Origem do Universo

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Gostaria de lançar este tópico, para discussão acerca das origens do universo, quem sabe para além da ciência para alguns ou para além da religião para outros!

A pergunta é: "O que é que havia antes do Universo? Como, porque ou para quê surgiu o Universo?"

Sempre me questionei desde miúdo acerca da origem de tudo, deixa-me muito intrigado! Hoje, já adulto, penso que a resposta está para lá da nossa capacidade de compreensão! Estamos fazendo perguntas erradas, "Como, porquê e para quê!" A natureza não tem que se preocupar com dar resposta a estas questões humanas. É por isso que digo que a resposta ultrapassa a nossa compreensão, quando nem a pergunta correcta sabemos fazer!

A religião aplica-se onde a ciência não explica, como religioso diria então que no princípio era o verbo, o alfa e o verbo era Deus.

Simples não é?

E agora vou ser chato, então e antes de Deus?! Deus existiu sempre OK.

Embora eu seja cristão, sou também um homem de ciência e procuro outras respostas:

No princípio, o que havia era um ponto singular "uma singularidade", e entretanto deu-se o Big-Bang, dando origem ao espaço e portanto ao tempo, pois tempo e espaço são faces da mesma moeda!

E o que é que havia antes do Big-Bang? Bem, antes nada havia, pois o tempo só surgiu depois do Big-Bang!

É tão difícil compreendermos que nada havia antes dessa singularidade que deu origem ao nosso universo.. Mesmo que houvesse contracções e expansões contínuas em ciclos infinitos, ainda restava a pergunta "E antes disso tudo?!"

Mas vamos complicar mais.. Então quem que me diz que não haja outros universos, tipo clusters e que nós surgimos de uma singularidade, isolada, mas não única? Quem me diz que a expansão, pelos vistos contínua e inevitável (se a massa da matéria escura não for suficiente) não será apenas uma aproximação a outro universo dando origem ao contrário do um Big-Bang?!

Fisicamente não é possível dizer que nos aproximamos de outros clusters de universos, pois aproximação implica espaço / tempo, logo mensurável, logo existe, e por essa razão o próprio espaço a separar seria também universo!

Enfim, é uma questão interessante, que nos deixa a filosofar..


Quero ver perguntas e respostas a este tópico, vamos lá pessoal! :)
 


psm

Nimbostratus
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25 Out 2007
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estoril ,assafora
venho responder !

eis um dos temas mais complicados de debater, porque vai mexer com credos, religião, ciencia. é um tema muito complicado de debater e controverso.

o infinito sempre intrigou o homem,e o fez sentir medo,e é algo impossivel de determinar.

a jeito de brincadeira

ao ser humano não se escapa de 3 coisas nascer,morrer e pagar impostos.
 

Gilmet

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12 Dez 2007
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Penso que essa é umas das questões que sempre persistiu á humanidade...

Já existem explicações para muitos fenomenos do Universo, mas para o nascimento ainda não... A religião é, para muitos uma explicação, e eu, não digo que não...a informação é tao pouca relativamente a este assunto, que se Alguem que o podesse ter criado e também nos ter criado a nós até pode ser uma opção viável... nada é impossivel...

Outra questão que persiste é o facto de dizermos que o Universo é infinito...eu já pensei e dicuti muitas vezes sobre este assunto e, sempre que penso mais profundamente neste assunto acabo por ficar mais confuso com isto... por experiencia própria afirmo que o cerebro humano (o meu pelo menos:p) não consegue interpretar o conceito "infinito"... não consegue perceber como é possivel algo nunca acabar... como é possivel algo ser eterno...

Na minha opinião, tudo tem que ter um fim... e creio que isto tambem poderá acontecer com o Universo... agora a questão é: "O que há para lá...?" Ora aí está... mais uma vez, não consigo ter a concepção do que pode existir para lá...e acho que ninguem consegue sequer imaginar, porque, se existir, será algo novo, algo que o ser humano não conhece ainda, logo, algo impossivel de imaginar...

O Big-Bang é a explicação que nos é dada... e, muitas vezes, sem aprofundamento do assunto..."Antes, era tudo vazio e, por junção de materiais ou assim, deu-se uma explosão gigantesca, que formou tudo"...e, fico na mesma:huh:...
Depois, excluindo os termos cientificos, penso assim: "Como é que de uma explosão tão grande e violenta, o espaço ficou tão perfeito? Como é que desta explosão nasceu algo tão belo como a terra? Como as Galáxias?..." Era então o mesmo que termos farinha, ovos, manteiga, açucar e chocolate numa caixa, abaná-los todos e por fim abrir a caixa e ter um belo bolo de Chocolate:lol:...e, mais uma vez voltamos então á questão... como?

