Dentro de uma década, o pólo Norte vai ser um grande oceano aberto - sem gelo - durante o verão. A previsão científica, anunciada ontem, é do projecto Catlin Arctic Survey, liderado por Pen Hadow, tradicional explorador polar. O grupo analisou o comportamento do gelo árctico por três meses.
Os cientistas mediram várias características do gelo na parte norte do mar de Beaufort, em redor do pólo Norte. A maior parte do gelo da região tem ao redor de 1,8 metro de espessura. Por ser fino, tudo isso vai derreter no próximo verão, estimam os cientistas.
O problema é que a região estudada, tradicionalmente, apresenta várias camadas de gelo. As mais velhas não costumam derreter tão rápido.
"Como grande parte da região é agora recoberta por um gelo de menos de um ano, claramente está mais vulnerável", afirma Peter Wadhmas, investigador da Universidade de Cambridge que participou das análises dos dados. "Toda a área está agora mais susceptível a se transformar numa grande zona aberta a cada Verão", diz Wadhmas.
Novo consenso
De acordo com o investigador, os dados do projecto Catlin corroboram o novo consenso de que os verões no Árctico não terão mais gelo dentro de 20 anos e que o grande decréscimo na formação desse gelo vai ocorrer nos próximos dez anos.
"O oceano Árctico desempenha uma posição central no sistema climático da Terra", diz Martin Sommerkorn, da ONG WWF. Um impacto na região, portanto, poderia ter consequências em áreas bem distantes do pólo Norte.
"Esse processo poderá causar inundações que afectarão um quarto da população mundial, aumentar de forma substancial as emissões de gases-estufa (que costumam ser aprisionados pelo gelo) e provocar mudanças climáticas extremas", diz o ambientalista.
A abertura definitiva do Árctico, pelos menos durante os verões boreais, poderá ainda ter um impacto económico.
O rápido degelo da região, dizem os analistas, poderia criar uma rota oceânica regular entre os oceanos Atlântico e Pacífico, o que provavelmente passaria a ser explorado pelas empresas de navegação.
In: pelanatureza.pt
Os cientistas mediram várias características do gelo na parte norte do mar de Beaufort, em redor do pólo Norte. A maior parte do gelo da região tem ao redor de 1,8 metro de espessura. Por ser fino, tudo isso vai derreter no próximo verão, estimam os cientistas.
O problema é que a região estudada, tradicionalmente, apresenta várias camadas de gelo. As mais velhas não costumam derreter tão rápido.
"Como grande parte da região é agora recoberta por um gelo de menos de um ano, claramente está mais vulnerável", afirma Peter Wadhmas, investigador da Universidade de Cambridge que participou das análises dos dados. "Toda a área está agora mais susceptível a se transformar numa grande zona aberta a cada Verão", diz Wadhmas.
Novo consenso
De acordo com o investigador, os dados do projecto Catlin corroboram o novo consenso de que os verões no Árctico não terão mais gelo dentro de 20 anos e que o grande decréscimo na formação desse gelo vai ocorrer nos próximos dez anos.
"O oceano Árctico desempenha uma posição central no sistema climático da Terra", diz Martin Sommerkorn, da ONG WWF. Um impacto na região, portanto, poderia ter consequências em áreas bem distantes do pólo Norte.
"Esse processo poderá causar inundações que afectarão um quarto da população mundial, aumentar de forma substancial as emissões de gases-estufa (que costumam ser aprisionados pelo gelo) e provocar mudanças climáticas extremas", diz o ambientalista.
A abertura definitiva do Árctico, pelos menos durante os verões boreais, poderá ainda ter um impacto económico.
O rápido degelo da região, dizem os analistas, poderia criar uma rota oceânica regular entre os oceanos Atlântico e Pacífico, o que provavelmente passaria a ser explorado pelas empresas de navegação.
In: pelanatureza.pt