Meteorologia Espacial - Seguimento 2007

Vince

Furacão
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23 Jan 2007
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Braga
Tópico de seguimento meteorológico espacial em 2007

Meteorologia Espacial
O meio envolvente entre a Terra e o Espaço é complexo e muito dinâmico e as suas características são determinadas parcialmente pelas da Terra, pela ionosfera, pela magnetosfera, pelas interacções entre a Terra, o Sol e pelo espaço interplanetário.
O desenho de qualquer sistema exige que se tenha em consideração o ambiente em que vai funcionar, assegurando assim um correcto funcionamento do sistema e aumentando a sua fiabilidade e tempo de vida.

Os pincipais factores do meio envolvente espacial a consideradar incluem átomos e moléculas neutras, plasma, radiação e partículas.

* O meio neutro consiste no gás ambiente e no libertado pelos materiais superficiais dos satélites artificiais e veículos espaciais, gerados pela libertação de de gases ou decomposição, tando deliberadamente como aqueles emitidos durante o funcionamento dos motores.
* O plasma inclui o plasma ambiental, o libertado pelos motores por ionização e troca de cargas com o gás neutro, o gerado por descargas eléctricas e o gerado por impactos de grande velocidade com as superficies do sistema.
* A radiação tem duas componentes: electromagnética e partículas energéticas. A radiação electromagnética inclui o fluxo de fotões do Sol, a radiação reflectida e emitida pela Terra e a interferência electromagnética gerada pela operação dos sistemas do satélite. Também se incluem as ondas electromagnéticas geradas pelo plasma. A radiação por partículas energéticas consiste no fluxo de electrões, protões, iões pesados e neutrõe.
* As partículas são os meteoróides, o lixo espacial e as partículas libertadas pelos satélites e veículos espaciais.

Muitos destes componentes ambientais descritos variam com a posição na órbita, o tempo local e o nível de actividade solar.

http://www.deimos.com.pt/proyectos/subarea_proyectos.asp?ref=SUB11132006165732
(c) © DEIMOS


Links/Recursos úteis:

-> Solar and Heliospheric Observatory
-> European Space Weather Portal
-> NOAA / Space Weather Prediction Center
-> SpaceWeather.com
-> SOLARCYCLE 24.com
-> ESA Space WeatherSite
-> Space Weather Canada
-> Solar Terrestrial Dispatch
-> USGS National Geomagnetism Program
-> The Geophysical Institute Auroral Forecast
-> Escala de Meteorologia Espacial do NOAA para Tempestades Geomagnéticas
.
 


Rog

Cumulonimbus
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6 Set 2006
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Norte Madeira (500m)
Re: SOHO - Seguimento Janeiro 2007

Uma pequena imagem como termo de comparação com a terra...

2002440469984556288_rs.jpg
 

Vince

Furacão
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23 Jan 2007
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Sofisticada ferramenta de meteorologia espacial da ESA em desenvolvimento
Se um satélite encontrar partículas de elevada energia ou outros fenómenos de meteorologia espacial, os sistemas electrónicos de bordo podem despedaçar-se, os instrumentos científicos podem ficar danificados e, em casos muito raros, pode-se chegar mesmo a perder-se o satélite. Uma ferramenta sofisticada em desenvolvimento no ESOC promete fornecer meios eficazes de monitorização e previsão.

A actividade solar influencia todo o sistema solar de várias formas, incluindo a geração de correntes de partículas energéticas que se movem rapidamente e explosões repentinas de raios X perigosos durante as chamas solares. Os raios cósmicos energéticos de qualquer outro ponto na galáxia penetram também no nosso sistema solar. Estes fenómenos encontram-se entre as principais causas do comportamento anormal e do envelhecimento dos satélites e dos seus sensíveis instrumentos científicos.



Large solar flare, 13 December 2006
Mas desde inícios de 2005, o SEISOP (Sistema de Informação sobre o Ambiente Espacial para Operações), uma ferramenta de monitorização e previsão da meteorologia espacial, em desenvolvimento no Centro de Operações Espaciais da ESA, tem vindo a oferecer, com sucesso, relatórios quase em tempo real ao Integral, o observatório espacial de raios gama da ESA.

