Conheço muito bem este fenómeno, por já o ter experimentado diversas vezes no Planalto Mirandês, fronteiriço ao vale escarpado do Douro Internacional, pelas vezes que lá me desloco (terra dos meus pais e restante família).
Tendo sido esse fenómeno, entre outros, que me despertou e mais me fascinou em criança o gosto pela meteorologia e em particular pelo frio e gelo. Esses nevoeiros, quando intensos e persistentes no tempo, congelam tudo à sua volta, pela conjugação entre frio e humidade. E em situações extremas, transformam as estradas em verdadeiras pistas de gelo, congelam lagos, e branqueiam a vegetação. É o chamado sincelo. Quando muito persistente e duradouro, parecemos mergulhados num mundo à parte, de escuridão e silêncio, porque toda a gente se recolhe e as actividades agrícolas param quase por completo. Apanhar azeitonas nestas condições é um verdadeiro suplício, pelo frio extremo e ausência de sol.
Habituei-me a circular pelo IP4 e a transição dar-se exactamente no alto do Marão, passando de um céu azul e sol esplêndido para um mundo de névoa cerrada ao entrar no nordeste transmontano. Típica do vale do Douro, em situações persistentes abrange praticamente todo o nordeste.
Nesse dias (às vezes semanas) a temperatura diurna pouco sobe acima dos zero graus.
Muito mais intenso nos anos 80, em que nas próprias previsões do IM indicavam a expressão «nevoeiros gelados». Bem menos frequente nos últimos anos, onde tem tido mais dificuldade em singrar e estabelecer-se coma tanta intensidade como naqueles anos.
Embora nos anos 30, 40 e 50 talvez este fenómeno não fosse assim tão comum, porque as pessoas da minha aldeia, quando nos anos 80 estes nevoeiros eram muito intensos, diziam de boca em boca que «isto» só começou a acontecer depois da construção das barragens no Douro Internacional (Miranda, Picote e Bemposta). Mito ou realidade ?
É um fenómeno meteorólogico bem definido no tempo, desde final de Novembro até mais ou menos o Natal, desaparecendo logo de seguida para não mais voltar, mesmo que com semelhante situação anticiclónica que lhe deu origem poucas semanas antes.
E será concerteza um dia objecto de um estudo lúdico da minha parte, porque é talvez o fenómeno meteorológico que mais me marcou até hoje, e que mais prazer me dá experimentar. É como se por alguns dias fosse transportado para uma qualquer siberiana. ;
Tendo sido esse fenómeno, entre outros, que me despertou e mais me fascinou em criança o gosto pela meteorologia e em particular pelo frio e gelo. Esses nevoeiros, quando intensos e persistentes no tempo, congelam tudo à sua volta, pela conjugação entre frio e humidade. E em situações extremas, transformam as estradas em verdadeiras pistas de gelo, congelam lagos, e branqueiam a vegetação. É o chamado sincelo. Quando muito persistente e duradouro, parecemos mergulhados num mundo à parte, de escuridão e silêncio, porque toda a gente se recolhe e as actividades agrícolas param quase por completo. Apanhar azeitonas nestas condições é um verdadeiro suplício, pelo frio extremo e ausência de sol.
Habituei-me a circular pelo IP4 e a transição dar-se exactamente no alto do Marão, passando de um céu azul e sol esplêndido para um mundo de névoa cerrada ao entrar no nordeste transmontano. Típica do vale do Douro, em situações persistentes abrange praticamente todo o nordeste.
Nesse dias (às vezes semanas) a temperatura diurna pouco sobe acima dos zero graus.
Muito mais intenso nos anos 80, em que nas próprias previsões do IM indicavam a expressão «nevoeiros gelados». Bem menos frequente nos últimos anos, onde tem tido mais dificuldade em singrar e estabelecer-se coma tanta intensidade como naqueles anos.
Embora nos anos 30, 40 e 50 talvez este fenómeno não fosse assim tão comum, porque as pessoas da minha aldeia, quando nos anos 80 estes nevoeiros eram muito intensos, diziam de boca em boca que «isto» só começou a acontecer depois da construção das barragens no Douro Internacional (Miranda, Picote e Bemposta). Mito ou realidade ?
É um fenómeno meteorólogico bem definido no tempo, desde final de Novembro até mais ou menos o Natal, desaparecendo logo de seguida para não mais voltar, mesmo que com semelhante situação anticiclónica que lhe deu origem poucas semanas antes.
E será concerteza um dia objecto de um estudo lúdico da minha parte, porque é talvez o fenómeno meteorológico que mais me marcou até hoje, e que mais prazer me dá experimentar. É como se por alguns dias fosse transportado para uma qualquer siberiana. ;