0 - Introdução
Começo este tópico com uma frase que ouvi bastantes vezes nos últimos tempos: “Só alguém que não joga com o baralho todo vai de férias em Janeiro para a Polónia”. E eu sorrio. Nem respondo, não vale a pena convencer quem não entende o que é viajar, quem o conceito de férias é estar uma semana fechado num resort de praia a apanhar Sol e a enfrascar-se (para isso fica-se em casa, por cá há muito Sol e bons vinhos).
É certo que há desvantagens. O Sol põe-se bastante cedo, por volta das 16h, o que implica que se tem de acordar com as galinhas para se conseguir visitar tudo o que se quer ver com a luz do dia. Não é fácil sentar-se numa esplanada ou num banco de jardim. Mesmo nos momentos (raros) em que o Sol brilha e o vento acalma – e o frio torna-se perfeitamente suportável – o mais provável é o banco estar coberto de neve. Em certos locais é difícil andar pois são bastante escorregadios – em duas semanas nunca caí mas houve vários “quases”.
Mas ir ao leste da Europa em Janeiro (ou outros locais do planeta onde existe Inverno a sério) é visitar paisagens únicas, que nunca teremos em Portugal e são totalmente diferentes daquelas que se podem visitar noutras estações do ano. O verde dos campos é substituído pelo branco. As árvores não têm folhas. Alguns rios (e até alguns recantos do mar) estão congelados. E todo o ambiente das cidades – físico e humano - é completamente diferente.
Então decidi-me a fazer as férias de inverno na Polónia, que já era um desejo antigo e que foi reforçado desde que familiares próximos emigraram para Varsóvia. É um país bastante acessível para os bolsos da classe média portuguesa (ainda mais em Janeiro – época baixa) e com grande interesse turístico decorrente da sua história conturbada.
A Historia recente da Polónia é sobejamente conhecida. Localizada entre dois gigantes (Prússia/Alemanha e Rússia/URSS) com grande desejo de a dominar, ao longo de séculos a fronteira polaca foi sendo constantemente alterada (alterando com períodos em que a própria Polónia nem existia enquanto país independente).
A parte mais conhecida e interessante da História do país ocorreu durante a II Guerra Mundial. A Alemanha Nazi exigia a entrega de Gdansk (na altura controlada pela Sociedade das Nações, mas onde o exército polaco tinha instalações para permitir a entrada e saída de mercadorias pelo Porto da cidade, onde a esmagadora maioria da população era alemã) e de um corredor junto ao Báltico que unisse a Alemanha a esta cidade. Ao contrário do que se sucedeu na Checoslováquia, onde Hitler conseguiu os seus intentos por via diplomática, tanto a Polónia como os seus principais aliados (França e Inglaterra) recusaram ceder e Hitler ordenou a invasão da Polónia, episódio que iniciou a II Guerra Mundial.
A 1 de Setembro de 1939 ocorrem os primeiros combates na cidade de Gdansk (houve bombardeamentos de outras cidades, a Sul, na noite anterior, mas sem combate) a partir do navio Schleswig-Hollstein, que estava estacionado ao largo da cidade há vários dias para uma visita de cortesia (mas que servia de Cavalo de Tróia para várias unidades de combate nazis). Duas semanas depois inicia-se a invasão soviética a leste (de acordo com o pacto Ribbentrop-Molotov) e em pouco mais de um mês a Polónia desaparece enquanto país independente.
Tendo a maior comunidade judia de toda a Europa, e situando-se na parte leste da Europa, longe do foco de atenção dos países aliados, foi na Polónia que se localizaram os principais campos de concentração e de extermínio do Holocasto.
Em 1944, e já com o Exército Vermelho bastante próximo de Varsóvia, ocorre o Levantamento de Varsóvia, quando a resistência polaca se rebelou contra os nazis e conseguiu conquistar partes importantes da cidade. O levantamento acabaria por ser esmagado nos meses seguintes, e como vingança os nazis destruíram por completo toda a cidade. Há vários historiadores que defendem que o principal objectivo da revolta não seria propriamente a expulsão dos nazis (já era evidente que a derrota alemã era uma questão de tempo) mas sim conseguir restaurar a independência polaca antes da chegada dos russos, permitindo que a Polónia se sentasse à mesa das negociações entre os Aliados. Na altura, a divisão da Europa que sairia de Potsdam já estava relativamente acordada entre EUA, Inglaterra e URSS, e os polacos queriam evitar ficar sob domínio soviético.