Pois é.. como? Aí reside a questão...
 

AnDré

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22 Nov 2007
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Esse sempre foi um pensamento que me ocorria nas noites de insónia. Ficava sempre às voltas na cama a pensar no porquê do universo, das estrelas, do planeta terra. Algo tão perfeito.

Depois pensava no porquê de eu existir só agora, e no que haveria para lá da minha morte. Nunca mais poderia ver nada, nem assistir ao avanço da tecnologia, ao avançar da minha geração. Nunca mais voltar a pisar os montes e vales que agora piso. Nem a dançar em cima das colunas ou apanhar banhos de sol na praia. Nunca mais voltaria a cantar, a falar. E a minha memória e vida perder-se-ia para sempre.

E o nó na barriga volta a crescer. Acho que é por isso que sou tão agarrado à vida!:D

Como jovem cristão que sou, tento encontrar essas respostas junto de um ideal que suporta aquilo que vai para além da matéria física, a alma.
Ao mesmo tempo sou um fisico, que procura respostas em tudo. No fundo Paulo H eu vivo o mesmo.

Mas sabes uma coisa, existe uma física nova que estuda a existência de Deus. Se não estou em erro chama-se Fisica Moderna e está agora a dar os seus primeiros passos. Talvez nos dê a resposta a esta pergunta. Vou tentar insvestigar!;)
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Esse sempre foi um pensamento que me ocorria nas noites de insónia. Ficava sempre às voltas na cama a pensar no porquê do universo, das estrelas, do planeta terra. Algo tão perfeito.

Depois pensava no porquê de eu existir só agora, e no que haveria para lá da minha morte. Nunca mais poderia ver nada, nem assistir ao avanço da tecnologia, ao avançar da minha geração. Nunca mais voltar a pisar os montes e vales que agora piso. Nem a dançar em cima das colunas ou apanhar banhos de sol na praia. Nunca mais voltaria a cantar, a falar. E a minha memória e vida perder-se-ia para sempre.

E o nó na barriga volta a crescer. Acho que é por isso que sou tão agarrado à vida!:D

Como jovem cristão que sou, tento encontrar essas respostas junto de um ideal que suporta aquilo que vai para além da matéria física, a alma.
Ao mesmo tempo sou um fisico, que procura respostas em tudo. No fundo Paulo H eu vivo o mesmo.

Mas sabes uma coisa, existe uma física nova que estuda a existência de Deus. Se não estou em erro chama-se Fisica Moderna e está agora a dar os seus primeiros passos. Talvez nos dê a resposta a esta pergunta. Vou tentar insvestigar!;)


Talvez a linguagem de Deus esteja nas fórmulas universais da física! Alguém inventou as regras e decerto não foi o Homem!

Uma das coisas engraçadas que se verificam na natureza é a sensação de haver sempre uma balança com 2 pratos, causa / efeito, em que as coisas ditas assim não desaparecem apenas se transformam perdurando-se desta forma desde o início até ao infinito!

Podes investigar uma teoria que já não é muito nova, já vem dos filosofos gregos, passou por Newton, Einstein e por vários prémios nobel: O tempo!

Afinal o tempo é absoluto ou não é?!

É que assim respondo ao PSM e ao GILMET, na questão do infinito! Até agora para haver tempo tem de haver movimento, espaço, por isso não existia tempo nessa singularidade (ponto) que deu origem ao Big-Bang, assim como não existe tempo no interior dos buracos negros, ninguém consegue definir o que é essa dimensão "o tempo", Einstein fala da malha espaço-tempo, como espaço e tempo fossem faces da mesma moeda.

Mas e se o tempo for absoluto? Então ele decorreria independentemente do que aconteça, apenas o conseguimos medir actualmente pelo salto electronico de um estado para o seguinte ocorrido num átomo de Césio quando bombardeado com fotões.

Reparem, se o tempo for contínuo, absoluto, não precisamos dele nas fórmulas, e verdade seja dita, na física quantica não existe tempo, apenas existe incerteza, em que tudo pode voltar atrás (fenómenos reversíveis)!

