglas, com dados relevantes, o estudo foi alargado para agrupar o máximo de estações GLOSS a nível mundial. Com excepção de algumas regiões do Mundo, sem dados no site da Universidade do Hawaii, encontrou-se uma distribuição que cobre praticamente todos os continentes/oceanos. Essa distribuição de estações está clara na imagem acima, onde as estações utilizadas neste estudo estão marcadas com uma cruz.
A tabela seguinte revela a tendência de crescimento do nível dos mares, se se mantiverem as tendências de 2000, 2003 e 2006, ao presente. Os valores são em centímetros, e referem-se ao valor da tendência extendida a 100 anos. Os valores a vermelho denotam subidas, enquanto a verde significam uma descida do nível dos mares. A tabela está ordenada pelas estações onde se espera que se obtenha maior descida no nível dos mares, de acordo com a tendência observada entre 2000 e 2009.
Da análise dos dados, pelo valor médio, expresso na última linha, se conclui que a manter-se a evolução observada nos últimos nove anos (2000/07/01 - 2009/06/30), o nível médio dos mares subirá uns míseros 3cm durante o século XXI. Mas se olharmos para a tendência dos últimos seis anos, a descida dos mares seria de 22cm este século, o suficiente para compensar a subida observada no século passado. Mas, a manter-se a tendência dos últimos três anos, haveria uma descida superior a meio metro até ao ano 2100!
Porque são os dados oficiais do IPCC, e outros, tão diferentes? Simplesmente, porque não levam em linha de conta com os dados actualizados. De acordo com a página do Wikipedia sobre a subida dos mares, os dados mais recentes utilizados em estudos internacionais dizem respeito a dados de 2003! Os dados utilizados no recente estudo estão actualizados até Maio deste ano (com a notável excepção de Marselha, que é referenciada em Douglas), e muitas registam dados já depois de 30 de Junho (embora não contabilizados).
A análise geográfica dos dados revela que a costa do Pacífico da América do Norte, Centro e Sul, é a que maior descida regista. Em sentido contrário, a evolução observada no Oceano Índico é claramente de subida. De uma forma geral, a preocupação dos alarmistas, de que haverá grandes prejuízos com a subida dos mares, não se verifica, sendo até os Estados Unidos, terra do Gore, particularmente beneficiado...
Note-se finalmente como os maiores outliers estão dos lados das subidas! Na tendência dos últimos nove anos, as três maiores variações em termos absolutos são de subidas. E na tendência dos últimos três anos, três das quatro maiores variações são de subida. Quando assim é, e quando a média mesmo assim é a referida, a exclusão dos outliers daria uma tendência para uma descida dos mares ainda mais acentuada!
Ecotretas
Nota: para ver a tabela, consultar post em http://ecotretas.blogspot.com/2009/07/mar-pode-descer-meio-metro-ate-2100.html