Pedido de dados meteo/clima

ecobcg

Super Célula
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10 Abr 2008
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Sitio das Fontes e Carvoeiro (Lagoa - Algarve)
re: Dados climáticos - Concelho de Loulé

No concelho de Loulé tens uma estação em Alte, pertencente à Direcção Regional de Agricultura e Pescas, com o historial desde 2006:
http://www.drapalg.min-agricultura.pt/index.php?option=com_wrapper&Itemid=43

Aqui podes ver os dados da Estação Meteorológica do INAG situada em S. Brás de Alportel (a mais próxima de Loulé):
http://snirh.pt/
(no mapa, nas caixas de verificação, escolhe só Estações Meteorológica, senão aparecem misturadas com as hidrométricas...)

Tirando estas não conheço mais nenhuma em Loulé.
 


fablept

Nimbostratus
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12 Nov 2008
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Noventa e três euros. É quanto os donos dos automóveis danificados por tempestades têm de pagar, em média, ao Instituto de Meteorologia (IM) para conseguirem um simples certificado que comprove o mau tempo verificado num determinado dia. Sem este documento, as seguradoras recusam pagar os estragos nos veículos.

«Fiquei estupefacto quando recebi o orçamento do Instituto de Meteorologia», lembra João, que no dia 29 de Abril ficou com o carro destruído pela tempestade de granizo que durante 30 minutos inundou toda a zona de Benfica, em Lisboa. É que quando contactou a seguradora foi informado de que esta só assumia a reparação do veículo, mesmo assegurado contra todos os riscos, com a apresentação do documento do IM.

E para obter o certificado, o instituto obrigava a pagar os 93 euros no prazo máximo de 30 dias ou «reservava-se ‘o direito de cancelar o pedido’», refere João, revoltado por ter de desembolsar mais de 90 euros para que a companhia procedesse ao pagamento do arranjo do automóvel.

«Os estragos custavam mais de 2.300 euros. E eu ainda tinha de pagar mais? E se não tivesse dinheiro?», critica, acrescentando: «Contactei por telefone o meu mediador de seguros e contei-lhe a situação. Disse-me que iria apresentar esta despesa do IM à seguradora, mas que duvidava que pagassem».

Serviço caro para moderar pedidos

No mesmo dia em que João ficou com o carro destruído, chegaram ao IM mais três pedidos de certificação, de moradores de Lisboa e Porto.

O presidente do IM, Adérito Serrão, admite a cobrança dos 93 euros e justifica: «É uma taxa moderadora normal de um serviço público». Ou seja, o objectivo é moderar os pedidos dos cidadãos, uma vez que, segundo o IM, a emissão de certificados obriga a utilizar vários e dispendiosos recursos.

De acordo com este organismo, além das seguradoras, estes relatórios servem «para confirmar junto de tribunais a ocorrência de fenómenos atmosféricos adversos».

O IM garante ainda que estes serviços têm um impacto financeiro «bastante inferior a 1% no orçamento» da autoridade climatérica nacional, recusando-se, porém, a especificar o número de certificados pedidos nos últimos anos.

Os preços dos relatórios variam consoante o número de fenómenos meteorológicos que tiveram de ser verificados, como chuva, ventos, ciclones, entre outros. O mais barato, e pouco comum, é aquele em que os peritos analisam apenas um fenómeno e custa 73 euros. Mas o mais comum é o que vale 93 euros, em que são ‘atestados’ dois fenómenos. O preço pode ainda ser maior, caso estejam em causa vários fenomenos ou vários dias. Segundo fonte oficial daquele organismo, em metade dos pedidos, os cidadãos decidem não pagar, desistindo do processo. O que para o IM não resulta do preço do serviço: «Significa que não eram [documentos] essenciais».

Prática ‘desleal e agressiva’

«A tempestade do final de Abril foi amplamente divulgada, é do conhecimento geral pelo que não é de todo razoável as seguradores pedirem um certificado», defende Carla Oliveira, jurista da DECO – Associação de Defesa do Consumidor.