Em Janeiro de 1945 os russos conquistam Varsóvia. Dos acordos de Potsdam sai uma Polónia diferente da de 1939, perdendo territórios a Leste para os vencedores (URSS) e conquistando a Oeste aos derrotados (Alemanha). Deste modo a quase totalidade da actual Lituânia e a parte ocidental da Ucrânia e Bielorrússia passaram para a URSS e cidades com Szczecin e Wroclaw passaram para domínio polaco.
Entre 1945 e 1989 a Polónia é governada a partir de Moscovo (havia um governo fantoche polaco), havendo pontualmente protestos e revoltas contra a situação. A partir do final da década de 70 a situação começa a deteriorar-se ainda mais, com as revoltas sindicais do porto de Gdansk e de Nowa Hutna em Cracóvia a gerarem uma onda de revolta em todo o país. O sindicato Solidariedade, nascido nos estaleiros navais de Gdansk, liderado por Lech Walesa, toma a liderança do protesto, e após vários avanços e recuos ao longo de toda a década de 80, realizam-se em 1989 as primeiras eleições livres vencidas esmagadoramente pelo Solidariedade, contra o Partido Comunista.
Nos últimos anos a Polónia tem experimentado uma grande evolução económica, das maiores da Europa, apesar de recentemente terem elegido um governo beato liderado por uma Primeira-ministra chamada Beata, e que parece querer de forma populista pôr um travão na liberalização da economia polaca.
Passando ao relato da viagem, o objectivo passava por começar em Cracóvia que serviria de base para visitar Auschwitz, Zakopane e Wroclaw, seguindo-se Varsóvia e no fim Gdansk, ou vice-versa. Analisando as alternativas, a melhor opção qualidade-preço passou por viajar até Varsóvia num vôo directo da TAP, apanhando no mesmo dia o comboio Intercity para Cracóvia, voltando para Lisboa desde Gdansk via Frankfurt, também pela TAP, sendo a ligação GDA-FRA operada pela LH.
O baixíssimo custo de vida na Polónia permite vários dias de viagem a preço baixo. Uma refeição boa e completa consegue-se por preços a rondar os 5/6 euros por pessoa. Comprar o pequeno-almoço bastante bom (2 carcaças, 2 croissants, pacote de fiambre, 0,5l de iogurte líquido, pacote de bolachas) no supermercado Biedronka (da Jerónimo Martins) custa cerca de 1,5€. Os transportes públicos são acessíveis (bilhete intermodal de 24h em Varsóvia por 15zl; 3,5€). Os autocarros entre cidades, devido à grande competição entre vários operadores são ainda mais baratos, principalmente se os bilhetes forem comprados na Internet com antecipação. Os melhores preços são os da PolskiBus, com autocarros confortáveis, com Ar Condicionado e acesso WiFi gratuito. Consegui viagens de quase 200 km por 1 zl; 0,25€.
1 – Lisboa – Varsóvia – Cracóvia
Vôo tranquilo e que chega a Varsóvia meia hora antes do horário previsto. Comprei o bilhete para o comboio que partiria três horas depois da chegada do avião, para precaver eventuais atrasos, mas chego à estação central de Varsóvia duas horas e meia antes do horário de partida do comboio. Deixo a mala na estação (10zl; 2,5€ por 24 horas) e vou dar uma volta na área circundante. Estava fresquinho (2ºC) mas a neve que sobrava no solo ia derretendo.
O edifício que mais se nota é o Palácio da Ciência e da Cultura, mandado construir por Estaline para reforçar a amizade entre os povos russos e polacos. Os polacos, principalmente as gerações mais velhas odeiam-no por tudo aquilo que ele representa e não só. O edifício, luxuoso, forrado internamente a mármore, foi construído numa altura em que os polacos passavam fome. Chamam-lhe o “pénis do Estaline”. Independentemente de toda a História subjacente, o edifício tem carisma e domina o horizonte da cidade.
