Novas provas sobre velhas extinções

Vince

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23 Jan 2007
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ovas provas sobre velhas extinções
Animais foram atingidos por partículas
Surgiram novas provas de um acontecimento cataclísmico que pode estar ligado a uma extinção em massa. No Alasca e na Sibéria foram encontrados fragmentos de meteoritos em presas e ossos de bisontes e mamutes. Citado pela BBC, um dos cientistas da equipa que investiga o caso, Richard Firestone, do Laboratório Lawrence Berkeley, explicou que as marcas têm 35 mil anos e resultam "de um impacto explosivo na atmosfera, que lançou estas partículas sobre os animais".

Na última reunião dedicada ao tema, da União Geofísica Americana, foram apresentados restos de oito animais com fragmentos. Um bisonte sobreviveu ao impacto, pois havia crescimento do osso. Os cientistas especulam que o animal terá ficado muito ferido e talvez cego.

A extinção maciça de animais (os mamutes, por exemplo) é conhecida e objecto de numerosas teorias. A espécie humana surge frequentemente como suspeita de ter provocado esta extinção, que ocorreu há 12 mil anos. Mas as novas descobertas lançam ideias inovadoras. Uma hipótese é a de que o bombardeamento de há 35 mil anos tenha enfraquecido de tal forma as grandes espécies que estas nunca recuperaram.

O evento com 35 mil anos estará ligado a outro mais recente, com 12 900 anos, que completou o efeito de extinção. Restos de animais foram encontrados em 20 diferentes locais arqueológicos e estão ligados a um sedimento contendo uma camada de carvão que indica gigantescos fogos florestais e que contém minúsculos fragmentos de vidro, diamante e irídio. Há também indícios de partículas de alta velocidade em ossos de animais. Os fragmentos terão chocado de forma explosiva. O seu conteúdo é rico em ferro, com pouco titânio. E os pedaços mostram magnetismo e radioactividade. Estas características tornam pouco provável a origem terrestre.

Firestone e os seus colegas estão a tentar ligar os dois eventos numa única teoria. A ideia é de que as extinções maciças estão relacionadas com a explosão de uma supernova, há 41 mil anos, numa zona do espaço relativamente próxima do sistema solar, 250 anos-luz. Estas datações baseiam-se em medições de radiocarbono feitas em sedimentos marinhos na Islândia, indicando fortíssimos índices de raios cósmicos.

Os materiais lançados pela explosão da estrela chegaram ao sistema solar, formando aglomerados semelhantes a cometas, que caíram na Terra em duas ocasiões separadas entre si por 22 mil anos. Para muitas espécies, foi um duplo azar.
(c) DN
 
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