Monitorização Criosfera - 2010



AnDré

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2010 começa com uma novidade na observação da área da superfície de gelo no Hemisfério Norte e no Hemisfério Sul.

As observações através de satélites desta componente climática, começaram a ser feitas em 1979, e ao longo dos últimos anos, as anomalias dessa superfície eram tidas em conta segundo uma normal de 22 anos: 1979-2000.

No entanto, em 2010, a área da superfície de gelo já se comparará a uma normal de 30 anos. Período entre 1979 e 2008.

Assim, e neste momento, estamos assim:

seaicerecentarctic.png


seaicerecentantarctic.png
 

Vince

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23 Jan 2007
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Aparentemente olhando para vários gráficos e alguns relatório parece que a extensão do gelo no Ártico está com o melhor nível desde 2001 embora essa conclusão seja divergente conforme os vários sites e metodologias de cálculo. Mas sem dúvida que andará próximo da média. Agora teoricamente já passámos o pico anual, vamos acompanhando a evolução até aos mínimos de Setembro.



crio.gif



crio2.gif




Em termos de antiguidade claro que o cenário já não é tão simpático, mas de qualquer forma mostra uma recuperação interessante

antm.gif
 

Vince

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AnDré

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No Árctico, à quase um mês que a área de superfície de gelo se mantém em valores mínimos para a época. A anomalia é de quase 2 milhões de quilómetros quadrados.

amsreseaiceextentl.png



Área da superfície de 27 de Junho de 1994 (dia em que a anomalia era próxima de zero), comparada com a área de superfície de gelo verificada ontem.

semttulo4z.jpg
 

Gerofil

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21 Mar 2007
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Estremoz
Onda de calor na Europa quebra recorde na redução dos gelos árticos

A atual onda de calor que castiga a Europa está batendo recordes históricos na redução da superfície congelada no Ártico, informou o serviço federal de hidrometeorologia e monitoramento ambiental russo (SFHMR) nesta terça-feira. "Em junho foi marcado um recorde de degelo. Se o calor continuar - e isto é o que dizem as previsões -, em agosto, teremos um mínimo histórico da superfície de gelos marítimos no Ártico", afirmou o chefe do SFHMR, Alexandr Frolov.
Uma situação parecida foi observada em 2007, quando a superfície dos gelos árticos no fim do verão foi reduzido a 4,4 milhões de quilômetros quadrados, frente ao volume habitual de 8 milhões no verão e de 11 milhões no inverno.
Dentre as consequências negativas, Frolov destaca o aumento do nível de água nos oceanos, que causar inundações de ilhas e territórios litorâneos, assim como a destruição de ecossistemas e o desaparecimento de várias espécies de peixes e outros animais. Mesmo assim, o chefe do SFHMR declarou que, por enquanto, não há razões para se fazer "previsões catastróficos relacionadas ao aquecimento global", segundo a agência oficial russa "Itar-Tass".
"A atual onda de calor não confirma nem desmente a teoria do aquecimento climático", falou o especialista, que esclareceu que, para se fazer conclusões neste campo, são necessárias observações durante, pelo menos, 30 anos. Enquanto isso, a imprensa afirma que a onda de calor vivida na Rússia pode se repetir nos próximos anos, como indicam as previsões, e que isso pode aumentar o derretimento dos gelos perpétuos, que ocupam 69 % do território russo.
Segundo o jornal "Moskovski komsomolets", o permafrost da zona siberiana do rio Yenisei, que possui uma espessura média de 10 metros, já derreteu 3,5 metros neste ano, meio metro a mais que o máximo habitualmente registrado nos finais de verão. Na cidade de Igarka, ao norte do círculo polar ártico, onde os prédios são construídos sobre pilares de concreto, várias casas começaram a apresentar fendas perigosas, obrigando os moradores a abandonar o local, diz a mesma fonte. A estação científica que monitora o estado das geleiras também foi afetado por este problema, já que o afundamento do terreno criou rachaduras nas paredes do prédio.

Último Segundo
 

AnDré

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"Em junho foi marcado um recorde de degelo. Se o calor continuar - e isto é o que dizem as previsões -, em agosto, teremos um mínimo histórico da superfície de gelos marítimos no Ártico", afirmou o chefe do SFHMR, Alexandr Frolov.

É verdade que Junho foi marcado por um permanente recorde de degelo no Árctico, mas felizmente em Julho houve uma desaceleração do degelo. A anomalia negativa continua bastante acentuada, mas mais longe de 2007, altura em que se bateu o recorde de menor área de superfície de gelo no Árctico.

amsreseaiceextent.png


Nos últimos 3 dias, voltou a dar-se uma aceleração do degelo, que se deve às altas temperaturas no norte da sibéria.
 