No centro de Varsóvia existem outros prédios bastante elevados, algumas pessoas dizem que há a tentativa de ir “tapando” o Palácio da Cultura, para este perder a dominância:
Após uma visita introdutória a Varsóvia apanho o Intercity para Cracóvia (cerca de 10€ para 300 km). Um serviço bastante bom, com oferta de bebidas quentes. As novas carruagens mais modernas têm um enorme espaço para as pernas, devendo-se evitar as carruagens antigas, onde existem compartimentos apertados para 8 pessoas.
O Intercity à chegada a Cracóvia:
Já era noite há várias horas, sigo para o hotel, situado em frente à estação e ao principal centro comercial da cidade, onde jantei num restaurante de comida ao kg, ao preço de 35zl (8€) por kg.
2 – Cracóvia
Quando se fala da Polónia enquanto destino turístico, Cracóvia é a cidade dominante. Dizem que é a mais bela de todas, e a sua proximidade a várias atracções turísticas (principalmente Auschwitz) ajuda a que seja a “cabeça de cartaz”. O filma de Spielberg, a “Lista de Schindler” rodado na sua maior parte aqui, ajudou a um grande boom turístico no final da década de 90.
Pessoalmente, e apesar de considerar uma cidade interessante, acho que não justifica ser apresentada como a jóia rara da Polónia. Há cidades mais interessantes como Wroclaw, e até partes de Varsóvia e Gdansk são mais interessantes que Cracóvia.
Em Cracóvia também faltou a parte branca. Exceptuando no último dia nunca houve neve, tendo chovido várias vezes com temperaturas muito próximas de zero.
Na entrada Norte no Centro Histórico (Stare Miasto) localiza-se o Barbacã:
Depois segue-se pela Rua Florianska até à Praça do Mercado (Rinek). Ainda há decorações de Natal nas ruas, na Polónia só se retiram no final de Fevereiro:
Na parte Sul do Stare Miasto situa-se a fortaleza de Wawel, junto ao rio Wisla, com a superfície parcialmente congelada:
O dragão de Wawel que segundo a lenda morreu por ter comido demasiado enxofre e alcatrão:
Começo este tópico com uma frase que ouvi bastantes vezes nos últimos tempos: “Só alguém que não joga com o baralho todo vai de férias em Janeiro para a Polónia”. E eu sorrio. Nem respondo, não vale a pena convencer quem não entende o que é viajar, quem o conceito de férias é estar uma semana fechado num resort de praia a apanhar Sol e a enfrascar-se (para isso fica-se em casa, por cá há muito Sol e bons vinhos).
É certo que há desvantagens. O Sol põe-se bastante cedo, por volta das 16h, o que implica que se tem de acordar com as galinhas para se conseguir visitar tudo o que se quer ver com a luz do dia. Não é fácil sentar-se numa esplanada ou num banco de jardim. Mesmo nos momentos (raros) em que o Sol brilha e o vento acalma – e o frio torna-se perfeitamente suportável – o mais provável é o banco estar coberto de neve. Em certos locais é difícil andar pois são bastante escorregadios – em duas semanas nunca caí mas houve vários “quases”.
Mas ir ao leste da Europa em Janeiro (ou outros locais do planeta onde existe Inverno a sério) é visitar paisagens únicas, que nunca teremos em Portugal e são totalmente diferentes daquelas que se podem visitar noutras estações do ano. O verde dos campos é substituído pelo branco. As árvores não têm folhas. Alguns rios (e até alguns recantos do mar) estão congelados. E todo o ambiente das cidades – físico e humano - é completamente diferente.
Então decidi-me a fazer as férias de inverno na Polónia, que já era um desejo antigo e que foi reforçado desde que familiares próximos emigraram para Varsóvia. É um país bastante acessível para os bolsos da classe média portuguesa (ainda mais em Janeiro – época baixa) e com grande interesse turístico decorrente da sua história conturbada.
A Historia recente da Polónia é sobejamente conhecida. Localizada entre dois gigantes (Prússia/Alemanha e Rússia/URSS) com grande desejo de a dominar, ao longo de séculos a fronteira polaca foi sendo constantemente alterada (alterando com períodos em que a própria Polónia nem existia enquanto país independente).