Tempo seria apenas necessário para combinarmos uma hora e um local com alguem. O tempo não passaria de uma sequência de acontecimentos em que em cada instante se conservam todas as propriedades para passar ao acontecimento seguinte. Desta forma, olhamos para o infinito, como um acontecimento a seguir a outro sem fim.

Em maior número existem os defensores do tempo, defendem que ele existe e que está ligado ao espaço. Afirmam que vemos o tempo fluir em cada acontecimento, desde uma pedra que lançamos ao ar até à transição de um electrão de um estado para outro. Entendam-se! Precisamos do tempo ou não?

Às vezes penso no dia em que através da física quantica se conseguir unificar as físicas de cada uma das forças que compõem o Universo. Será tudo uma questão de probabilidades?! Através da termodinâmica, consigo calcular a probabilidade de uma pedra se levantar sem razão aparente, apenas porque os seus átomos se lembraram de se organizar! É claro que a probabilidade anda na ordem dos (1x10^-40) ou menos!
 

MSantos

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Este tema vem mesmo a calhar:D visto ter começado a ler a pouco tem um Livro que se chama "A formula de Deus" escrito por José Rodrigues dos Santos, conhecido jornalista da RTP, que tem tudo a haver com este assunto:thumbsup:
Estou a gostar bastante e acho deviam ler tambem.
 

vitamos

Super Célula
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11 Dez 2007
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Este tema vem mesmo a calhar:D visto ter começado a ler a pouco tem um Livro que se chama "A formula de Deus" escrito por José Rodrigues dos Santos, conhecido jornalista da RTP, que tem tudo a haver com este assunto:thumbsup:
Estou a gostar bastante e acho deviam ler tambem.

Sendo um escritor que adoro e tendo lido quase todos os livros dele certamente que irei ler "A fórmula de Deus" :)

Quanto à questão do tópico é absolutamente profunda e nem o facto de ser um cristão (embora sempre crítico e curioso), me retira as insónias que já tive, tenho e terei a pensar nisso! Por isso passarei aqui a ler este tópico mas permitam-me que não acrescente grande coisa :( é que quando começo a pensar nisto a cabeça não para e juro-vos que já cheguei a ter algumas crises de ansiedade... :(
 

StormFairy

Cumulus
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23 Fev 2008
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Quinta do Anjo - Palmela
...

Depois pensava no porquê de eu existir só agora, e no que haveria para lá da minha morte. Nunca mais poderia ver nada, nem assistir ao avanço da tecnologia, ao avançar da minha geração. Nunca mais voltar a pisar os montes e vales que agora piso. Nem a dançar em cima das colunas ou apanhar banhos de sol na praia. Nunca mais voltaria a cantar, a falar. E a minha memória e vida perder-se-ia para sempre.

E o nó na barriga volta a crescer. Acho que é por isso que sou tão agarrado à vida!:D
...
André ;)
Gostaria só de dar uma achega a este tema que exploro diariamente e que é tão vasto e tão abrangente.
A grande maioria de nós define-se como um corpo finito... matéria, todos sabemos no entanto que assim não é, basta analisarmos nem que seja ao microscópio, alguns dos aspectos da nossa "composição" para percebermos que somos " campos de energia".
Se olharmos o universo do ponto de vista de um fisico, e questionarmos de que é feito o Universo, a resposta será certamente "energia", não pode ser criada nem destruida, sempre existiu, é tudo aquilo que já existiu e existe, move-se em formas, através de formas e a partir de formas.
Se olharmos o Universo do ponto de vista da Teologia, questionamos da mesma forma o Universo e a resposta será certamente Deus, que sempre foi e sempre será , que não pode ser criado nem destruido, é tudo aquilo que já foi e tudo aquilo que será, move-se sempre em formas, através de formas e a partir de formas.
A descrição é a mesma, só difere na terminologia.
Não somos apenas um "fato de carne" somos mais um dos muitos campos de energia que opera num campo de energia muito mais vasto, intrigante e desconhecido.... o Universo.
;) ... Este tema.... há tanto por dizer....:)
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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...
André ;)
Gostaria só de dar uma achega a este tema que exploro diariamente e que é tão vasto e tão abrangente.
A grande maioria de nós define-se como um corpo finito... matéria, todos sabemos no entanto que assim não é, basta analisarmos nem que seja ao microscópio, alguns dos aspectos da nossa "composição" para percebermos que somos " campos de energia".
Se olharmos o universo do ponto de vista de um fisico, e questionarmos de que é feito o Universo, a resposta será certamente "energia", não pode ser criada nem destruida, sempre existiu, é tudo aquilo que já existiu e existe, move-se em formas, através de formas e a partir de formas.
Se olharmos o Universo do ponto de vista da Teologia, questionamos da mesma forma o Universo e a resposta será certamente Deus, que sempre foi e sempre será , que não pode ser criado nem destruido, é tudo aquilo que já foi e tudo aquilo que será, move-se sempre em formas, através de formas e a partir de formas.
A descrição é a mesma, só difere na terminologia.
Não somos apenas um "fato de carne" somos mais um dos muitos campos de energia que opera num campo de energia muito mais vasto, intrigante e desconhecido.... o Universo.
;) ... Este tema.... há tanto por dizer....:)