Por isso, a especialista sugere que os proprietários de viaturas danificadas se «recusem a pagar este tipo de certidões». Além disso, aconselha os cidadãos a «reclamarem junto do Instituto de Seguros».

É que, para a DECO, que ainda não recebeu qualquer reclamação sobre o assunto, esta exigência das seguradoras em casos de sinistros automóveis é uma prática «desleal, agressiva e punível por lei».

O mesmo considera o Instituto de Seguros de Portugal. Segundo Rui Fidalgo, do departamento de relações com os consumidores, a exigência de um comprovativo meteorológico pode configurar uma prática comercial desleal. Se o sinistro estiver coberto pelo seguro, explica Rui Fidalgo, a seguradora é obrigada a pagar sem exigir ao cliente qualquer prova do que aconteceu.

Mas João já pagou ao IM. E, neste momento, ainda aguarda a certidão. No entanto, a companhia de seguros já confirmou que vai cobrir os custos da reparação do automóvel. ~

O que ele não sabe é se depois a seguradora aceita pagar os 93 euros que gastou com o certificado meteorológico. Certificado este que apenas descreve a tempestade que assolou Lisboa, especialmente a zona de Benfica, no dia 29 de Abril. E que fez circular vídeos no Youtube e na televisão.

Fonte: SOL
 

Vince

Furacão
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23 Jan 2007
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Parece-me razoável o pagamento de uma taxa pelo tal certificado, embora o valor seja puxado .... talvez se aceite em casos isolados e pontuais que exigem alguma investigação e recursos por parte do IM, mas não num evento mais generalizado e óbvio como esse.
De qualquer forma, o sistema das seguradoras não faz sentido, não bastaria apresentar provas dos danos que são avaliados pelos peritos da seguradora ? Como é que se faz quando for uma coisa muito localizada que não seja possível certificar pelo IM ? Parece apenas mais um estratagema das seguradoras fugirem às suas responsabilidades.
 

Chingula

Cumulus
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16 Abr 2009
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Quando as opções politicas apontam para a sutentabilidade das instituições, surgem estas questões...diminuiem-se os orçamentos anuais e pretende-se uma rentabilização e melhoria dos serviços...a coisa é dificil de equilibrar - respondam os gestores do I.M....
Aguardo com alguma curiosidade o andamento do tão falado e prometido Radar Meteorológico para a Madeira...
 

Aristocrata

Super Célula
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28 Dez 2008
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Penso que o custo destas certidões é exagerado.

Certificar fenómenos meteorológicos que apenas necessitam consulta a registos com poucos meses é uma "barbaridade". Se fosse necessário o recurso a registos com vários anos eu compreendia.
A desculpa de que assim se tenta "moderar" o recurso a esta certidões é mesmo uma falsa desculpa. Ficaria melhor assumirem a falta de recursos económicos e humanos...agora desculpas destas não são próprias de gente\instituição como deverá ser no IM.

Infelizmente este é o país que temos, a mentalidade que temos.

Das seguradoras apenas isto: gente sem escrúpulos!
 

Chacal

Cirrus
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9 Jul 2011
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Sintra
Base de dados

Boas,

Estou a realizar um estudo da ventilação natural de uma habitação, sendo as condições meteorológicas um um factor muito importante e com elevada influência.

Já estive a pesquisar em diversos sites com os registos de temperatura, intensidade e direcção do vento, nomeadamente o weatherunderground.com, mas apenas consigo obter registos pontuais e sem um output decente.

Gostaria assim de saber se é possível obter os registos das médias diárias ou bi-diárias de temperatura, intensidade e direcção do vento, num período de pelo menos 2 anos para a zona de Lisboa, mais especificamente para a zona da Baixa ou da estação do aeroporto de Lisboa!

Cumprimentos!
 

