Monitorização Clima de Portugal - 2025

Os últimos cinco anos reunidos no lado esquerdo (secos a extremamente secos), quatro deles quentes a muito quentes.
2020 foi o último ano normal em relação aos dois parâmetros.

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De destacar que a onda de calor de julho-agosto de 2025 foi a onda de calor com maior duração e maior magnitude alguma vez registada na região Norte e Centro do país. Superou 2003 e 1981, que foram também 2 anos com ondas de calor prolongadas.
No Sul parece que foi banal, mas ter temperaturas perto ou superiores a 40ºC durante quase 1 mês também é muito mau. No entanto, como existe o critério de se registarem pelo menos 6 dias com temperaturas máximas 5ºC superiores ao normal, ameniza um pouco o cenário, pois em alguns dias isso não aconteceu e interrompeu a contabilização de onda de calor, mas durante mais de 20 dias nunca descemos dos 36/37ºC.

Só para se ter uma ideia, Elvas nas normais 91/20 já tem quase 35ºC de média da temperatura máxima. Infelizmente, situações de calor intenso muito prolongadas vão-se tornar banais no futuro e deixam de ser consideradas ondas de calor devido ao claro aumento da temperatura média.

Com a tendência de a dorsal subir cada vez mais em latitude, as regiões a norte serão aquelas onde as ondas de calor vão ser mais prolongadas no futuro, semelhante a esta.

De notar também agosto de 2023, 2024 e 2025 a serem muito semelhantes (muito quentes e secos), como se pode verificar no gráfico.
 
Elvas nas normais 91/20 já tem quase 35ºC de média da temperatura máxima. Infelizmente, situações de calor intenso muito prolongadas vão-se tornar banais no futuro e deixam de ser consideradas ondas de calor devido ao claro aumento da temperatura média.
Exacto, quando se ia buscar as Normais 81-10 ou 71-00, as ondas de calor deste século eram bem mais evidentes e alargadas.

Entretanto, para já ficam aqui as temperaturas horárias de Agosto no continente.

1ªquinzena (imgur)




2ªquinzena (imgur)

 
No Sul parece que foi banal, mas ter temperaturas perto ou superiores a 40ºC durante quase 1 mês também é muito mau. No entanto, como existe o critério de se registarem pelo menos 6 dias com temperaturas máximas 5ºC superiores ao normal, ameniza um pouco o cenário, pois em alguns dias isso não aconteceu e interrompeu a contabilização de onda de calor, mas durante mais de 20 dias nunca descemos dos 36/37ºC.

Só para se ter uma ideia, Elvas nas normais 91/20 já tem quase 35ºC de média da temperatura máxima. Infelizmente, situações de calor intenso muito prolongadas vão-se tornar banais no futuro e deixam de ser consideradas ondas de calor devido ao claro aumento da temperatura média.

Com a tendência de a dorsal subir cada vez mais em latitude, as regiões a norte serão aquelas onde as ondas de calor vão ser mais prolongadas no futuro, semelhante a esta.

De notar também agosto de 2023, 2024 e 2025 a serem muito semelhantes (muito quentes e secos), como se pode verificar no gráfico.

Exacto, quando se ia buscar as Normais 81-10 ou 71-00, as ondas de calor deste século eram bem mais evidentes e alargadas.

Entretanto, para já ficam aqui as temperaturas horárias de Agosto no continente.

1ªquinzena (imgur)




2ªquinzena (imgur)


@joralentejano @StormRic Sim, de facto as ondas de calor ocorridas este ano já tiveram de ter como referência a normal 1991-2020, que é a atual referência climatológica, embora no passado praticamente quase todas as ondas de calor importantes fossem referentes à normal 1961-1990 (exemplo da onda de 2003 e 2018 em que a referência foi esta normal). A de 2022 creio que já foi com a 1981-2010 mas rapidamente se teve de utilizar a 1991-2020, para seguir as regras da WMO.
Claro que ao utilizar uma normal "mais quente", o que em 2003 se considerava Onda de Calor, agora já nãos e considera. O limiar subiu... é aqui que tocamos na discussão do chamado "novo normal", embora para muita gente 35ºC de máxima durante quase 1 mês seguido tenha implicações muito preocupantes, especialmente os mais vulneráveis.

Esta onda de julho-agosto de 2025, no Centro-Sul acabou "partida" em 2 ondas devido à descida de temepratura sensivelmente entre 6 e 8/9 de Agosto, no entanto, o Centro-Norte do País continuou em Onda de Calor. Foi por isso que a duração da Onda foi de 20 dias - haverão de sair mais pormenores no boletim completo de Agosto.

O Agosto terminou por ser o 5º mais quente devido à segunda metade de Agosto ter tido temperaturas máximas, médias e mínimas abaixo ou muito abaixo da média em muitos locais do país.

A informação sobre o Verão de 2025 também deve ser lançada em breve, mas este verão, com muita alta probabilidade, poderá ser o mais quente de sempre.
 
Para "comemorar" os 20 anos de boletins mensais do IPMA entre 2005 e 2024, eu na altura calculei uma espécie de valor médio 05-24 e agosto já tinha média da máxima acima dos 30 ºC, e embora não seja assim tão relevante para o total anual, tanto julho como agosto tinham médias de precipitação abaixo dos 8 mm, muito inferior aos valores médios do século XX - mas mesmo comparando com este período mais recente, julho e agosto de 2025 continuariam a ser meses bem mais quentes e secos que a média!
 
Infelizmente era o esperado. :evilmad:
Reparem bem, que as temperaturas máximas médias são +1,55°C superiores em relação à normal mais recente. Quantos graus superiores, em comparação ao acordo de Paris, vamos? + 3/4/5°C desde a era industrial. Estamos feitos, vamos sofrer que se farta, e nas próximas gerações, deve ser impossível. :suicidio:
 
Quase todos os meses de verão temos anomalias na média de +1,5ºC. O acordo de Paris está mais que ultrapassado em Portugal, a nível mundial vai a caminho. E 'tamos a falar das novas normais, imagine-se se o IPMA ainda usasse 71-00.
A anomalia em relação a 71-00 seria de 2,26 ºC
 
No Algarve as temperaturas médias anuais estão neste momento cerca de um grau acima da média antiga. Contudo nas estações do interior a realidade é diferente.

Um grau extra, e uma queda da precipitação de 10 a 20% tem um impacto brutal. Já se nota uma antecipação do ciclo das plantas anuais de um a dois meses, muitas espécies estão a assumir o comportamento que têm no Levante espanhol.

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