Kispo

Cumulus
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17 Ago 2008
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exactamente! é noticias como estas que tb deveriam passar na comunicação social! mas não!

Mostrar mais gelo no antartico e um artico a recuperar não interessam!
É preciso que morram dezenas de pessoas pelo frio para encaixarem a noticia "fria" do sul da america do sul no telejornal ...

falizmente que algumas mentiras têm os dias contados...

É verdade que Junho foi marcado por um permanente recorde de degelo no Árctico, mas felizmente em Julho houve uma desaceleração do degelo. A anomalia negativa continua bastante acentuada, mas mais longe de 2007, altura em que se bateu o recorde de menor área de superfície de gelo no Árctico.

amsreseaiceextent.png


Nos últimos 3 dias, voltou a dar-se uma aceleração do degelo, que se deve às altas temperaturas no norte da sibéria.
 

Mário Barros

Furacão
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18 Nov 2006
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Maçores (Torre de Moncorvo) / Algueirão (Sintra)
Massa de gelo de 260 m2 separou-se de um glaciar da Gronelândia

Um glaciar com um tamanho 4 vezes superior ao da ilha de Manhatan separou-se dos dois principais glaciares da Gronelândia. É já considerado o maior evento do género dos últimos 50 anos.

A nova "ilha de gelo" tem uma extensão de 100 metros quadrados (qualquer coisa como 260 metros quadrados) e uma espessura superior a metade da altura do Empire State Building, segundo Andreas Muenchow, professor de ciência e engenharia na Universidade de Delaware.

Muenchow disse ainda que já esperava que se separasse um troço de um dos mais antigos glaciares da Gronelândia, porque há já 7 anos que estava a aumentar de tamanho. Não esperava ,no entanto, que fosse tão grande.

"A água fresca armazenada neste icebergue poderia servir de corrente aos riso de Delaware e Hudson durante 2 anos" explicou Munenchow cuja pesquisa na área é subsidiada pela Fundação Nacional de Ciência.

"Também poderia abastecer os Estados Unidos inteiros durante cerca de 120 dias" acrescentou o cientista.

Disse ainda ser dificil de avaliar se o sucedido se fica ou não a dever ao aquecimento global porque os registos deste glaciar remontam apenas a 2003. A corrente de água salgada por baixo dos glaciares é uma das grandes causas do degelo na Gronelândia.

"Ninguém pode afirmar que foi causado pelo aquecimento global. No entanto também ninguém pode afirmar que não foi" disse Muenchow.

Os cientistas disseram que o primeiro semestre de 2010 foi o mais quente de sempre de todos os registos. O padrão de comportamentos meteorológicos associados ao El nino contribuiu para a subida de temperaturas, contudo muitos cientistas atribuem-na aos gases de efeitos de estufa produzidos pela acção humana.

O gelo pode fundir-se com a terra, partir-se em partes mais pequenas ou mover-se lentamente para sul bloqueando os navios que por lá passam.
A última vez que se formou uma ilha de gelo deste género foi em 1962 resultando em pequenos troços.

SIC
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Castelo Branco 386m(489/366m)
Massa de gelo de 260 m2 separou-se de um glaciar da Gronelândia

Mas que grande confusão vai para aí com as áreas em m2!! :D

Primeiro era 4x a ilha de manhatan, depois era 100 metros quadrados (que são 260m2)?? Pior ainda.. :)

Se forem 260km2 ainda acredito! É que 100 metros quadrados são mesmo 100m2, ou seja, é como um quintal com 10m de lado! 260m2 são como uma horta de 16m de lado. Mas se forem 260km2, já são como uma ilha de 16 km de lado!

Essa notícia deveria ir direitinha para o tópico dos tesourinhos deprimentes! :D
 

AnDré

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22 Nov 2007
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Odivelas (140m) / Várzea da Serra (930m)
Estamos a chegar a altura em que se atinge o mínimo de área de superficie de gelo no Árctico e o máximo no Antárctico.

No que diz respeito ao Árctico, está agora com a 3ª menor área de superfície de gelo, desde 1979.
E pelas imagens de satélite, parece que pela 2ª vez, o Árctico voltou a ser circum-navegável.

arcticseaicecolor000.png


seaicerecentarctic.png



Quanto ao Antárctico, permanece com uma anomalia positiva de área de superfície de gelo, embora menos significativa agora que no mês passado. Aliás, parece mesmo que o máximo de gelo no Antárctico já foi atingido.

seaicerecentantarctic.png