High Lands

Cirrus
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29 Jan 2009
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Baião (700m)
Incêndios Baião

Estou a realizar uma tese de mestrado sobre incêndios florestais no concelho de Baião. Para o estudo de caso necessito dos seguintes dados:

> Precipitação média diária para o mês de Agosto de 2009
> Precipitação média mensal para o ano de 2009

> Humidade relativa média diária para o mês de Agosto de 2009
> Humidade relativa média mensal para o ano de 2009

> Temperatura média diária para o mês de Agosto de 2009
> Temperatura média mensal para o ano de 2009

> Valores extremos de temperatura, humidade relativa e vento para o mês de Agosto de 2009

> Carta sinóptica dos dias 28, 29, 30 e 31 de Agosto de 2009
> Imagem de satélite dos dias 28, 29, 30 e 31 de Agosto de 2009
> Velocidade e direcção do vento para os dias 28,029, 30 e 31 de Agosto de 2009

> Classes de Risco de Incêndio Diário para todos os dias do mês de Agosto de 2009, por concelho


Como a área de estudo é o concelho de Baião, pretendia estes dados para a estação meteorológica de Vila Real e para o posto udométrico de Penafiel.

Haverá esta informação disponível nalguma base de dados, ou apenas o Instituto de Meteorologia terá tal informação?

Agradecido
 

Vince

Furacão
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23 Jan 2007
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Braga
Re: Incêndios Baião

Ora bem, o que me ocorre agora:

Vila Real como é uma estação que WMO/SYNOP podes encontrar dados diários em bases de dados como tutiempo, ogimet ou da NOAA (lê este tópico umas páginas atrás sobre as cautelas que se devem ter com este tipo de dados).
http://www.tutiempo.net/clima/Vila_Real/08-2009/85670.htm
http://www.ogimet.com/cgi-bin/gsynr...=2009&mes=08&day=31&hora=23&ord=REV&Send=Send


Do INAG, procura por dados de estações udométricas aqui:
http://snirh.pt/


Imagens de satélite geoestacionário regista-te no Dundee, tens arquivo de imagens Meteosat das 00/06/12/18z:
http://www.sat.dundee.ac.uk/
http://www.sat.dundee.ac.uk/geobrowse/geobrowse.php?sat=0&year=2009&month=8

Tens ainda as imagens de alta resolução Terra/Aqua não geoestacionários, mas estás dependente da hora da passagem e desta ser favorável
http://lance-modis.eosdis.nasa.gov/imagery/subsets/?subset=Europe_3_01

Cartas, tens arquivos aqui:
http://www.wetterzentrale.de/topkarten/tkfaxbraar.htm

Reanálise aqui:
http://www.wetterzentrale.de/topkarten/fsreaeur.html

Relatório risco incêndio IM Agosto 2009:
http://www.meteo.pt/resources.www/d...EQINvU/met_20090801_20090831_fog_mm_co_pt.pdf

Tens ainda os relatórios climáticos do IM de Agosto e Verão de 2009:
http://www.meteo.pt/resources.www/d...xYfUHD/cli_20090801_20090831_pcl_mm_co_pt.pdf
http://www.meteo.pt/resources.www/d...qyUTKE/cli_20090601_20090831_pcl_sz_co_pt.pdf
 

ceci3fonseca

Cirrus
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10 Jul 2011
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Guarda
Pedido de dados

Olá,

É a primeira vez que participo neste fórum...
Estive a ler as mensagens anteriores e eu também tenho uma má experiência com o IM que ainda não terminou. Das respostas que li já percebi que sem recorrer ao IM será dificil ter dados que depois sejam considerados "oficiais" (válidos). Assim sendo não sei se alguém me poderá ajudar, mas vou apresentar-vos a minha situação:

Estou a fazer um trabalho de investigação e preciso de valores mensais de precipitação e temperatura, do maior número de anos possível (de preferência mais de 50 anos), nas diferentes estações de recolha de informação do país. Tenho interesse em valores máximos obtidos a partir de observações diárias e relativos às regiões: norte litoral, norte interior, centro litoral, centro interior, sul litoral e sul interior. Também necessito da localização das estações de recolha da informação.

Já solicitei estes dados ao IM, preenchendo um formulário para que me fosse fornecido o respectivo orçamento, mas até à data não obtive resposta e os contactos telefónicos que já efectuei levam-me a crer que talvez não os venha a conseguir.

Agradeço desde já a quem me puder ajudar.

Cecília
 

HotSpot

Cumulonimbus
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Moita, Setubal
Bem-Vinda Cecília.