A parte mais conhecida e interessante da História do país ocorreu durante a II Guerra Mundial. A Alemanha Nazi exigia a entrega de Gdansk (na altura controlada pela Sociedade das Nações, mas onde o exército polaco tinha instalações para permitir a entrada e saída de mercadorias pelo Porto da cidade, onde a esmagadora maioria da população era alemã) e de um corredor junto ao Báltico que unisse a Alemanha a esta cidade. Ao contrário do que se sucedeu na Checoslováquia, onde Hitler conseguiu os seus intentos por via diplomática, tanto a Polónia como os seus principais aliados (França e Inglaterra) recusaram ceder e Hitler ordenou a invasão da Polónia, episódio que iniciou a II Guerra Mundial.
A 1 de Setembro de 1939 ocorrem os primeiros combates na cidade de Gdansk (houve bombardeamentos de outras cidades, a Sul, na noite anterior, mas sem combate) a partir do navio Schleswig-Hollstein, que estava estacionado ao largo da cidade há vários dias para uma visita de cortesia (mas que servia de Cavalo de Tróia para várias unidades de combate nazis). Duas semanas depois inicia-se a invasão soviética a leste (de acordo com o pacto Ribbentrop-Molotov) e em pouco mais de um mês a Polónia desaparece enquanto país independente.
Tendo a maior comunidade judia de toda a Europa, e situando-se na parte leste da Europa, longe do foco de atenção dos países aliados, foi na Polónia que se localizaram os principais campos de concentração e de extermínio do Holocasto.
Em 1944, e já com o Exército Vermelho bastante próximo de Varsóvia, ocorre o Levantamento de Varsóvia, quando a resistência polaca se rebelou contra os nazis e conseguiu conquistar partes importantes da cidade. O levantamento acabaria por ser esmagado nos meses seguintes, e como vingança os nazis destruíram por completo toda a cidade. Há vários historiadores que defendem que o principal objectivo da revolta não seria propriamente a expulsão dos nazis (já era evidente que a derrota alemã era uma questão de tempo) mas sim conseguir restaurar a independência polaca antes da chegada dos russos, permitindo que a Polónia se sentasse à mesa das negociações entre os Aliados. Na altura, a divisão da Europa que sairia de Potsdam já estava relativamente acordada entre EUA, Inglaterra e URSS, e os polacos queriam evitar ficar sob domínio soviético.
Em Janeiro de 1945 os russos conquistam Varsóvia. Dos acordos de Potsdam sai uma Polónia diferente da de 1939, perdendo territórios a Leste para os vencedores (URSS) e conquistando a Oeste aos derrotados (Alemanha). Deste modo a quase totalidade da actual Lituânia e a parte ocidental da Ucrânia e Bielorrússia passaram para a URSS e cidades com Szczecin e Wroclaw passaram para domínio polaco.
Entre 1945 e 1989 a Polónia é governada a partir de Moscovo (havia um governo fantoche polaco), havendo pontualmente protestos e revoltas contra a situação. A partir do final da década de 70 a situação começa a deteriorar-se ainda mais, com as revoltas sindicais do porto de Gdansk e de Nowa Hutna em Cracóvia a gerarem uma onda de revolta em todo o país. O sindicato Solidariedade, nascido nos estaleiros navais de Gdansk, liderado por Lech Walesa, toma a liderança do protesto, e após vários avanços e recuos ao longo de toda a década de 80, realizam-se em 1989 as primeiras eleições livres vencidas esmagadoramente pelo Solidariedade, contra o Partido Comunista.
Nos últimos anos a Polónia tem experimentado uma grande evolução económica, das maiores da Europa, apesar de recentemente terem elegido um governo beato liderado por uma Primeira-ministra chamada Beata, e que parece querer de forma populista pôr um travão na liberalização da economia polaca.
Passando ao relato da viagem, o objectivo passava por começar em Cracóvia que serviria de base para visitar Auschwitz, Zakopane e Wroclaw, seguindo-se Varsóvia e no fim Gdansk, ou vice-versa. Analisando as alternativas, a melhor opção qualidade-preço passou por viajar até Varsóvia num vôo directo da TAP, apanhando no mesmo dia o comboio Intercity para Cracóvia, voltando para Lisboa desde Gdansk via Frankfurt, também pela TAP, sendo a ligação GDA-FRA operada pela LH.