Concordo! Pensar que os físicos criam leis universais, em que se diz "Na natureza nada se cria, nada se destroi, tudo se transforma.." e depois quando confrontados com o tema cosmogénese tudo se torna difícil de aceitar. A compreensão desta lei é das mais fáceis de entender no nosso dia a dia e aplica-se a quase tudo na vida! O ser humano prefere sempre encontrar justificações tipo causa/efeito, quando aqui o problema das origens, pode nem sequer colocar-se no caso do Universo ter sido sempre assim: maior ou menor quantidade de matéria/anti-matéria ligada à maior ou menor quantidade de energia, com maior ou menor densidade.

Nem o tempo, os cientistas sabem bem o que é! Sabem como medi-lo com base no movimento, de outra forma não lhe atribuem definição alternativa.

Quando nem sabemos definir tempo sem movimento, como podemos questionar o que era o Universo antes de.. antes de todos os tempos?
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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A vida surge também como uma das "coisas" que prescindem de relações causa-efeito. Por exemplo, com a termodinâmica posso determinar a probabilidade de uma pedra de 1kg se levantar porque lhe apetece, sem qualquer influência externa (causa-efeito) vencendo uma das forças que rege o universo (a força da gravidade), sendo que a probabilidade de tal suceder é infinitésimal mas existe (da ordem de 1 x 10^-29%)!

Mas que dizer da vontade de um ser vivo?! É a mente que decide que um certo nº de músculos (tecidos compostos de moléculas compostas por átomos compostos por partículas atómicas compostas por outras inferiores como sejam quarks, fotões, neutrinos e todas as outras de duração limitada ou que apenas existam teoricamente para satisfazer equações), fará com que o corpo se mova contra qualquer probabilidade ou justificação científica.
 

Rog

Cumulonimbus
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6 Set 2006
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Alguns comentários sobre algumas ideias que foram aqui referidas...

Há cientistas que até defendem que não ocorreu o big bang, que o universo sempre existiu, e que vai alternando por períodos entre contracção e dilatação... por teoria estariamos numa fase de dilatação.


As teorias, mesmo provisórias e apenas alcançando o entendimento do momento em que foram criadas, permitiram resolver vários problemas. Mesmo que agora concorde-se que não é bem assim, o que é certo é que por outras vias menos correctas alcançamos algumas soluções.


A teoria de Einstein, uma das mais belas que a ciência viu, para alguns demasiado simplista, permitiu o entendimento para a construção de bombas atómicas mas também permitiu perceber como funcionam as estrelas e como têm combustível para mais uns bons milhões de anos.


Quanto ao tempo... é relativo. Se conseguissemos viajar à velocidade da luz, o tempo seria tão relativo que simplesmente parava quando comparado com os que não estariam a viajar a essa velocidade.


Teoricamente, se fosse possível ultrapassar a velocidade da luz, consegueriamos recuar no tempo. Mas aqui esbarra muitas situações, viajar acima da velocidade da luz poderia até significar a ausência de luz.
 

Paulo H

Cumulonimbus
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Quanto ao tempo... é relativo. Se conseguissemos viajar à velocidade da luz, o tempo seria tão relativo que simplesmente parava quando comparado com os que não estariam a viajar a essa velocidade.


Teoricamente, se fosse possível ultrapassar a velocidade da luz, consegueriamos recuar no tempo. Mas aqui esbarra muitas situações, viajar acima da velocidade da luz poderia até significar a ausência de luz.

E se a velocidade da luz não fosse constante em todo o Universo? Já vimos que a luz se curva quando submetida à força gravitacional de uma estrela ou buraco negro. Ora, ao curvar será que reduz velocidade ou será que mantém pois a curvatura que descreve não é mais do que a geometria da malha espaço-tempo percorrida pela luz?