De certa forma, queres quase toda a informação que o IM tem em histórico. Acredito que possa ser uma tarefa complicada/dispendiosa.

Aqui podes encontrar dados para algumas estações:

http://www.meteo.pt/pt/oclima/clima.normais/

Nos links que o Vince deixou no post acima também podes encontrar informação muito útil.

Também tens o Atlas Climatológico aqui:

http://www.aemet.es/es/divulgacion/publicaciones/detalles/Atlas-climatologico

Alguma coisa mais especifica pergunta aqui que existe sempre alguém disposto a ajudar.
 

fablept

Nimbostratus
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12 Nov 2008
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Esta notícia não é sobre "certificar o tempo", mas se acharem necessário, alguem que mova para um novo tópico.

Instituto de Meteorologia "cobra" por dados para fins científicos

O investigador universitário Eduardo Brito acusou hoje o Instituto de Meteorologia (IM) de “cobrar” por dados meteorológicos e climatológicos para fins científicos, que “deviam estar ao serviço da população e das entidades científicas”.

“Solicitei os dados na região mas remeteram-me para Lisboa. Fiz o pedido por escrito e, meses depois, chegou a resposta com uma tabela de custos para a cedência dos dados”, afirmou Eduardo Brito, responsável pelo projeto Clima e Meteorologia dos Arquipélagos Atlânticos - Clima Marítimo e Costeiro (CLIMAAT), em declarações à Lusa.

O investigador frisou que o IM se “refugiou na sua condição de instituto que gera receitas para justificar a cobrança dos dados”, mas questionou se “são um serviço ou um negócio que cobra às pessoas que o sustenta?”

Eduardo Brito denunciou ainda que “até os alunos que estão a fazer teses científicas nesta área têm de pagar os dados”, acrescentando que o responsável do IM nos Açores respondeu às solicitações dizendo que o acesso aos dados estava "condicionado a projetos com interesse”.

“Era o que faltava, ser o IM, que é um serviço e não um centro de investigação científica, a decidir o que o são projetos com interesse científico”, afirmou, defendendo que “o acesso aos dados deve ter um critério técnico e não de livre arbítrio”, até porque a Universidade dos Açores "também tem estações, mas precisa dos dados mais antigos para fazer as comparações".

Para Eduardo Brito, o IM “devia ter (nos Açores) uma delegação ou serviço com autonomia de decisão, incluindo nos investimentos que salvaguardem o interesse específico, e não comandada por Lisboa, que tem outras prioridades”.

“Os Açores possuem dos melhores espólios do país, recolhidos desde há mais de uma centena de anos por muitos funcionários que cobravam uma ninharia para ir aos postos e agora cobram a consulta dos dados”, lamentou.

Por seu lado, Diamantino Henriques, diretor regional dos Açores do Instituto de Meteorologia, assegurou à Lusa que “os dados estão disponíveis, nomeadamente os que são públicos e que dizem respeito à precipitação e temperatura”.

“O que se cobra é o trabalho de os ordenar porque o que pedem está no meio de múltiplas recolhas de variadíssimos dados, e para isso é preciso um funcionário”, sustentou, esclarecendo que “os dados estão arquivados em bruto e, quando solicitados, têm de ser sistematizados e fornecidos prontos a usar, o que justifica a cobrança que o IM faz”.


AcorianoOriental[/url
http://www.acorianooriental.pt/noticias/view/219734
 

Gil_Algarvio

Nimbostratus
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23 Mar 2009
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Manta Rota - Algarve
Esta notícia não é sobre "certificar o tempo", mas se acharem necessário, alguem que mova para um novo tópico.

Uma colega minha aqui da Universidade de Évora passou pela mesma situação, ela queria fazer uma tese sobre as possíveis alterações micro-climáticas provocadas pelo Alqueva e o IM simplesmente lhe pediu cerca de 6000€ sim Seis Mil Euros pelos dados que ela necessitava. Como é óbvio nem ela tem a UE de disponibilizaram para pagar essa quantia e teve de se "desenrascar" com dados de outras instituições como o INAG e também dados de arquivo mais antigos.... Enfim...