Desenvolvido em colaboração com o Projecto Piloto de Aplicações de Meteorologia Espacial da ESA com financiamento dportuguesa Task Force ESA/Portugal, o SEISOP inclui uma base de dados dos registos do estado dos satélites e das observações meteorológicas espaciais a nível mundial, juntamente com sofisticadas aplicações de software que fornecem relatórios, avisos, previsões e um rastreio histórico para a Equipa de Controlo de Voo do Integral.


"A meteorologia espacial afecta os satélites de várias formas. Podem dar-se perdas aleatórias de dados, alterações na dinâmica da órbita e uma redução da qualidade de dados científicos. Por isso, as actualizações em tempo real são essenciais na altura de decidir quanto tempo se devem desligar os instrumentos durante períodos de risco," afirma Alessandro Donati, Responsável pelo Gabinete de Tecnologias e Conceitos Avançados de Missões, sediado no ESOC.


Alguns dos dados de meteorologia espacial são recolhidos pelos satélites da ESA, da NASA e da NOAA (US National Oceanic & Atmospheric Administration - Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA), enquanto que outras observações provêm de inúmeros institutos e instalações terrestres. O SEISOP é membro da SWENET, a Rede Europeia de Meteorologia Espacial.

O SEISOP permite aos controladores da missão preverem quando devem desligar instrumentos como star trackers, colocar os sistemas no 'modo de segurança' ou tomar outras medidas para proteger os sensíveis componentes electrónicos e os sensores científicos a bordo.

Enquanto que alguns instrumentos estão equipados para se desligarem automaticamente durante períodos adversos, nem todos eles estão, e reactivar um instrumento após uma paragem automática requere bastante tempo. Além disso, até hoje tem sido difícil saber quando a radiação desce a níveis seguros, depois de se dar um fenómeno particular, como por exemplo uma chama solar.


Em 2007, o SEISOP passará por um desenvolvimento operacional com vista a fornecer a todas as missões da ESA as mesmas actualizações vitais de meteorologia espacial. "Esperamos começar a trabalhar este ano para criar a versão operacional final. O SEISOP pode potencialmente fornecer serviços de aviso não só para a ESA mas também para agências espaciais em todo o mundo, uma vez que a meteorologia espacial pode afectar qualquer satélite," salienta.
(c) ESA
 

Luis França

Nimbostratus
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23 Mai 2006
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Hades
Vibrations on the Sun may 'shake' the Earth

dn12520-1_600.jpg

Solar flares erupt on the Sun as seen by the Hinode spacecraft. Flares are known to have effects
on Earth, but a controversial idea says that subtle solar vibrations with very low frequencies can
also affect our planet (Image: Hinode/JAXA)


What do dropped mobile phone calls, mysterious signals in undersea communications cables, and tiny tremors on the Earth have in common? They are all caused by vibrations on the Sun, according to one team of scientists.

As for shaking the Earth, Thomson ventures that magnetic materials within the planet, such as nickel, could respond to the solar wind fluctuations. "It's a really odd kind of phenomenon," he told New Scientist. "It's not a very violent shaking, but it is measurable."
 

Luis França

Nimbostratus
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Hades
Sun's Mysterious Waves Found; May Be Solar Wind Source

071206-sun-wind_big.jpg


Powerful magnetic waves in the sun's atmosphere may be the energy source that drives the solar wind, a suite of new studies from a Japanese-led mission reports.
These so-called Alfvén waves were first predicted by Swedish physicist Hannes Alfvén, who won the 1970 Nobel Prize in Physics for his theory.

Hinode, which means "sunrise" in English, is a joint mission of the Japanese Aerospace Exploration Agency (JAXA), NASA, the Particle Physics and Astronomy Research Council (PPARC), and the European Space Agency (ESA).
The orbiter's instruments allowed researchers to take rapid-fire pictures of various solar structures (see a March 21, 2007.
solar-flare-big.jpg


"These observations are unprecedented," said Jonathan Cirtain, a solar astrophysicist at NASA's Marshall Space Flight Center in Huntsville, Alabama. "It's just like [the features] are waving at you."
 