Se a velocidade da luz não fosse constante, muitas teorias seríam possíveis de se realizar.

No fundo a própria velocidade é algo relativo, pois se aceitamos que não podemos viajar a velocidade superior à da luz (para não falar desde já em matéria, mas transformados em energia), podemos facilmente imaginar uma situação em que a velocidade da luz seria ultrapassada embora não fosse visível! Imaginemos que viajamos numa plataforma a 1/4 da velocidade da luz com 10km de comprimento, desta plataforma lançamos uma nave a 1/4 da velocidade da luz, e desta nave lançamos outra menor 1/4 da velocidade da luz e por aí fora.. Conclusão: Para o viajante da nave a velocidade é de 1/4 da velocidade da luz, enquanto que para um observador fora deste sistema a velocidade seria superior à da luz embora não fosse possível verificar!

Podemos imaginar que o Universo está em expansão a uma dada velocidade e acelaração, viajamos na via-láctea a uma dada velocidade, viajamos com o sistema solar a uma dada velocidade, viajamos em torno do Sol a uma velocidade, a rotação da Terra tem uma velocidade, deslocamo-nos a uma velocidade assim como cada uma das sub-partículas que compõe os nossos átomos! Afinal para um observador exterior ao Universo (digamos que Deus o possa fazer) a que velocidade nos deslocamos?
 

AnDré

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22 Nov 2007
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Teoricamente, se fosse possível ultrapassar a velocidade da luz, consegueriamos recuar no tempo. Mas aqui esbarra muitas situações, viajar acima da velocidade da luz poderia até significar a ausência de luz.

Bem, tenho acompanhado este tópico a fundo.
Gosto de ler o que vai no pensamento de cada um. Principalmente quando se fala de algo a que provavelmente, e durante a nossa curta passagem pela vida, nunca obteremos resposta.

Mas esta questão do Rog perturbou-me.:shocking:
O que veriamos para lá da ausência da luz?:confused:

Acho que prefiro não saber...:hehe::hehe:
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Bem, tenho acompanhado este tópico a fundo.
Gosto de ler o que vai no pensamento de cada um. Principalmente quando se fala de algo a que provavelmente, e durante a nossa curta passagem pela vida, nunca obteremos resposta.

Mas esta questão do Rog perturbou-me.:shocking:
O que veriamos para lá da ausência da luz?:confused:

Acho que prefiro não saber...:hehe::hehe:

Eu diria que à velocidade da luz, se fossemos um fotão, num primeiro instante veríamos tudo igual como se fosse uma imagem congelada, mas no n-ésimo instante seguinte apenas veríamos uma imagem de frente, tudo o que veriamos seria presente. Nós vulgares humanos, o que vemos em nosso redor é já passado mesmo a 1mm de distância, correcto? Logo à velocidade da luz, veriamos apenas as colisões de fotões situados em linha connosco mas à nossa frente, o resto seria tudo escuro como breu!

Seria um pouco triste, o que os nossos olhos observam é o passado, mas é um mundo rico em cores, formas e movimentos. No caso da luz, o que ela vê é um presente rodeado de escuridão apenas interrompido com alguma sorte!
 

Paulo H

Cumulonimbus
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Eu diria que à velocidade da luz, se fossemos um fotão, num primeiro instante veríamos tudo igual como se fosse uma imagem congelada, mas no n-ésimo instante seguinte apenas veríamos uma imagem de frente, tudo o que veriamos seria presente. Nós vulgares humanos, o que vemos em nosso redor é já passado mesmo a 1mm de distância, correcto? Logo à velocidade da luz, veriamos apenas as colisões de fotões situados em linha connosco mas à nossa frente, o resto seria tudo escuro como breu!

Seria um pouco triste, o que os nossos olhos observam é o passado, mas é um mundo rico em cores, formas e movimentos. No caso da luz, o que ela vê é um presente rodeado de escuridão apenas interrompido com alguma sorte!

Ups!! Correcção: à velocidade da luz veriamos passado à mesma, pois existe sempre uma distância entre o observador e o evento a decorrer e a emitir fotões em todas as direcções. A luz veria presente se a sua velocidade fosse infinita. Ou seja, andar muito depressa não é assim tão vantajoso, só se fosse possível parar e observar o mundo em redor.. Aí sim seria engraçado saltar de planeta em planeta e de estrela em estrela, e mesmo assim não se podia ir muito longe, a não ser que o tempo decorresse mais lentamente.