Findo Dezembro de 2020, tal significou que é agora possível construir a nova normal climatológica 1991-2020.
Baseei-me nos dados do IPMA, nas séries longas (http://www.ipma.pt/pt/oclima/series.longas/) e nos boletins climáticos mensais (http://www.ipma.pt/pt/publicacoes/boletins.jsp?cmbDep=cli&cmbTema=pcl&idDep=cli&idTema=pcl&curAno=-1).
Os dados correpondem apenas ao território de Portugal Continental, sendo por isso uma média das estações do IPMA, que nem sempre são as mesmas (novas estações; estações com falhas...).
-Temperatura:
Começo por apresentar um gráfico com as temperaturas máxima; média e mínima:
-Temperatura máxima:
O aumento de temperatura foi maior para a temperatura máxima. Entre 1971-2000 e 1991-2020 a temperatura média aumentou 0,69 °C, com grande destaque para Maio com +1,56 °C; Junho com +1,34 °C; Abril com +1,12 °C e Agosto com +1,1 °C!
Apenas Novembro viu diminuir a máxima média muito ligeiramente; com Dezembro apresentando uma estabilização do valor.
O maior número de eventos extremos de calor, mesmo no Inverno, countribuiu largamente para este aumento expressivo das máximas. O tempo anticiclónico levou também à redução da precipitação.
-Temperatura média:
Entre 1971-2000 e 1991-2020 a temperatura média aumentou 0,45 °C, com grande destaque para Maio com +1,12 °C; Junho com +0,93 °C e Abril com +0,82 °C!
A Primavera aqueceu muito! Os meses de Verão aumentaram mais moderadamente, bem como Março e Outubro. Já Fevereiro; Novembro e Dezembro arrefeceram...
Cada vez mais o Verão se alarga para Maio e Outubro, potenciando eventos extremos de calor; seca e grandes incêndios florestais (como Junho e Outubro de 2017).
-Temperatura mínima:
A temperatura mínima teve um aumento muito mais moderado (+0,19 °C) entre 1971-2000 e 1991-2020, relativamente à tempertaura máxima. E diminuiu até o seu valor entre 1981-2010 e 1991-2020 ( - 0,05 °C) em 8 meses (Fevereiro; Setembro e Dezembro com as maiores diminuições; Abril e Maio com os maiores aumentos). Talvez tal se deva a uma maior preponderância de tempo anticiclónico e seco, potenciando as mínimas (menor perturbação atmosférica).
- Precipitação:
Agora o mais interessante (
), a precipitação. Novamente, começo por um gráfico, permitindo uma comparação visual com as normais anteriores de 1971-2000 (ainda usada pelo IPMA) e a de 1981-2010:
É muito visível a perda de precipitação de Fevereiro; Junho e Dezembro. Por outro lado, Março e Outubro aumentaram o seu valor médio entre cada normal.
A tabela com os valores das 3 normais indica isso mesmo:
Analisando por estação do ano, entre 1971-2000 e 1991-2020, vemos o seguinte:
Inverno (Dez;Jan;Fev): 361,4
293,9 mm - uma queda de 19 % na precipitação!
Primavera (Mar;Abr;Mai): 211,3
214,8 mm - aumento de 2 %.
Verão (Jun;Jul;Ago): 59,7
44,8 mm - queda de 25 %! (mas a partir de valores baixos)
Outono (Set;Out;Nov): 249,7
265,9 mm - aumento de 6%.
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É uma análise muito superficial e que não tem em conta as diferentes realidades de cada território, mas que nos dá uma clara ideia da tendência:
-Queda na precipitação
-Aumento nas temperaturas, com destaque para a temperatura máxima.
Baseei-me nos dados do IPMA, nas séries longas (http://www.ipma.pt/pt/oclima/series.longas/) e nos boletins climáticos mensais (http://www.ipma.pt/pt/publicacoes/boletins.jsp?cmbDep=cli&cmbTema=pcl&idDep=cli&idTema=pcl&curAno=-1).
Os dados correpondem apenas ao território de Portugal Continental, sendo por isso uma média das estações do IPMA, que nem sempre são as mesmas (novas estações; estações com falhas...).
-Temperatura:
Começo por apresentar um gráfico com as temperaturas máxima; média e mínima:

-Temperatura máxima:

O aumento de temperatura foi maior para a temperatura máxima. Entre 1971-2000 e 1991-2020 a temperatura média aumentou 0,69 °C, com grande destaque para Maio com +1,56 °C; Junho com +1,34 °C; Abril com +1,12 °C e Agosto com +1,1 °C!
Apenas Novembro viu diminuir a máxima média muito ligeiramente; com Dezembro apresentando uma estabilização do valor.
O maior número de eventos extremos de calor, mesmo no Inverno, countribuiu largamente para este aumento expressivo das máximas. O tempo anticiclónico levou também à redução da precipitação.
-Temperatura média:

Entre 1971-2000 e 1991-2020 a temperatura média aumentou 0,45 °C, com grande destaque para Maio com +1,12 °C; Junho com +0,93 °C e Abril com +0,82 °C!
A Primavera aqueceu muito! Os meses de Verão aumentaram mais moderadamente, bem como Março e Outubro. Já Fevereiro; Novembro e Dezembro arrefeceram...
Cada vez mais o Verão se alarga para Maio e Outubro, potenciando eventos extremos de calor; seca e grandes incêndios florestais (como Junho e Outubro de 2017).
-Temperatura mínima:

A temperatura mínima teve um aumento muito mais moderado (+0,19 °C) entre 1971-2000 e 1991-2020, relativamente à tempertaura máxima. E diminuiu até o seu valor entre 1981-2010 e 1991-2020 ( - 0,05 °C) em 8 meses (Fevereiro; Setembro e Dezembro com as maiores diminuições; Abril e Maio com os maiores aumentos). Talvez tal se deva a uma maior preponderância de tempo anticiclónico e seco, potenciando as mínimas (menor perturbação atmosférica).
- Precipitação:
Agora o mais interessante (


É muito visível a perda de precipitação de Fevereiro; Junho e Dezembro. Por outro lado, Março e Outubro aumentaram o seu valor médio entre cada normal.
A tabela com os valores das 3 normais indica isso mesmo:

Analisando por estação do ano, entre 1971-2000 e 1991-2020, vemos o seguinte:
Inverno (Dez;Jan;Fev): 361,4

Primavera (Mar;Abr;Mai): 211,3

Verão (Jun;Jul;Ago): 59,7

Outono (Set;Out;Nov): 249,7

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É uma análise muito superficial e que não tem em conta as diferentes realidades de cada território, mas que nos dá uma clara ideia da tendência:
-Queda na precipitação
-Aumento nas temperaturas, com destaque para a temperatura máxima.