Luis França

Nimbostratus
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Quem tiver óculos 3D pode disfrutar esta imagem:

Laurent-Laveder1.jpg



SUNSPOT ALERT: The sun is near the lowest ebb of the 11-year solar cycle and, until now, 2007 has been a year of very few sunspots. Enter sunspot 978: It popped over the sun's eastern limb yesterday and is quickly becoming a behemoth. The rapidly growing sunspot group is more than five times wider than Earth, making it an easy target for properly-filtered backyard telescopes. So far sunspot 978 poses little threat for strong solar flares, but this could change if the active region's development continues apace.

http://spaceweather.com
 

Vince

Furacão
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Satélite japonês revela mistérios do Sol
Cientistas divulgam dez estudos baseados nas observações da sonda Hinode.
Entre os objetivos está desvendar a origem dos ventos solares.

O satélite japonês Hinode desvendou muitos mistérios do Sol, entre eles os que envolvem seu campo magnético e as tempestades de vento solar que provocam interferências nas comunicações da Terra, segundo revelaram dez relatórios divulgados nesta quinta-feira (6) pela revista "Science".

Os dados científicos proporcionados pela Hinode ("Aurora", em japonês) ajudarão a explicar as enormes diferenças de temperatura que existem entre a superfície relativamente fria do Sol e sua candente atmosfera.

Também servirão para elucidar a origem dos ventos solares que se deslocam pelo vazio cósmico e alteram a atmosfera de nosso planeta, informaram os cientistas que participaram dos estudos.

Essas alterações são responsáveis pelos fenômenos que os cientistas classificam como o "clima espacial" que permanentemente ameaça as telecomunicações, os sistemas de navegação e as redes de provisão elétrica da Terra.

Um dos resultados considerados de grande importância da missão do satélite japonês que conta com telescópios da Nasa foi o descobrimento de um tipo de onda magnética que se desloca pelo plasma solar.

A existência dessas ondas tinha sido prevista pelo físico sueco Hannes Alfven, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1970.

"Até agora tinha sido impossível observar as ondas devido à resolução limitada dos instrumentos disponíveis", declarou Alexei Pevtsov, cientista do programa.

O Hinode foi colocado em órbita terrestre em setembro de 2006 e ocupa uma posição que o mantém de forma permanente frente ao Sol.

Para suas observações utiliza espectrômetros que investigam a estrela por meio de imagens ópticas.

Esses dispositivos permitem que os cientistas captem imagens de alta resolução que mostram as estruturas e os campos magnéticos no interior do plasma solar.

A missão do satélite Hinode é dirigida pela Agência de Prospecção Aeroespacial do Japão, que conta com colaboração da Agência Espacial Européia (ESA), da Nasa (agência espacial americana) e do Conselho de Ciência e Tecnologia do Reino Unido.
(c) Globo
 

Luis França

Nimbostratus
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Aí vem uma possível mancha solar:

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sunspot 978: It popped over the sun's eastern limb yesterday and is quickly becoming a behemoth. The rapidly growing sunspot group is more than five times wider than Earth, making it an easy target for properly-filtered backyard telescopes. So far sunspot 978 poses little threat for strong solar flares, but this could change if the active region's development continues apace.
 

Luis França

Nimbostratus
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Space Weather Alerts and Warnings Timeline


alerts_timeline_8820.png



que "arranque" do campo geomagnético é aquele? Terá alguma coisa a ver com isto?

http://137.229.36.30

The chart below is a plot of the readings taken using the New HAARP VHF Riometer. This instrument is a sensitive receiver tuned to a frequency of 30 MHz. The antenna is an array of 4 element "yagi" type elements pointed directly upward to listen to the background or galactic noise. This noise varies from one hour to the next as the Earth rotates and, in the absence of ionospheric absorption, is a constant, repeatable function of Local Siderial Time. Over many observations, it is possible to develop a "quiet day" curve which represents the greatest noise that would be heard for any given hour of the day. By comparing the current noise measurement with the quiet day level, the current 30 MHz ionospheric absorption level can be derived and this number is shown in the figure. Solar-terrestrial events, such as geomagnetic storms are usually indicated by increases in the absorption level. The absorption at lower frequencies in the HF band is usually much higher than the level observed at 30 MHz. Occasional spikes in the received signal that go above the quiet day curve are caused by interference from broadcast signals in the 30 MHz band. Click here for a larger plot without this text.
 

Luis França

Nimbostratus
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Hades
NASA Spacecraft Make New Discoveries about Northern Lights

Pederson3_med.jpg


Dec. 11, 2007: NASA's fleet of THEMIS spacecraft, launched less than 8 months ago, has made three important discoveries about spectacular eruptions of Northern Lights called "substorms" and the source of their power. The discoveries include giant magnetic ropes that connect Earth's upper atmosphere to the Sun and explosions in the outskirts of Earth's magnetic field.

A "magnetic rope" is a twisted bundle of magnetic fields organized much like the twisted hemp of a mariner's rope. Spacecraft have detected hints of these ropes before, but a single spacecraft is insufficient to map their 3D structure. THEMIS's five satellites were able to perform the feat.
 

Luis França

Nimbostratus
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Hades
Já repararam que o Sol mudou de intensidade no dia 9/10 de Dezembro? Tá mais forte do que devia...

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e a SOHO diz que para a semana possivelmemente teremos tempestade geomagnética moderada a forte....:eek:
 

Vince

Furacão
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Depois de um ano de grande acalmia característica do fim de um ciclo solar, virá aí finalmente o início de um novo ciclo? Talvez sim.

Is a New Solar Cycle Beginning?
Dec. 14, 2007: The solar physics community is abuzz this week. No, there haven't been any great eruptions or solar storms. The source of the excitement is a modest knot of magnetism that popped over the sun's eastern limb on Dec. 11th, pictured below in a pair of images from the orbiting Solar and Heliospheric Observatory (SOHO).

It may not look like much, but "this patch of magnetism could be a sign of the next solar cycle," says solar physicist David Hathaway of the Marshall Space Flight Center.

activeregion_duo_crop_strip.jpg


Above: From SOHO, a UV-wavelength image of the sun and a map showing positive (white) and negative (black) magnetic polarities. The new high-latitude active region is magnetically reversed, marking it as a harbinger of a new solar cycle.

For more than a year, the sun has been experiencing a lull in activity, marking the end of Solar Cycle 23, which peaked with many furious storms in 2000--2003. "Solar minimum is upon us," he says.

The big question now is, when will the next solar cycle begin?


"New solar cycles always begin with a high-latitude, reversed polarity sunspot," explains Hathaway. "Reversed polarity " means a sunspot with opposite magnetic polarity compared to sunspots from the previous solar cycle. "High-latitude" refers to the sun's grid of latitude and longitude. Old cycle spots congregate near the sun's equator. New cycle spots appear higher, around 25 or 30 degrees latitude.

The region that appeared on Dec. 11th fits both these criteria. It is high latitude (24 degrees N) and magnetically reversed. Just one problem: There is no sunspot. So far the region is just a bright knot of magnetic fields. If, however, these fields coalesce into a dark sunspot, scientists are ready to announce that Solar Cycle 24 has officially begun.

Below: Solar Cycle 23 is coming to an end. What's next? Image credit: NOAA/Space Weather Prediction Center.
cycle23_strip.gif



Many forecasters believe Solar Cycle 24 will be big and intense. Peaking in 2011 or 2012, the cycle to come could have significant impacts on telecommunications, air traffic, power grids and GPS systems. (And don't forget the Northern Lights!) In this age of satellites and cell phones, the next solar cycle could make itself felt as never before.

The furious storms won't start right away, however. Solar cycles usually take a few years to build to a frenzy and Cycle 24 will be no exception. "We still have some quiet times ahead," says Hathaway.

Meanwhile, all eyes are on a promising little active region. Will it become the first sunspot of a new solar cycle? Stay tuned for updates from Science@NASA.