O baixíssimo custo de vida na Polónia permite vários dias de viagem a preço baixo. Uma refeição boa e completa consegue-se por preços a rondar os 5/6 euros por pessoa. Comprar o pequeno-almoço bastante bom (2 carcaças, 2 croissants, pacote de fiambre, 0,5l de iogurte líquido, pacote de bolachas) no supermercado Biedronka (da Jerónimo Martins) custa cerca de 1,5€. Os transportes públicos são acessíveis (bilhete intermodal de 24h em Varsóvia por 15zl; 3,5€). Os autocarros entre cidades, devido à grande competição entre vários operadores são ainda mais baratos, principalmente se os bilhetes forem comprados na Internet com antecipação. Os melhores preços são os da PolskiBus, com autocarros confortáveis, com Ar Condicionado e acesso WiFi gratuito. Consegui viagens de quase 200 km por 1 zl; 0,25€.
1 – Lisboa – Varsóvia – Cracóvia
Vôo tranquilo e que chega a Varsóvia meia hora antes do horário previsto. Comprei o bilhete para o comboio que partiria três horas depois da chegada do avião, para precaver eventuais atrasos, mas chego à estação central de Varsóvia duas horas e meia antes do horário de partida do comboio. Deixo a mala na estação (10zl; 2,5€ por 24 horas) e vou dar uma volta na área circundante. Estava fresquinho (2ºC) mas a neve que sobrava no solo ia derretendo.
O edifício que mais se nota é o Palácio da Ciência e da Cultura, mandado construir por Estaline para reforçar a amizade entre os povos russos e polacos. Os polacos, principalmente as gerações mais velhas odeiam-no por tudo aquilo que ele representa e não só. O edifício, luxuoso, forrado internamente a mármore, foi construído numa altura em que os polacos passavam fome. Chamam-lhe o “pénis do Estaline”. Independentemente de toda a História subjacente, o edifício tem carisma e domina o horizonte da cidade.

No centro de Varsóvia existem outros prédios bastante elevados, algumas pessoas dizem que há a tentativa de ir “tapando” o Palácio da Cultura, para este perder a dominância:

Após uma visita introdutória a Varsóvia apanho o Intercity para Cracóvia (cerca de 10€ para 300 km). Um serviço bastante bom, com oferta de bebidas quentes. As novas carruagens mais modernas têm um enorme espaço para as pernas, devendo-se evitar as carruagens antigas, onde existem compartimentos apertados para 8 pessoas.
O Intercity à chegada a Cracóvia:

Já era noite há várias horas, sigo para o hotel, situado em frente à estação e ao principal centro comercial da cidade, onde jantei num restaurante de comida ao kg, ao preço de 35zl (8€) por kg.
2 – Cracóvia
Quando se fala da Polónia enquanto destino turístico, Cracóvia é a cidade dominante. Dizem que é a mais bela de todas, e a sua proximidade a várias atracções turísticas (principalmente Auschwitz) ajuda a que seja a “cabeça de cartaz”. O filma de Spielberg, a “Lista de Schindler” rodado na sua maior parte aqui, ajudou a um grande boom turístico no final da década de 90.
Pessoalmente, e apesar de considerar uma cidade interessante, acho que não justifica ser apresentada como a jóia rara da Polónia. Há cidades mais interessantes como Wroclaw, e até partes de Varsóvia e Gdansk são mais interessantes que Cracóvia.
Em Cracóvia também faltou a parte branca. Exceptuando no último dia nunca houve neve, tendo chovido várias vezes com temperaturas muito próximas de zero.
Na entrada Norte no Centro Histórico (Stare Miasto) localiza-se o Barbacã:


Depois segue-se pela Rua Florianska até à Praça do Mercado (Rinek). Ainda há decorações de Natal nas ruas, na Polónia só se retiram no final de Fevereiro:







Na parte Sul do Stare Miasto situa-se a fortaleza de Wawel, junto ao rio Wisla, com a superfície parcialmente congelada:


O dragão de Wawel que segundo a lenda morreu por ter comido demasiado enxofre e alcatrão:
